Noticias 2016

Estudantes criticam violência no entorno da UFF; reitoria não se pronuncia

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
Foto: Luiz Fernando Nabuco – detalhe da passeata “Por todas elas”, que aconteceu no Centro do Rio, em junho desse ano

“É horrível andar na rua. Não estamos tranquilas e a sensação é de impotência”, diz Amanda Rezende, estudante do 7º período em Serviço Social da UFF. Ela conta que, no último dia 14 de junho, por volta das 20h, quando saia do campus do Gragoatá, um homem a seguiu com um pedaço de pau até a rua Passo da Pátria. “Andei rápido, até alcançar um rapaz. Foi preciso que eu ficasse ao lado de uma pessoa que eu não conhecia, de outro homem, para que eu fosse respeitada como mulher”, disse a estudante. “Antes, o perigo era ser assaltada; hoje, temos medo que nossos corpos sejam violados, que sejamos tocadas sem nosso consentimento”, complementou.

Ela é uma das muitas estudantes da UFF que têm manifestado medo de caminhar sozinhas no trajeto para a universidade, principalmente no momento em que há relatos de novas tentativas de estupro, de assédio e de assalto às alunas da instituição, recentemente noticiados pelos jornais “O Globo” e “O Fluminense”. As reportagens apontam as ruas Tiradentes, Lara Vilela, Visconde de Moraes e José Bonifácio como as mais perigosas no trajeto à instituição multicampi – Valonguinho, Gragoatá e Praia Vermelha são algumas das localidades da universidade em Niterói, que ainda oferece cursos no Ingá, no Centro e em Santa Rosa, além de manter a sede administrativa em Icaraí. Em todos os bairros, a falta de segurança no município é preocupação constante. No entanto, a perseguição diurna a uma estudante do curso de Direito, no início desse mês, somada a outras agressões a alunas da instituição no caminho para a UFF mobilizou a comunidade para o problema que se torna ainda mais preocupante no Ingá.

“Conheço muitas meninas que também moram no bairro e que, assim como eu, estão com medo de sair às ruas. Andam em grupos e procuram pegar ônibus até mesmo para se locomover em distâncias curtas”, diz Amanda.

Esse é o caso de Nathália Pompeu, do segundo período em Desenho Industrial, que adota mesma estratégia para se proteger. De acordo com a discente, que mora na região oceânica, foi preciso alterar seus hábitos para garantir maior segurança no trajeto para a universidade. Quando ia para a faculdade, ela descia do ônibus no Ingá e seguia a pé para o campus da Praia Vermelha. Hoje, evita andar sozinha e está sempre na companhia das amigas.

“Procuro pegar ônibus mesmo que seja para descer em um ponto depois, principalmente porque as ruas, na saída da Praia Vermelha, são escuras. Não vou mais a pé”, afirma Nathália. “Na faculdade, não passaram nada para a gente. O ônibus da instituição, o BusUff, demora muito para passar. Não é sempre que tenho como pegá-lo, porque, apesar de ter um horário fixo, ele demora muito. Não temos como prever e já esperei por ele mais de uma hora”, diz.

Nathalia afirma ainda que, na saída da universidade, dois colegas de curso a acompanharam, juntamente com uma amiga, a praça do Gragoatá para que pegassem um ônibus. Tiveram medo de se deslocar do campus da UFF na Praia Vermelha. “Estamos com medo e não vimos, até o momento, nenhum pronunciamento por parte da reitoria sobre o assunto”, revela.

A reportagem da Aduff-SSind entrou em contato, por e-mail, com a reitoria, a vice-reitoria e a pró-reitoria de assuntos estudantis da Universidade Federal Fluminense para saber o que a administração central tem feito em relação à segurança nos campi da instituição e, ainda, para obter uma declaração dos gestores acerca dos recentes casos de violência contra estudantes no trajeto para a universidade. A administração central, no entanto, ainda não se pronunciou sobre o assunto, abordado também em reportagens da TV Bandeirantes, exibidas na última semana, e que vem ganhando visibilidade a partir de relatos de estudantes nas redes sociais.

Reação: ato em defesa das mulheres acontece na quinta-feira, 30

Na quinta-feira (30), acontece o ato “(Ingá)jadas” na Cantareira, organizado por mulheres da cidade, inclusive estudantes da UFF, com o objetivo de denunciar a cultura do estupro e dar visibilidade à falta de segurança na cidade. A concentração é às 16h30, na Rua Presidente Pedreira, em frente à Faculdade de Direito. O grupo seguirá pelas ruas Nilo Peçanha, Tiradentes, José Bonifácio e terminará a passeata na Praça. Visite a página do evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/617694491715665/

Uma das idealizadoras da manifestação conta que a iniciativa surgiu após a repercussão dos novos casos envolvendo estudantes da UFF.  “Precisamos cada vez mais ocupar espaços da rua, das redes sociais e mostrar que não vamos nos silenciar diante de situações como essas”, conta Ana Miramar, que integra o coletivo “Mulherada” – criado para pensar em ações em defesa das mulheres e que já organizou o ato “Mural pelo fim da cultura do estupro”, em maio desse ano, reunindo mais de 300 jovens que afixaram cartazes no Campo de São Bento, com palavras de ordem contra a violência de gênero.

“Nos comunicamos com outros coletivos, como as "Cirandeiras", e também com alunas da UFF, Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos e formamos um grande grupo de luta”, revela Ana.

De acordo com ela, às 19h dessa terça (28), acontece na Arquitetura (campus da UFF na Praia Vermelha) a reunião preparatória da passeata da próxima quinta (30). Às 20h, na Faculdade de Direito (Rua Presidente Pedreira, Ingá), haverá uma roda de conversa sobre a cultura do estupro, preparada pelo “Cirandeiras - Coletivo de Mulheres do Direito da UFF – Niterói”. “A importância da mobilização é levarmos e motivarmos as mulheres a irem pras ruas e lutar”, diz Ana.

A sessão do Cine-Debate da Aduff-SSind dessa terça (28) apresentará o documentário “Acabou a paz, Isto Aqui Vai Virar o Chile!”, dirigido por Carlos Pronzato.

