Noticias 2016
Na terça (19) tem sessão do Cine Debate na Praça Cantareira
Cine-Debate desse mês acontece na terça-feira (19), a partir das 18h, na Praça da Cantareira, exibindo o documentário "Requiem for the American Dream", centrado em uma série de entrevistas com o filósofo e linguista Noam Chomsky. O filme apresenta um panorama histórico e político da desigualdade social, criticando a concentração de riqueza no mundo.
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Presidente da CNI defende medidas ‘duras’ e cita jornada de 80h semanais
Frente contra projeto que cerceia atividade docente será lançada nesta 4ª (13)
É preciso unir mais os que defendem a educação pública, avalia Pós-II ENE
No turno da manhã, encontro pós-II ENE critica PNE e sinaliza princípios em defesa da Educação Pública
Atividade acontece nessa quinta (7), no auditório da Faculdade de Educação da UFF;
à noite, tem mais uma sessão de debates, entre 18h e 20h
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
Fotos: Luiz Fernando Nabuco/ Aduff-SSind.
O II Encontro Nacional de Educação aconteceu durante uma conjuntura muito difícil para o país, quando a escola e a universidade públicas correm sério risco de desmonte, a partir de projetos de lei que privilegiam o modelo gerencial e visam o esvaziamento do funcionalismo público. A afirmação é de Marinalva Oliveira, professora da UFF e ex-presidente do Andes-SN, durante o primeiro turno da atividade pós-Ene, que Aduff-SSind promove na Faculdade de Educação da UFF, nessa quinta-feira (7).
Ela foi uma das palestrantes desse evento organizado pela seção sindical para debater os principais encaminhamentos do II Encontro Nacional de Educação, realizado entre 16 e 18 de junho, em Brasília.
Um segundo momento ocorre essa quinta-feira (7) a noite, entre 18h e 20h, no Auditório Florestan Fernandes, no bloco D (Campus do Gragoatá), tendo como palestrantes os docentes José Rodrigues e Fernando Penna – ambos da Faculdade de Educação da UFF e, novamente, Marinalva Oliveira.
II ENE e os princípios em defesa da educação pública
No turno da manhã, além da ex-presidente do Andes-SN, compuseram a mesa de discussões Roberto Simões, do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (regional 3), que é docente da rede municipal e da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro e pesquisador em Educação; e o estudante Luan Cândido, que integrou a caravana de professores e alunos da UFF para acompanhar o II ENE. Os trabalhos foram mediados por Gelta Xavier, da direção da Aduff-SSind.
Os palestrantes ressaltaram a importância do II Ene, que, teve por objetivo construir uma proposta de educação pública e gratuita, com orientação classista, para a sociedade brasileira. Ressaltaram a necessidade de unidade da luta entre sindicatos, movimentos sociais e populares para enfrentar o processo de sucateamento dos serviços públicos – o que vem sendo acelerado por meio da falta de investimentos no setor e, mais recentemente, pela política de ajuste fiscal em curso há quase dois anos, com corte de verbas milionário. Por isso, uma das bandeiras defendidas durante o II ENE é a maior aplicação de recursos públicos na Educação pública, apontando ainda a necessidade de uma auditoria da dívida.
Marinalva Oliveira lembra que, no II ENE, também foram sistematizados outros princípios que norteiam as ações unitárias em defesa da educação e do direito dos trabalhadores, englobando desde a primeira infância (creche) até a pós-graduação. Além de maiores investimentos no setor, com o mote de 10% do PIB para o financiamento público para a educação pública e gratuita, defendeu-se ainda lutar contra setores conservadores que querem impedir o debate sobre temas transversais no currículo educacional, que passam pelas questões de gênero, étnico-raciais, de sexualidade e de orientação sexual.
O II ENE apontou também a necessidade de um sistema de avaliação democrático e não punitivo; a luta por condições de trabalho – essenciais para uma educação classista e emancipatória; gestão autônoma e democrática nas creches, nas escolas e nas universidades. Houve duras críticas aos programas como Fies, Prouni e Pronatec, por desviarem recursos públicos para o setor privado e por não contemplarem, de fato, uma política de acesso e permanência ao ensino.
“Acesso e permanência, hoje, acontecem de forma privatizante e excludente; é via Prouni e Fies nas particulares – privatizando e passando recursos públicos para entidades privadas e excludentes. Acesso e permanência vão além do assistencialismo que está posto hoje”, disse Marinalva Oliveira. “Defendeu-se a extinção desses programas, sem retirar os direitos dos estudantes, anulando suas dívidas e absorvendo-os em instituição pública”, contou.