A atividade é promovida mensalmente pela Aduff-SSind, sempre das 18h às 21h, na Praça Cantareira, em Niterói. O filme que será exibido discute a ocupação de mais de 200 escolas em São Paulo, no segundo semestre de 2015, contra a precarização do ensino público promovida pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB).

O registro foi feito de forma semelhante ao aclamado ‘A Rebelião dos Pinguins’, do mesmo diretor, que abordou a mobilização dos estudantes chilenos em 2006.

A página do evento no Facebook é a seguinte:
https://www.facebook.com/events/1750944015120441/

Manifestantes decidem manter ato 'Ocupa SUS’ em frente ao Núcleo do Ministério da Saúde após liminar da Justiça.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
O SUS tem que ser do “tamanho do povo brasileiro”. Foi o que afirmaram manifestantes que protestam desde as 15 horas da tarde em frente à coordenação do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro (Nerj), na rua México 128, no Centro da cidade, no ato ‘Ocupa SUS’.
A afirmação é uma referência direta ao ministro Ricardo Barros, que ao assumir a pasta há pouco mais de um mês, nomeado pelo presidente interino Michel Temer (PMDB), disse que o Sistema Único de Saúde não cabia no PIB brasileiro e deveria ser redimensionado.
O serviço de assistência na área de saúde para todos os brasileiros está previsto na Constituição Federal de 1988. Durante o ato, alguns oradores criticaram a declaração do ministro com relação ao SUS e o Produto Interno Bruto.
No dia seguinte à declaração, Barros disse que fora mal interpretado e que o governo não pretende reduzir o tamanho dos serviços de saúde cobertos pelo estado brasileiro. Faz poucos dias, porém, Temer enviou ao Congresso Nacional proposta de emenda constitucional (PEC 241) que fixa teto para despesas da União que, se aprovada, significará cortes no orçamento de áreas como saúde e educação, inclusive sobre receitas de previsão constitucional.
Liminar
A programação inicial da manifestação desta sexta-feira foi modificada em função da liminar da 29ª Vara da Justiça Federal do Rio que determina que a ocupação seja encerrada para que o prédio volte à normalidade. Inicialmente, o ato político-cultural iria se deslocar, à noite, para a Cinelândia, a menos de 300 metros dali. Mas, diante da liminar, os manifestantes preferiram permanecer no local para reforçar a ocupação. A ação foi movida pela Advocacia-Geral da União (AGU).
O Ocupa SUS é um movimento que se contrapõe às políticas de privatização e de sucateamento, que reduzem o tamanho da saúde pública e da assistência médica no país. O movimento considera o governo provisório ilegítimo e defende a bandeira ‘Fora Temer’.
Trabalhadores da educação participam do ato na rua México. A direção da Aduff-SSind esteve representada pela professora Gelta Xavier, vice-presidente, e pelo professor Gustavo Gomes, presidente da seção sindical.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Loureço Filho
Foto: Luiz Fernando Nabuco/ Aduff-SSind

Informamos que não haverá expediente na sede da Aduff-SSind no próximo dia 24 de junho, devido ao feriado municipal.

As atividades serão retomadas normalmente na próxima segunda-feira (27).

A sessão desta terça-feira (21) do Cine-Debate da Aduff-SSind foi adiada devido à previsão de chuvas. A apresentação do documentário "Acabou a paz, Isto Aqui Vai Virar o Chile!", dirigido por Carlos Pronzato, foi transferida para aproxima terça, dia 28 de junho.

O Cine-Debate é uma atividade promovida mensalmente pela Aduff-SSind, sempre das 18h às 21h, na Praça Cantareira, em Niterói. O filme que será exibido na semana que vem discute a ocupação de mais de 200 escolas em São Paulo, no segundo semestre de 2015, contra a precarização do ensino público promovida pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB).

O registro foi feito de forma semelhante ao aclamado ‘A Rebelião dos Pinguins’, do mesmo diretor, que abordou a mobilização dos estudantes chilenos em 2006.

A página do evento no Facebook é a seguinte:
https://www.facebook.com/events/1750944015120441/

Trabalhadores, usuários do SUS, estudantes e integrantes de movimentos sociais  realizam na tarde desta sexta (24), às 15h, um ato político-cultural em defesa da saúde pública. A manifestação acontece  em frente ao prédio do Núcleo Estadual  do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro (Rua México 128, 20031-142 Rio de Janeiro), ocupado desde o início do mês pelo movimento #OCUPASUS

Com informações de Desinformémonos
Fonte: Imprensa do Andes-SN
Foto: Reprodução de Internet

Seis pessoas foram assassinadas e 108 ficaram feridas no distrito de Asunción Nochixtlán, estado de Oaxaca, no sul do México durante uma manifestação em defesa da educação. Professores, estudantes e população bloqueavam há uma semana a estrada de acesso ao distrito, quando foram surpreendidos na manhã de domingo (19) por cerca de 800 policiais federais e do estado que chegaram ao local - em helicópteros e aviões -, usando gás lacrimogêneo e atirando contra os manifestantes, segundo a matéria publicada pelo site Desinformémonos. Os manfestantes são contra reforma na educação feita pelo governo mexicano, que reduz drasticamente os direitos dos docentes, e contra a prisão arbitrária de lideranças da Coordenadoria Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE).

Conforme a matéria publicada pelo site mexicano, moradores de Nochixtlán e de municípios vizinhos relataram que o ataque policial aos manifestantes foi brutal e que mulheres, homens, crianças e idosos foram alvos da polícia. A ordem dada era: “Atirem para matar”.

Foram assassinados: Andrés Aguilar Sanabria, 23 anos, professor de Educação Indígena; Antonio Perez Garcia, estudante do ensino médio; Yalid Jiménez Santiago, 28 anos, do município de Santa Maria Apazco; Anselmo Cruz Aquino, do município de Santiago Amatlán; Oscar Nicolas Santiago, de Tolantongo Flowers; e Jesus Cadena, 19, estudante de Assunção Nochixtlán.

Ainda de acordo com o Desinformémonos, a polícia mexicana impediu o atendimento dos feridos no Hospital Civil Nochixtlán, que foram socorridos na Paróquia de Nossa Senhora da Assunção de Nochixtlán por paramédicos e voluntários.