Críticas ao PNE: “É essencial saber quais interesses estão em jogo”, diz professor
Houve também duras críticas ao Plano Nacional de Educação, aprovado em 2014, que, de acordo com Roberto Simões, pode ser considerado meritocrático e privatizante. “O PNE tem como objetivo central a transferência dos recursos do fundo público para o setor privado”, afirmou.
Ele destacou que as políticas educacionais têm sido formuladas e implementadas por setores da classe dominante, unicamente de forma a atender os interesses do capital. “No PNE, há uma nota de rodapé em que se fala claramente das empresas que são signatárias desse documento, entre elas a Fundação Airton Senna, a Microsoft, a Gerdal, a Fundação Bradesco, o Santander, o Instituto Natura, entre outros”.
De acordo com o docente, é necessário entender os desconfiar dos interesses que estão por atrás desse documento. “É essencial saber quais interesses estão em jogo; eles são empresarias. Vão atender o capital e não as pessoas. O capital não está preocupado com as pessoas, mas com o lucro e o mercado”, disse Roberto.
Ele criticou ainda a atuação das organizações não governamentais (ONG) ou das Organizações Sociais (OS) no setor público. “A educação vem sendo tratada como negócio, porque tem as estratégias para atingir as metas. E é aí que entram as Ongs... O empreendedorismo social que existe hoje é avassalador”, problematizou.
“Impossível ignorar a taxa de evasão na UFF”, diz estudante
Luan Cândido, estudante do curso de Economia, participou da mesa representando o movimento estudantil na UFF. Ele esteve no II Ene e saudou a iniciativa de aglutinar diferentes setores – estudantes e trabalhadores em Educação de diferentes realidades – para pensar um projeto para o setor.
Criticou o PNE, mas, concentrou sua exposição na questão da assistência estudantil, tecendo duras ao Plano Nacional de Assistência Estudantil, que, de acordo com ele, não contempla as demandas discentes. A UFF, de acordo com Luan, recebe cerca de R$30 milhões do Pnaes, dinheiro que insuficiente para dar conta da realidade multicampi da instituição. A UFRJ conta com R$ 45 milhões e investe o mesmo montante para dar conta desse tipo de assistência, que envolve, principalmente, moradia, bolsa, transporte, alimentação a partir de critérios socioeconômicos.
Citou alguns dados coletados por ele na página da UFF, problematizando uma notícia institucional que dizia que a taxa de evasão na universidade, em 2014, foi a segunda menor em todo o Estado do Rio de Janeiro, cerca de 15%. “Ao longo dos anos, a média de evasão de cursos tem sido de 20%. Isso representa que aproximadamente 10 mil alunos por ano deixam a Universidade”, revelou.
Para ele, é “impossível ignorar essa taxa”, principalmente porque o perfil dos alunos que abandonam os cursos é claro: mulheres, negros, integrantes da comunidade LGBTI - lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e as pessoas intersexuais. “As políticas de assistência estudantil têm que ser formulada junto com os estudantes, e isso não acontece”, disse. “Precisamos avançar nas formulações e na luta. Se não o fizermos e não dissermos para onde queremos caminhar, outras pessoas vão fazê-lo”, afirmou Luan, lembrando que a luta por assistência estudantil tem que ser respaldada por um projeto de educação pública, gratuita e de qualidade.
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Encontro Pós-II ENE acontece nesta quinta (7), na UFF
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Ataque do reitor ao Sintuff ‘é contra todos nós e a democracia’, diz Aduff
Aduff-SSind prestou apoio aos técnicos-administrativos e destacou que ataque de Sidney atinge a comunidade acadêmica
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Foto: Luiz Fernando Nabuco/ Aduff-SSind
O ataque do reitor da UFF, Sidney Mello, ao Sintuff, o sindicato dos técnicos-administrativos, é também uma investida contra os docentes, estudantes e a liberdade de expressão na universidade. A afirmação é do professor Gustavo Gomes, presidente da Aduff-SSind – a seção do Sindicato Nacional da categoria (Andes-SN) na Universidade Federal Fluminense, que participou de ato na tarde dessa terça-feira (5), nos jardins da Reitoria, em Icaraí. A manifestação, convocada e organizada pelo Sintuff, criticava o fato de a entidade sindical ter sido desalojada no sábado (2), numa operação em que a Reitoria acionou a Polícia Federal e a Polícia Militar, esta última se posicionando durante certo período à porta da instituição no campus do Valonguinho (Centro).