População reage
O ataque aos manifestantes irritou a população local que incendiou a prefeitura. O confronto continua e sinais de fumaça foram vistos no vale de Nochixtlán, onde fica concentrada a maior parte da população. Professores pediram apoio das comunidades próximas, como Mixteca, e habitantes dos povoados vizinhos reforçam as barricadas para impedir o avanço das forças militares federais.

Com informações de Desinformémonos
Fonte: Imprensa do Andes-SN

Dia 25 de junho, na sede da seção sindical, serão apreciadas as propostas em discussão no evento nacional do Andes-SN, que atualizará plano de lutas da categoria

O Seminário Preparatório para o 61º Conselho do Andes-SN - Conad, acontece na sede da Aduff-SSind, no período das 9h às 19h, no próximo sábado (25). Estarão reunidos os docentes que compõem a delegação da seção sindical nesse fórum de debates promovido pelo Andes-SN. Entre eles, o professor Gustavo Gomes, presidente da Aduff-SSind, delegado da seção sindical no evento, tendo direito à voz e voto, conforme deliberação de assembleia da categoria (14).

Todos estarão reunidos, nesse final de semana, para discutir as propostas do Anexo e do Caderno de Textos do evento, já disponibilizados no site do Andes-SN, por meio do link:  http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=8193

O 61º Conad, cujo tema central é “Defesa dos Direitos Sociais, da Educação e Serviços Públicos”, debaterá a conjuntura política brasileira e atualizará o plano de luta dos docentes, avaliando a implementação das resoluções aprovadas no 35º Congresso do Andes-SN (Curitiba, PR/ 2016). Também serão apreciadas as contas do Sindicato Nacional. Haverá ainda o lançamento da 58ª edição da revista Universidade e Sociedade.
Durante o evento, será dada posse aos representantes da chapa “Unidade na Luta”, eleita em maio desse ano para assumir a direção do Andes-SN. Eblin Farage, professora da Escola de Serviço Social da UFF, presidirá o Sindicato Nacional no biênio 2016-2018. As professoras Lorene Figueiredo de Oliveira (do Instituto do Noroeste Fluminense – Campus da UFF em Santo Antônio de Pádua) e Elza Dely Veloso Macedo (Faculdade de Educação – UFF, atualmente aposentada) assumem as funções de 1ª e de 2ª secretárias, respectivamente, na Regional Rio de Janeiro do Andes-SN.

O Cine-Debate, atividade mensal promovida pela Aduff-SSind, acontece no próximo dia 21 (terça-feira), entre 18h e 21h, na Praça Cantareira. Será exibido o documentário "Acabou a paz, Isto aqui vai virar o Chile!", dirigido por Carlos Pronzato, que discute a ocupação de mais de 200 escolas em São Paulo, no segundo semestre de 2015, contra a precarização do ensino público promovida pelo governo de Geraldo Alckmin.

O registro foi feito de forma semelhante ao aclamado ‘A Rebelião dos Pinguins’, do mesmo diretor, que abordou a mobilização dos estudantes chilenos em 2006.

Veja a página do evento no Facebook:
https://www.facebook.com/events/1750944015120441/

UFF debate crise

Rodas de conversa e debates marcam dia de mobilização em Angra, Pádua, Friburgo, Campos, Iacs e Faculdade de Educação no Gragoatá

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
Foto: Divulgação/ Comunidade da UFF em atividade de mobilização no campus de Santo Antônio de Pádua

“A universidade tem esse papel de ser um espaço de debate sobre questões importantes para o país, que afetam não só a vida institucional, mas nosso futuro como um todo”, disse o docente Demian Bezerra de Melo, do curso de Políticas Públicas, ao comentar a atividade de mobilização realizada na Universidade Federal Fluminense em Angra dos Reis. Ele e o colega Andrés Del Rio incorporaram a atividade do curso de extensão “Das Ditaduras Militares às Ditaduras do Mercado” às ações de mobilização em defesa da educação pública, no último dia 16 de junho, conforme deliberação da última assembleia geral dos docentes da UFF.

Eles exibiram o filme “Historia oficial” (1985), de Luis Puenzo, sobre a ditadura na Argentina, seguido de debate sobre o legado desse período de autoritarismo e do neoliberalismo – tema, segundo Demian, pertinente à realidade atual. À noite, ele e os professores Frederico Policarpo Filho e Augusto César Gonçalves de Lima realizaram um debate com a comunidade para discutir as ameaças à Educação Pública, aprofundadas pelo governo interino de Michel Temer.

Friburgo

As ações que visam fragilizar ainda mais o serviço público e o crescimento de projetos conservadores à sociedade fizeram parte da roda de conversa multitemática promovida por professoras do curso de Fonoaudiologia da UFF em Friburgo, entre elas Priscila Starosky, Bianca Novaes de Mello e Michele Soltosky.

Elas e alguns estudantes debateram questões de gênero; as consequências das ideias preconizadas pelo “Escola Sem Partido”, que repercutem projetos de lei que cerceiam a liberdade de ensinar, criminalizando a docência; e o PLP 257/16, que integra a política de ‘ajuste fiscal’, em curso desde o final de 2014, prevendo o congelamento de salários, a suspensão de concursos públicos, cortes em direitos sociais, revisão dos regimes jurídicos do funcionalismo, atingindo principalmente o setor público. Houve ainda panfletagem na UFF em Friburgo.

Campos de Goytacazes

A comunidade de Campos de Goytacazes também esteve mobilizada em defesa da educação pública, desde a quarta-feira (15), quando houve uma reunião docente, com a recepção aos novos colegas no campus e com a troca de informes sobre o Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional da UFF.

Na quinta-feira (16), a roda de conversas sobre Políticas Públicas do Sistema Único de Saúde (SUS), organizada por docentes do curso de Psicologia, teve ampla participação de estudantes e de outros professores da UFF de Campos.

À noite, os professores Márcio Malta, do curso de Ciências Sociais, e Elis de Miranda, da Geografia, conversaram com a comunidade sobre “Culturas Brasileiras”. O ponto alto dessa atividade, de acordo com Márcio, foi o relato do produtor cultural Carlos Henrique, do coletivo Casinha, que socializou a experiência da ocupação do Teatro de Bolso.

A comunidade da UFF em Campos dos Goytacazes segue mobilizada e já programa atividades para o próximo dia 29.

Santo Antônio de Pádua

No Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior da UFF em Santo Antônio de Pádua, houve panfletagem no campus e um debate, coordenado pela professora Lorene Figueiredo, sobre a conjuntura política e econômica atual, com ênfase na discussão sobre a dívida pública e na análise do PLP 257/16.

“Refletimos, a partir de dados apresentados pela CSP Conlutas, sobre a economia no mundo, na América Latina e a recessão no Brasil. Nosso debate sobre o Projeto de Lei 257 apontou elementos que demonstram como os direitos dos servidores públicos estão ameaçados”, disse Lorene.

De acordo com a docente, o debate foi muito proveitoso e a comunidade sinalizou alguns encaminhamentos, como a construção do “Fora, Temer”; a construção de uma greve geral; a realização de uma nova reunião para socializar os debates em pauta no II Encontro Nacional de Educação – ENE (Brasília, 16 a 18 de junho); e a retomada da organização do III Encontro das unidades da UFF fora de sede, previsto para acontecer em Campos dos Goytacazes, conforme deliberado na última greve da categoria (2015).

Durante a atividade em Pádua, a comunidade homenageou os 49 mortos na tragédia em Orlando (Flórida, Estados Unidos), em decorrência de um atentado homofóbico e os mais de 300 mortos no Brasil – país que mais mata a população LGBTI - Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Interesexo.

Instituto de Artes de Comunicação Social

De acordo com o presidente da Aduff-SSind, Gustavo Gomes, no Instituto de Artes de Comunicação Social (IACS) a roda de conversa abordou aspectos da conjuntura, como o contingenciamento econômico, as ações do governo internino de Michel Temer – com críticas à extinção do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Ministério da Cultura, e a tentativa de esvaziamento da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).  Em pauta, também estiveram o PLP 257 e a proposta de emenda à Constituição que fixa um limite máximo para as despesas dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) – impactando, de certo, na Saúde e da Educação públicas.

Para o professor do curso de Comunicação Social Adilson Cabral, a atividade foi bastante proveitosa, sobretudo porque há necessidade de mobilização para enfrentar os projetos que ampliam o desmonte do Estado, apresentado para a sociedade com a ratificação da mídia comercial.

“Precisamos mobilizar os funcionários públicos para que estejam atentos para a gravidade do que está colocado. E também a sociedade em geral, para esse tipo de desmonte do Estado. A despeito de golpe ou não, ele virá, com toda a intenção. Pretendemos fazer um novo debate, ampliado em vários departamentos da universidade, para colocar a gravidade da conjuntura”, disse o docente.

Leia também:
Professores da UFF debatem situação do país e da educação no dia nacional de mobilizações
http://aduff.org.br/_novosite/noticias/?noticia_ano=2016&noticia_id=6617

Professores da UFF participam do II Encontro Nacional da Educação em Brasília, que reúne trabalhadores e estudantes de todo o país

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Lara Abib - enviada a Brasília.
Foto: Valcir Araújo

Mais de duas mil pessoas, entre docentes, estudantes, técnicos-administrativos e demais trabalhadores da educação se reuniram na manhã desta sexta (17), na Universidade Nacional de Brasília (UNB), para o debate de abertura do II ENE – Encontro Nacional da Educação.

Com o tema "Por um Projeto Classista e Democrático de Educação, Contra o Ajuste Fiscal e a Dívida Pública", a mesa contou com a participação do estudante chileno José Villarrol, que integra o movimento estudantil no Chile – representando o grupo Juventud en Lucha; Mauro Puerro, da secretaria-executiva da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular) e do Comitê Nacional em Defesa dos 10%do PIB para a Educação Pública; e Olgaíses Maués, da direção do Andes-SN e do Comitê Organizador do II ENE.

O início da mesa de abertura também foi marcado pela homenagem ao professor Márcio Antônio de Oliveira, referência histórica nas lutas em defesa da educação pública, ex-presidente do Andes-SN e diretor eleito da gestão que assume no próximo Conad (Conselho do Andes-SN), falecido no dia 13 de junho.

A seguir, trechos das exposições de cada um dos debatedores:

JOSÉ VILLARROL
“A luta pela educação é de estudantes e trabalhadores”

“Tenho 22 anos e participo desde os 12 do movimento estudantil, vendo outros estudantes se organizando, aprendendo com as mobilizações. O movimento estudantil chileno completa, em 2016, dez anos de uma luta intensa, que envolve grandes mobilizações, ocupações, resistências, greves estudantis. E isso não pode e não vai acabar. Queremos 10 anos mais! Mas por que tanta mobilização? No início dos anos 70, a ditadura que governou o Chile por quase 20 anos implementou uma série de ajustes neoliberais que transformou e converteu a educação gratuita de livre acesso que vigorava nos anos 60 em mercadoria. Com a chegada da democracia, esse panorama não se alterou, pelo contrário, a privatização da educação chilena aumentou. A maioria das universidades chilenas são empresas universitárias. É claro que esse processo se deu em diversos países, como no Brasil, por exemplo, mas o Chile foi o laboratório do capitalismo na América Latina. É por isso que universidades privadas são sistematicamente ocupadas pelos estudantes, que escolas secundaristas são ocupadas –não só na capital, como em todas as partes do país. É uma luta que requer unidade, porque a luta pela educação não é só dos estudantes, mas de todos os trabalhadores; é uma luta do povo! E é uma luta que deve ser travada de maneira autônoma, através da organização autônoma de estudantes trabalhadores. Não podemos andar de mãos dadas com governos que batem em estudantes, que reprimem e criminalizam a luta pela educação pública no país.”
José Villarrol, que integra o movimento estudantil no Chile – representando o grupo Juventud en Lucha.