Em meio à manifestação transcorrida no dia 5, Gustavo falou em nome do sindicato dos docentes e declarou apoio à campanha pelo retorno do Sintuff a sua antiga sede. “Aos colegas do Sintuff que foram despejados, que tiveram seus materiais, seus arquivos postos para fora de uma sede na qual estão lá há anos, [trazemos] aqui o nosso apoio. O ataque à sede do Sintuff não é apenas o ataque à sede do Sintuff, é um ataque a todos nós. É o ataque à liberdade de expressão, à liberdade de crítica, de apresentar proposições, de questionar o que a administração está fazendo de errado”, disse. A diretoria da Aduff-SSind esteve representada no ato pelos docentes Juarez Torres Duyaer, Douglas Ribeiro Barbosa, Renata Torres Schittino e Elza Dely Veloso Macedo - esta última também pela Regional RJ do Andes-SN.
O ato público começou na Reitoria e depois se deslocou para o Colégio São Vicente, na rua Miguel de Frias, onde o reitor participava de uma reunião com diretores de unidades e com o Grupo de Trabalho criado para tratar da estatuinte. A reunião ocorria na área alugada pela UFF para abrigar a Fundação Euclides da Cunha (FEC), a cerca de 200 metros da sede da administração central da UFF. Sidney, no entanto, se retirou do local antes que os manifestantes chegassem. Pouco depois, policiais militares entraram na escola e se dirigiram ao local onde estavam técnicos, estudantes e docentes.
O dirigente da Aduff-SSind também criticou a decisão do reitor de se retirar para não ouvir técnicos, docentes e estudantes. “Fomos lá pacificamente, para dialogar, e o reitor abandona a reunião e chama a polícia”, disse. “É irônico isso acontecer justamente na FEC, uma entidade privada dentro da UFF”, observou, ao criticar a alegação da administração central para despejar o Sintuff: o fato de o sindicato ser uma organização de direito privado. O docente citou ainda como parte dessa contradição a entrega do Hospital Universitário Antonio Pedro à Ebserh, empresa de direito privado que assumiu a gestão da unidade.
A professora Elza Dely Macedo, como dirigente da Regional do Andes-SN no Rio de Janeiro, levou o apoio do Sindicato Nacional dos Docentes e relatou que a notícia do despejo chegou às representações sindicais da categoria que se reuniam em Boa Vista (RR), no 61ª Conad – o Conselho do Andes-SN – e causou repúdio e revolta. “[Aprovamos] uma moção bastante contundente contra esse reitor que, primeira vez, tem a audácia de desalojar uma entidade sindical”, disse a docente.
O técnico-administrativo Pedro Rosa, coordenador do Sintuff, cobrou a investigação das denúncias de irregularidades nas obras contra a administração central da universidade e afirmou que o Sintuff não desistirá do Valonguinho. “A campanha pelo retorno à sede está começando agora”, falou. Ele revelou ainda que, como parte da política de retaliação ao sindicato, o carro da entidade está sendo impedido de entrar naquele campus da UFF, o que cerceia a atuação sindical na universidade. “Somos perseguidos porque somos combativos, porque defendemos nossa categoria; mas não vamos nos intimidar”, concluiu.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira e Hélcio Lourenço Filho
Dia de protestos no Rio começa com série de atos em vias
Rio terá dia de protestos nesta quarta-feira (6)
Reitor abandona reunião e polícia é chamada em protesto na UFF
Manifestação de técnicos, estudantes e docentes repudia despejo do Sintuff do Valonguinho; ato pacífico foi até onde transcorria reunião, mas reitor deixou local
"Despejo do Sintuff é questão política”, afirma dirigente sindical
Por Aline Pereira
Aduff-SSind vai sediar próximo Conad em Niterói
Professores querem barrar projetos que degolam orçamento e direitos
Reação a projetos do governo interino é pauta de docentes no Conad em RR
Reunidos em Boas Vista, docentes de todo o país debatem como enfrentar as políticas do governo interino que atacam a educação, os serviços públicos e direitos
Reitoria despeja Sintuff mas permite uso privado do espaço da UFF
Sidney volta a acionar polícia contra servidores no despejo do Sintuff
Mulheres protestam contra a cultura do estupro e pelo direito à cidade
Estudantes da UFF criaram grupo no Whatsapp “Vamos Juntas” para evitar caminhar nas ruas sozinhas
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
Foto: Luiz Fernando Nabuco/ Aduff-SSind
“Queremos ver mudança; essas agressões não podem ser apenas mais uma notícia no jornal. Vamos mostrar que temos voz”, disse Ana Júlia Azevedo à reportagem da Aduff-SSind na tarde dessa quinta (30). Ela é uma das mulheres que participaram do ato auto-organizado “(Ingá)jadas”, que reuniu principalmente estudantes da Universidade Federal Fluminense para protestar contra a cultura do estupro e reivindicar o que chamam de direito à cidade. Elas partiram do prédio da Faculdade de Direito da UFF, na rua Presidente Pedreira, empunhando faixas e proferindo palavras de ordem contra o machismo.