MAURO PUERRO
“Temos opiniões diferentes e legítimas, mas temos acordo no ‘Fora Temer’’

Aqui está presente a vanguarda do ativismo brasileiro que luta em defesa da educação pública, gratuita, de qualidade e laica, violentamente atacada. Aqui se encontram aquelas e aqueles que se irmanam com a juventude e a classe trabalhadora francesa na luta contra a reforma trabalhista e contra a retirada dos direitos na França. Aqui estão os que não  se deixaram cooptar e mantiveram sua autonomia e independência na luta em defesa da educação pública durante os 13 anos do governo do PT. Aqui estão aqueles que se indignaram e levantaram sua voz contra o massacre de Orlando, mas também que levantam sua voz contra o massacre cotidiano nas periferias dos centros brasileiros, principalmente contra a juventude negra, as mulheres e a população LGTBT. É um orgulho estar aqui! Estão aqueles que se inspiraram nos estudantes chilenos e ocuparam e ocupam escolas brasileiras, que dirigem greves duríssimas em seus estados, municípios. Estamos vivendo esse encontro sob um novo governo, o governo ilegítimo de Michel Temer. Penso que temos acordo entre nós; todos estamos aqui pelo "Fora, Temer!". Temos opiniões diferentes, avaliações diversas (...) e são todas opiniões legítimas, opiniões do movimento operário popular e estudantil. Parte da tradição do movimento operário que estamos buscando resgatar é fazer um debate democrático, legítimo e respeitoso entre nós. Mas a unanimidade existe entre nós e é o ‘Fora, Temer!’. Gosto muito de um ditado português que diz que 'os ventos só ajudam o marinheiro que sabe o porto onde quer chegar'. O nosso porto eu resumiria, didaticamente, em quatro objetivos. O primeiro é definir nesse encontro as bases para o projeto classista e democrático de educação pública, gratuita, laica,  de qualidade e socialmente referenciada – que se contraponha ao PNE privatista que foi aprovado. O segundo é transformar o comitê que se formou através da reivindicação justa para os  10% do PIB para a Educação em uma organização de caráter mais forte, mais substancial, quase uma coordenação de entidades que vão ajudar a intervir nas lutas que estão se dando, para enfrentar o isolamento. Este é um encontro somatório de várias entidades e categorias, então teremos que discutir essas questões em diversas instâncias, mas podemos aprovar aqui um chamado para intensificar as lutas e apontar para a construção de uma greve unificada  da educação deste país. Por fim , temos que aprovar neste encontro – porque ele tem força para isso – um chamado para que as centrais sindicais organizem uma greve geral neste país contra o ajuste fiscal, contra as reformas trabalhistas, contra as reformas da Previdência, em defesa da educação pública, em defesa de investimentos nas áreas sociais e pelo ‘Fora Temer’ e pelo fora a todos os corruptos do Congresso. A CSP-Conlutas, que eu represento dentro do Comitê Nacional em Defesa dos 10%do PIB para a Educação, já votou favorável a isso. É nossa tarefa estar nas ruas e construir a resistência!”
Mauro Puerro, da secretaria-executiva da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), e o Comitê Nacional em Defesa dos 10%do PIB para a Educação Pública.

OLGAÍSES MAUÉS
“Precisamos de unidade para construir um projeto de educação dos trabalhadores”

“A realização deste segundo ENE ocorre em um momento de profunda crise da sociedade brasileira, sem falar da conjuntura internacional, das guerras em curso, dos ataques aos imigrantes e o ataque do domingo passado à boate gay, nos Estados Unidos, matando 49 pessoas, símbolo desse momento desastroso em que vive o mundo como um todo. No Brasil, temos uma inflação de mais de 10%, mais de 10 milhões de desempregados, além de uma profunda crise ética e moral. Temos um governo derrubado oficialmente pelas tais pedaladas fiscais, mas que caiu pela própria incapacidade de levar adiante um projeto que atendesse à classe popular, perdendo apoio dos trabalhadores. O outro governo assume tendo grande parte dos seus ministros sendo acusados de algum tipo de crime, referente a propinas recebidas, desvio de recursos, caixa dois. Em 35 dias do governo ilegítimo de Temer, quatro ministros já caíram. É um momento no qual a corrupção e a falta de seriedade e o desrespeito à coisa pública parecem ter se tornado normais. O governo sem credibilidade enfrenta manifestações quase diárias pedindo "Fora Temer". O Judiciário e o Legislativo também são alvos de extrema desconfiança por parte da população, com acusações até o pescoço por corrupção. O ministro da Educação é um total desconhecido da área e ocupa a pasta pelas negociatas de distribuição de cargos. Em contrapartida, a secretária-executiva do MEC é uma velha conhecida do movimento da educação; ocupou o mesmo cargo durante o governo FHC e foi secretária de Educação dos governos do PSDB no estado de São Paulo. Deverá implementar e aprofundar as politicas privatizantes. Portanto, a onda conservadora que já vinha desde os governos  do PT tende a se aprofundar. A aprovação de algumas medidas drásticas, como por exemplo o PL da Escola Sem Partido, o novo estatuto da família, a negação do nome social às pessoas trans, a implementação da lei do antiterrorismo já aprovado no governo Dilma, a discussão da lei antigreve, a diminuição da idade penal – todas essas são medidas que demonstram o retrocesso que a sociedade brasileira está vivendo. Nesta conjuntura, o II ENE tem que ser o espaço da crítica e da denúncia qualificada a esse projeto, mas também um espaço privilegiado para a construção de um novo projeto. Não é um outro projeto alternativo, é um projeto classista e democrático para a educação. Um projeto que atenda a classe trabalhadora, que conduza e ajude a conduzir o país para uma sociedade socialista. Por isso estamos aqui chamando para a unidade, para a construção desse projeto. A educação que temos hoje é uma educação que ensina a nos conformar. O projeto dos últimos governos foi e é a privatização da educação. Se inicialmente o foco da privatização era o ensino superior, hoje temos toda a educação básica sendo privatizada. É a inversão do que a Constituição Federal diz, 'que o responsável pela educação deve ser o estado brasileiro'. A Lei de Diretrizes Básicas coloca como dever da família; isso faz toda diferença na medida em que a responsabilidade passa do estado para o privado”.
Olgaíses Maués, da direção do Andes-SN e do Comitê Organizador do II ENE.

Estudantes, professores e técnicos da UFF participaram das atividades; em Brasília, marcha abriu II Encontro Nacional da Educação

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Participaram dessa reportagem os jornalistas Hélcio Duarte Filho, Lara Abib e Aline Pereira (texto) e Luiz Fernando Nabuco (fotos Rio de janeiro) e Valcir Araujo (fotos Brasília)

Servidores, estudantes e representantes de outras categorias profissionais marcharam em Brasília e no Rio, na tarde desta quinta-feira (16), em protesto contra governos que promovem medidas que debilitam os serviços públicos e reduzem direitos trabalhistas e previdenciários.

As atividades integraram o dia nacional de mobilizações do funcionalismo e em defesa da educação, que, na UFF, contou com roda de conversas de professores, panfletagens e com a paralisação dos técnicos-administrativos por 24 horas. Houve protestos em outras cidades pelo país.

Na capital federal, cerca de três mil participaram da Marcha em Defesa da Educação, que marca simbolicamente a abertura do II Encontro Nacional de Educação (ENE). A passeata saiu da Catedral, fez uma parada no Ministério do Planejamento e terminou em frente ao Ministério da Educação. Professores da Universidade Federal Fluminense que integram a delegação da Aduff-SSind participaram. A seção sindical também colaborou com a ida de ônibus de estudantes ao protesto e ao encontro.

A parada no Planejamento teve ato contra o PLP 257/2016, projeto que tramita na Câmara dos Deputados e é considerado uma ameaça ao funcionamento dos serviços públicos – além de poder congelar salários e concursos.

Os manifestantes encontraram as entradas do Ministério da Educação cercadas pela Polícia Militar. Não puderam sequer entrar para protocolar carta com as resoluções do primeiro encontro de Educação e com pedido para que seja convocada audiência pública para debater as propostas que vierem a ser definidas no segundo encontro. O documento foi entregue a Leonel Cunha, subsecretário de Assuntos Administrativos, e Nádia Ferreira, assessora especial do ministro Mendonça Filho, que desceram para recebê-lo em mãos.

‘Fora Temer’

No Rio, a passeata unificada dos servidores estaduais, federais e municipais reuniu cerca de 2.500 pessoas, na avaliação da reportagem, que caminharam da Candelária à Central do Brasil, no centro da cidade. Críticas ao governador em exercício Francisco Dornelles (PP), ao prefeito Eduardo Paes (PMDB) e ao presidente interino Michel Temer (PMDB) foram constantes no ato. Muitos participantes portavam adesivos com a frase “Fora Temer”. Educadores da rede estadual repudiaram a decisão do governo de parcelar os salários e aposentadorias dos servidores, que receberam na véspera as remunerações de maio, atrasadas, com valores em geral inferiores à metade do pagamento integral. “Não tem arrego/você tira o meu salário/eu tiro o seu sossego”, cantaram os manifestantes em alguns momentos da passeata.

De bengala na mão e demonstrando muita disposição, a professora aposentada Noeli Almeida, de 68 anos, estava entre os que caminhavam mais à frente na passeata. Pendurado ao pescoço, carregava cartaz com cópias das contas residenciais a pagar. “Não estou podendo ficar em casa, tenho que vir para rua agora. Nós, aposentados, não podemos fazer greve, então temos que estar aqui”, disse, à reportagem.

Naquela mesma hora, em Brasília, outros manifestantes ocupavam as ruas para dizer que não são responsáveis pela crise econômica, não aceitam perdas de direitos e vão lutar para impedir que projetos antisserviço público e servidores sejam levados adiante. “Nesse momento de precarização da universidade, precarização da educação, do ajuste fiscal, dos cortes na educação e na saúde, acho que é fundamental hoje a gente estar abrindo o ENE nas ruas, indo para o Planejamento, cobrando [a retirada] desse PL 257, cobrando [nossas pautas] no MEC”, disse, à reportagem, a professora da UFF Elizabeth Barbosa, enquanto participava da marcha. “Abrimos o ENE positivamente, nas ruas, pensando no enfrentamento que teremos que ter no futuro e que começamos a enfrentá-lo já”, concluiu.

Mobilização na UFF

Docentes, técnicos-administrativos e estudantes da UFF participaram do dia de mobilizações de diferentes maneiras e em atividades diversas. Os técnicos promoveram paralisação de 24 horas, na qual, além das pautas gerais, defenderam a jornada de 30 horas semanais e a revogação do contrato que entregou o Hospital Universitário Antonio Pedro para a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). O sindicato da categoria (Sintuff) realizou, pela manhã, ato em frente à Reitoria, em Icaraí. A Aduff-SSind foi representada pelo diretor Juarez Duayer.

À tarde, professores da Faculdade de Educação, no Gragoatá, realizaram uma roda de conversa, na qual debateram a conjuntura política atual. À noite, no Iacs, o debate foi sobre o PLP 257/2016, que atinge o serviço público. “É importante termos esses espaços para dialogar sobre o cenário político, que se apresenta ainda mais difícil, com a ofensiva de projetos de lei que apontam para a retirada de direitos trabalhistas, sociais e previdenciários”, disse, à reportagem, o professor Gustavo Gomes, presidente da Aduff-SSind, ao defender a necessidade da construção de um movimento de resistência dos trabalhadores e da juventude. Também aconteceram atividades de mobilização em Campos e em outros campi fora da sede – que serão divulgados em breve pela comunicação da Aduff.

Encontro

Com o tema “Contra o ajuste fiscal e a dívida pública – por um projeto classista e democrático de Educação”, o II Encontro Nacional de Educação (ENE) vai até o dia 18. A primeira edição do encontro ocorreu no Rio de Janeiro (RJ), em agosto de 2014. A segunda será realizada em meio à crise política e institucional no país, sob o governo do presidente interino Michel Temer e num cenário de aprofundamento da precarização das condições de trabalho e infraestrutura na Educação, assim como do avanço da privatização – tocadas durante os dois mandatos do governo eleito de Dilma Rousseff.

Em abril, foram realizados, nos estados, encontros preparatórios para debater e elaborar, localmente, propostas ao ENE, buscando fortalecer a unidade em torno de um projeto comum em defesa da Educação Pública. No estado do Rio, o preparatório aconteceu no dia 26 de abril, na UFRJ – campus da Praia Vermelha.

Serão debatidos durante os dois dias de programação do II ENE os seguintes eixos temáticos: Trabalho e formação dos/as trabalhadores da Educação; Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Questões Étnico-racial; Financiamento; Avaliação; Gestão e Acesso e Permanência. Saiba mais em https://ene2016.org/eixos/.