Percorreram as principais ruas do bairro, até chegarem à Praça da Cantareira. Exigiam segurança e o livre direito de ir e vir sem medo de serem agredidas.De acordo com Ana Júlia, estudante do primeiro período do curso de Turismo na UFF, a manifestação é uma resposta ao aumento da violência, principalmente contra mulheres, nas áreas próximas à universidade. Recentemente, houve novos relatos de tentativas de estupro, de assédio e de assalto às alunas da instituição, recentemente noticiados pelos jornais “O Globo” e “O Fluminense” e pela “TV Bandeirantes”.
As reportagens apontam várias ruas do Ingá como as mais perigosas no trajeto aos campi do Valonguinho, do Gragoatá e nos cursos localizados em prédios no entorno da universidade, a exemplo dos de Direito e de Comunicação Social.
Para se ter uma ideia, ainda durante a concentração para o ato um grupo de alunas e alunos do curso de Direito na UFF foi assaltado, quando, juntos, tentavam chegar à instituição. Já durante a atividade contra a insegurança, um homem roubou o celular de uma senhora que estava no ponto do ônibus, observando o ato. Foi preso em flagrante pela Guarda Municipal e encaminhado à delegacia.
Segundo as estudantes, os casos de violência estão cada vez mais comuns, independentemente do turno. Isabelle Inhaquite, graduanda em Direito, conta que uma colega foi agarrada pelas costas enquanto caminhava próxima a um supermercado na rua Tiradentes, por volta das 9h da manhã do último dia 24. Ela conseguiu se desvencilhar do agressor, jogando a própria bolsa nele.
Outra estudante foi encarada de forma insistente por um homem que a seguiu pela rua Visconde de Moraes. “Jamais imaginamos passar por isso. Criamos no Whatsapp um grupo chamado “Vamos Juntas” para não andarmos mais sozinhas. Porém, pelo visto, depois dos assaltos aos colegas hoje, vimos que nem mesmo assim conseguimos ter segurança”, problematiza a jovem.
Muitas meninas têm buscado as redes sociais para denunciar esse tipo de assédio no entorno da UFF, disse Yasmin Radef, do 9º período em Direito, que também integra o coletivo “Cirandeiras”. Ela defende o direito e ir e vir em segurança e diz ser inconcebível que as pessoas tenham medo de se deslocar. “Como mulheres e feministas, pleiteamos o direito à cidade; temos que viver. Ninguém tem que ter aia o tempo inteiro”, afirmou.
Transporte não ajuda
Para Heloisa Pacheco, do Centro Acadêmico do Direito na UFF, a organização das mulheres é muito importante para que todas percebam que a falta de segurança não é um problema privado. Ela afirma que, sobretudo após às 22h, quando muitas aulas terminam, o medo se torna maior, pois falta iluminação no trajeto entre as unidades da UFF e os pontos de ônibus.
Além disso, diz que não é possível contar com o transporte universitário (Busuff), pois o horário é incerto. “Já ficamos 40 minutos em pé sem saber se o ônibus chegaria ou não”, diz. “É importante reivindicarmos mudanças, porque a cidade é nossa. Devemos ocupá-la”, afirma, clamando por unidade na luta. “Esse problema não atinge só ao Direito, mas é uma questão de segurança pública que afeta a todos. A sociedade tem que nos ouvir”, complementa.
A reportagem da Aduff-SSind entrou em contato, por e-mail, com a Reitoria, a vice-Reitoria e a pró-Reitoria de assuntos estudantis da Universidade Federal Fluminense para saber o que a administração central tem feito em relação à segurança nos campi da instituição e, ainda, para obter uma declaração dos gestores acerca dos recentes casos de violência contra estudantes no percurso para a universidade. A administração central, no entanto, ainda não se pronunciou sobre o assunto, que vinha ganhando visibilidade a partir de relatos de estudantes nas redes sociais e que, agora, começa a ganhar as ruas da cidade com a atuação coletiva das mulheres.