Programação II Encontro Nacional de Educação

16 de junho

Tarde – Ato público em Brasília.

17 de junho

Manhã – Mesa de Abertura: Por um projeto classista e democrático de educação, contra o Ajuste Fiscal e a dívida pública.

Tarde e Noite – Grupos de Trabalho sobre os eixos do II ENE (gestão; financiamento; avaliação; trabalho e formação dos trabalhadores da educação; acesso e permanência; gênero, sexualidade, orientação sexual e questões étnico-raciais).

18 de junho

Manhã – Painéis Temáticos

Tarde – Plenária Final

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Participaram dessa reportagem os jornalistas Hélcio Duarte Filho, Lara Abib e Aline Pereira (texto) e Luiz Fernando Nabuco (fotos Rio de janeiro) e Valcir Araujo (fotos Brasília)

Acompanhe a continuidade da cobertura dos atos do dia 16 e do ENE em www.aduff.org.br

Roda de conversa na Faculdade de Educação, debate no Iacs e atividades nos campi fora da sede aconteceram nesta quinta (16), dia de passeata no Rio e em Brasília

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
Fotos: Roda de conversa na Faculdade de Educação, no Gragoatá (Luiz Fernando Nabuco)

Professores da Faculdade de Educação da UFF realizaram uma roda de conversa na tarde dessa quinta-feira (16), no auditório Paulo Freire, no campus do Gragoatá, para discutir a conjuntura política, com destaque para críticas ao governo interino de Michel Temer. Uma comissão de docentes está encarregada de organizar outras atividades com o objetivo de aprofundar o debate sobre a política e a educação no país.

Os professores e dirigentes da Aduff-SSind Gustavo Gomes, Renata Schittino, Kênia Miranda e Douglas Barbosa participaram dessa roda de conversas, que integra o dia de mobilização em defesa da educação pública, conforme deliberação da última assembleia geral dos docentes da UFF (14).

“É importante termos esses espaços para dialogar sobre o cenário político, que se apresenta ainda mais difícil, com a ofensiva de projetos de lei que apontam para a retirada de direitos trabalhistas, sociais e previdenciários”, disse Gustavo Gomes, presidente da seção sindical, à reportagem da Aduff-SSind, logo após o evento. Ele também lembrou que essa iniciativa da Faculdade de Educação teve início na última greve da categoria (2015) e que tem servido de exemplo para outros departamentos e institutos da UFF, em Niterói e fora da sede. Nesse mesmo dia, estavam programadas atividades nos campi da UFF em Angra, Pádua, Campos dos Goytacazes, Rio das Ostras e Friburgo.

Às 18h30, no Instituto de Artes e Comunicação Social – Iacs, teve início um debate sobre o PLP 257, que integra o pacote de ajuste fiscal do governo federal, proposto ainda quando Dilma Rousseff ocupava a presidência, e que afeta o funcionalismo nos âmbitos municipal, estadual e federal.

Ainda nesta quinta-feira, houve ato do funcionalismo estadual no Centro do Rio de Janeiro e uma marcha dos servidores públicos federais, em Brasília, precedendo a abertura do II Encontro Nacional de Educação, que acontece de 16 a 18 na capital federal. A UFF esteve presente, em ambas as atividades, com estudantes e trabalhadores da instituição.

Mais um serviço é reduzido no Hospital Universitário Antonio Pedro após a Ebserh assumir gestão

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Foto: Reprodução de Internet

Aproximadamente dois meses após a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) ter assumido a gestão do Hospital Universitário Antonio Pedro, dois videocolonoscópios e um videogastroscópio foram roubados da unidade de saúde, no último final de semana, como informa a direção do hospital em nota publicada na página eletrônica do Huap. Esses equipamentos – necessários para a realização dos exames do trato digestivo, entre eles gastroenterologia, endoscopia e colonoscopia, importantes para detecção de alguns tipos de câncer – foram estimados pelo Huap em, aproximadamente, R$ 600mil.

Além do prejuízo financeiro, a direção informa que será preciso reduzir em 70% os exames de colonoscopia e em 30% os exames de endoscopia, que eram cerca de 300 por mês. E que crianças não poderão ser atendidas no Huap, pois uma das peças furtadas era o único equipamento destinado à realização de endoscopia e colonoscopia infantis.

A nota publicada pela direção do Huap não menciona que providências estariam sendo tomadas para solucionar o problema e regularizar o atendimento à população. Limita-se a informar que a Polícia Federal foi notificada e que foi aberta sindicância para apurar os fatos. “A partir desse acontecimento a direção do Huap tomou ciência através de outras divulgações da mídia sobre a existência de uma quadrilha especializada nesse tipo de furto cometido em outros locais”, diz.

Manifestação no dia nacional de protestos contestará reformas defendidos por Temer e defenderá educação pública; UFF terá atividades nos campi.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Servidores federais, estaduais e municipais se encontram, nesta quinta-feira (16), a partir das 15 horas na Candelária, no Centro do Rio, para manifestação conjunta em defesa da educação pública, da saúde, dos serviços públicos em geral e em oposição às reformas constitucionais que retiram direitos dos trabalhadores.

O protesto é parte do dia nacional de mobilizações, que deverá movimentar servidores em todas as regiões do país e que terá ato centralizado em Brasília, também à tarde, na Marcha Nacional da Educação. Será o primeiro dia de protestos articulados nacionalmente pelo funcionalismo desde que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumiu interinamente a Presidência da República.

Docentes da UFF reafirmaram, em assembleia na terça-feira (14), a participação no protesto no Rio. Também haverá uma série de atividades nos campi da universidade, na capital e fora da sede, nas quais as reformas da Previdência, trabalhista e os projetos que se chocam com os serviços públicos vão ser debatidos.

Todos os professores estão convocados a participar dos debates, das rodas de conversa, das panfletagens e do ato unificado. A definição de como será a participação dos docentes no dia nacional de mobilizações foi decidida na assembléia geral convocada para a Aduff-SSind para terça-feira (14), no auditório da Faculdade de Economia, no Gragoatá, em Niterói.

Os professores reafirmaram a avaliação de que o momento é grave, que direitos e conquistas históricas dos trabalhadores estão sob perigo e que é preciso construir e consolidar um movimento que enfrente o governo interino e essa política.