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Projetos que ameaçam educação serão debatidos no Pós-II ENE, na quinta (7)
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Projetos que ameaçam educação e serviços públicos vão ser debatidos no Pós-II Encontro Nacional de Educação, atividade organizada pela Aduff-Ssind, que acontece na quinta-feira, dia 7, no Auditório Paulo Freire (Faculdade de Educação – Bloco D/ Campus do Gragoatá), em dois horários: de 9h às 11h e de 18h às 20h. O objetivo dessa atividade pós-II ENE é avaliar as deliberações do evento nacional, ocorrido entre 16 e 18 de junho, em Brasília, e organizar a aplicação dos encaminhamentos.
Um dos temas que serão destacados é Projeto de Lei nº 877/2015, conhecido como o “Escola Sem Partido”, que está em consonância com os setores extremamente conservadores da sociedade brasileira. O objetivo desse projeto que criminaliza a docência é esvaziar as salas de aula de conteúdo crítico e impedir que as escolas sejam espaços de debates que questionem a reprodução de opressões - entre elas o machismo, o racismo e a homofobia.
O tema foi muito discutido durante o II Encontro Nacional de Educação, quando, durante três dias, mais de dois mil participantes debateram diversos aspectos da luta em defesa da educação pública e gratuita voltada para os interesses da classe trabalhadora. A Aduff-SSind esteve representada no evento que, no documento final, repudiou projetos de lei retrógrados, como o PL 877, e marcou posição contrária aos ataques à Edução Pública, promovidos por meio da asfixia financeira, da precarização e da privatização.
O II ENE também aprovou a criação de uma frente composta por sindicatos, movimentos sociais e entidades estudantis para construir uma resistência organizada ao movimento "Escola Sem Partido".
Mais uma sessão do CUV da UFF não acontece por falta de quorum
Paralisados nessa quarta (29), técnico-administrativos realizaram ato em defesa das 30h, contra ponto eletrônico e despejo do Sintuff da sede no campus do Valonguinho. Sindicato critica exoneração do Diretor de Enfermagem do Huap, eleito pela comunidade e clama por nova consulta.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
Foto: Luiz Fernando Nabuco/ Aduff-SSind.
A sessão do Conselho Universitário da Universidade Federal Fluminense, convocada para essa quarta (29), mais uma vez, não aconteceu por falta de quórum – prática cada vez mais recorrente na instituição. Nesse dia, estava previsto um ato organizado pela representação dos técnico-administrativos da UFF, que, em deliberação de assembleia da categoria (27), decidiram paralisar as atividades por 24h e realizar uma manifestação, durante a sessão do CUV. O objetivo era defender a prática das 30 horas semanais, conquista histórica da categoria; se posicionar contra a instalação do ponto eletrônico, e repudiar o despejo do Sintuff da sede no campus do Valonguinho – ações que têm sido levadas adiante pela reitoria da UFF, por meio de decisões judiciais que determinam a jornada de 40h semanais e a desocupação da estrutura sindical do âmbito universitário.
Para a servidora Lígia Martins, tais práticas expressam o perfil antidemocrático da atual reitoria. Ela criticou o esvaziamento do Conselho Universitário e disse ter visto poucos conselheiros, além de técnico-administrativo e estudantes no Auditório do Instituto de Geociências. “A administração central não é democrática. Não aceita dialogar, não ouve os trabalhadores. Simplesmente esvazia o conselho para tentar impedir o debate e a manifestação de parcela importante da comunidade”, disse a coordenadora-geral do Sintuff.
Eleição para Direção da Enfermagem do Huap
Durante o ato no CUV, o Sintuff também protestou contra a exoneração Diretor da Enfermagem do Hospital Universitário Antonio Pedro, Enderson Hernandes Castilho, eleito pela comunidade no pleito realizado em 2011 com mais de 80% dos votos da categoria. Há aproximadamente 15 dias, ele foi comunicado pelo professor Tarcísio Rivello, atual Superintendente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - Ebserh no Huap, que seria substituído por outra servidora da unidade no cargo de Direção de Enfermagem - indicada pelo referido docente e não eleita pelos trabalhadores do setor.
O sindicato ressalta que a votação para escolha da direção da enfermagem é uma conquista histórica dos e reivindica que seja feita nova consulta aos funcionários.
“Estou surpreso pela forma como a coisa foi feita. Fui simplesmente comunicado pelo Professor Tarcísio de que eu não mais ocuparia o cargo para o qual fui eleito pelos meus pares”, diz Enderson, técnico-administrativo da UFF desde 1976. “Poderíamos até considerar que o meu mandato fosse encerrado, mas não sem que antes se organizasse um novo pleito, para que os funcionários pudessem escolher o meu sucessor”, afirma.
Quem o substitui é a funcionária pública Fabiana Braga, que, de acordo com Enderson, já vinha sendo preparada para atuar como gestora da Ebserh, há algum tempo, realizando em São Paulo cursos promovidos por essa empresa de direito privado. “Entendemos que os colegas podem se candidatar à direção da enfermagem. Mas, para isso, tem que ter uma consulta; tem que ter votação”, disse. “Não se tira uma pessoa que foi eleita dessa forma, bruscamente, para nomear alguém da noite para o dia. Como grupo, nos sentimos extremamente desrespeitados”, lamentou. “Apesar de sempre ter me manifestado contra a Ebserh, continuo comprometido com o HUAP; não com alianças políticas", complementou.
A reportagem da Aduff-SSind está apurando esse processo e tenta contato com a direção do hospital para que também se pronuncie.
Aduff-SSind organiza debate sobre resoluções do II Encontro Nacional de Educação, na quinta-feira (7)
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Foto: Valcir Araujo/Aduff-SSind - Detalhe do II Encontro Nacional de Educação, realizado em Brasília.
Na quinta-feira, 7 de julho, no Auditório Florestan Fernandes (Bloco D - Faculdade de Educação da UFF/ Campus do Gragoatá) acontece atividade organizada pela Aduff-SSind, com o objetivo de debater as resoluções do II Encontro Nacional de Educação, ocorrido na Universidade de Brasília, no último mês de junho. As discussões acontecem em dois turnos: das 9h às 11h e das 18h às 20h.
Durante três dias, mais de mais de dois mil participantes discutiram diversos aspectos da luta em defesa da educação pública e gratuita voltada para os interesses da classe trabalhadora. A Aduff-SSind esteve representada no evento que, considerado pelo sindicato um marco para o movimento que se contrapõe às políticas privatizantes adotadas pelos governos e que tratam o ensino como uma mercadoria capaz de gerar lucro.
Delegação da Aduff-SSind participa do 61º Conad, que terá início nessa quinta (30), em Roraima
Em seminário interno realizado no último final de semana (25), docentes estudaram textos que vão nortear os debates
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Com o tema central “Defesa dos Direitos Sociais, da Educação e Serviços Públicos”, o 61º Conselho do Andes-SN – Conad terá início nessa quinta (30), em Boa Vista (RR), reunindo docentes de todo o país. A Aduff-SSind estará representada no evento, que tem como principal objetivo atualizar o plano de luta da categoria docente, a partir das resoluções aprovadas no 35º Congresso do Andes-SN (Curitiba, PR/ 2016). Entre os integrantes da delegação da seção sindical de professores da UFF está Gustavo Gomes, presidente da entidade, delegado da Aduff-SSind no evento, tendo direito à voz e voto, conforme deliberação de assembleia da categoria (14).
Os outros dezoito componentes da delegação da Aduff-SSind participaram, no último sábado (25), de um Seminário Preparatório para o 61º Conad, durante todo o dia, na sede da seção sindical. Eles discutiram as propostas do ‘Anexo’ e do ‘Caderno de Textos’ do evento, já disponibilizados no site do Andes-SN, por meio do link:http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes…
Nova diretoria do Andes-SN tomará posse no Conad
Durante o evento, será dada posse aos representantes da chapa “Unidade na Luta”, eleita em maio desse ano para assumir a direção do Andes-SN. Eblin Farage, professora da Escola de Serviço Social da UFF, presidirá o Sindicato Nacional no biênio 2016-2018. As professoras Lorene Figueiredo de Oliveira (do Instituto do Noroeste Fluminense – Campus da UFF em Santo Antônio de Pádua) e Elza Dely Veloso Macedo (Faculdade de Educação – UFF, atualmente aposentada) assumem as funções de 1ª e de 2ª secretárias, respectivamente, na Regional Rio de Janeiro do Andes-SN.
Acesse www.aduff.org.br e acompanhe a cobertura do evento