Atividades já previstas para acontecer nos campi
no dia 16 de junho são as seguintes:

- Faculdade de Educação, em Niterói: Roda de Conversa sobre a conjuntura atual, a partir das 13 horas;

-Iacs, em Niterói: debate sobre o que significa o PLP 257, às 18h30min;

-UFF em Campos: roda de conversa sobre cultura no dia 16, às 18h30min – na véspera, na quarta-feira (15), reunião de professores, às 16h30min;

-UFF em Pádua: roda de conversa sobre a conjuntura

-UFF Friburgo: roda de conversa multi-temática: Gênero, PLP 257 e Escola Sem Partido, às 17h;

-UFF em Angra: Exibição de filme e debate sobre o neoliberalismo, a partir das 12 horas;

Rio de Janeiro: Ato conjuntos dos servidores o públicos estaduais, federais e municipais em defesa da Educação: concentração às 15 horas, na Candelária, no Centro do Rio;

Brasília: Marcha em Defesa da Educação Pública marca a abertura do II Encontro Nacional da Educação.

Marcha em Defesa da Educação abrirá evento

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Com o tema “Contra o ajuste fiscal e a dívida pública – por um projeto classista e democrático de Educação”, o II Encontro Nacional de Educação (ENE) começa na tarde de hoje (16) e vai até o dia 18, em Brasília (DF). A primeira edição do encontro ocorreu no Rio de Janeiro (RJ), em agosto de 2014. A segunda será realizada em meio à crise política e institucional no país, sob o governo do presidente interino e ilegítimo, Michel Temer, e num cenário de aprofundamento da precarização das condições de trabalho e infraestrutura na Educação, assim como do avanço da privatização –tocadas durante os dois mandatos do governo eleito de Dilma Rousseff.

A caravana da Universidade Federal Fluminense (UFF) ao II ENE contará com a presença de 20 docentes e cinco ônibus estudantis.  O evento começa na tarde desta quinta (16), em Brasília, com a “Marcha em Defesa da Educação”, que reunirá estudantes e trabalhadores da educação, além de outras categorias e movimentos sociais.  O ato de abertura do II ENE coincide com o dia nacional de protestos com paralisações, convocado pelos servidores federais para o dia 16 - que defenderá direitos previdenciários e trabalhistas ameaçados e a rejeição de propostas que definhem os serviços públicos. É o caso do PLP 257/2016 e do teto para gastos públicos, enviado pelo governo Dilma ao Congresso Nacional.

Em abril, foram realizados, nos estados, encontros preparatórios para debater e elaborar, localmente, propostas ao ENE, fortalecendo, assim, a unidade em torno de um projeto comum em defesa da Educação Pública. No estado do Rio, o preparatório aconteceu no dia 26 de abril, na UFRJ – campus da Praia Vermelha.

Eixos - Serão debatidos durante os dois dias de programação do II ENE os seguintes eixos temáticos: Trabalho e formação dos/as trabalhadores da Educação; Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Questões Étnico-racial; Financiamento; Avaliação; Gestão e Acesso e Permanência. Saiba mais em https://ene2016.org/eixos/.

Para Joana de Oliveira, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, o II ENE vai ser um momento privilegiado para o debate sobre o sucateamento, a privatização da educação pública e os diversos ataques contra o setor, assim como será a continuidade da luta em defesa dessa educação pública. “Também será um salto relevante em relação à organização dessa mobilização. Se no encontro anterior o norte foi a luta contra o PNE (Plano Nacional de Educação), neste pretendemos avançar na construção de um Plano Nacional de Educação classista e democrático, decidido pela comunidade”, afirma.

A 1° vice-presidente da Aduff-SSind, Gelta Xavier, concorda e ressalta que o ENE é uma oportunidade de atualizar o Plano Nacional de Educação (PNE) da Sociedade Brasileira, escrito em 1997. “O ENE é uma oportunidade de retomarmos uma história da qual participamos e intervir nela”, ressalta a sindicalista. Ela conta que durante as décadas de 80 e 90, o movimento docente participou ativamente dos debates sobre a elaboração da Constituição Federal de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, organizando uma enorme mobilização e um debate aprofundado sobre as concepções do movimento docente para a questão, que culminou no Plano Nacional de Educação (PNE) – A proposta da sociedade brasileira.  “No início da década passada, perdemos o fio da meada; a CNTE e a UNE viraram braços do governo e nós nos dispersamos enquanto Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública. A hora é de retomar essa mobilização, debater a atualizar esse documento”, finaliza.

Programação II ENE:

16 de junho

Tarde – Ato público em Brasília.

17 de junho

Manhã – Mesa de Abertura: Por um projeto classista e democrático de educação, contra o Ajuste Fiscal e a dívida pública.

Tarde e Noite – Grupos de Trabalho sobre os eixos do II ENE (gestão; financiamento; avaliação; trabalho e formação dos trabalhadores da educação; acesso e permanência; gênero, sexualidade, orientação sexual e questões étnico-raciais).

18 de junho

Manhã – Painéis Temáticos

Tarde – Plenária Final

Assembleia opta por realização de dia de mobilizações, com atividades nos campi e ida ao ato geral no Rio em defesa da educação pública e contra ataques de Temer ao setor público e aos trabalhadores

DA REDAÇÃO DA ADUFF

A próxima quinta-feira, dia 16 de junho, será um dia de mobilizações dos docentes da Universidade Federal Fluminense, com atividades nos campi e participação no ato conjunto do funcionalismo marcado para as 15 horas, na Candelária, no Centro do Rio.

Todos os professores estão convocados a participar dos debates, das rodas de conversa, das panfletagens e do ato unificado em defesa da educação pública e em oposição às reformas e medidas preparadas pelo governo interino de Michel Temer, que eliminam direitos trabalhistas e previdenciários.

A definição de como será a participação dos docentes no dia nacional de mobilizações foi decidida na assembléia geral convocada para a Aduff-SSind para esta terça-feira (14), no auditório da Faculdade de Economia, no Gragoatá, em Niterói.

Os professores reafirmaram a avaliação de que o momento é grave, que direitos e conquistas históricas dos trabalhadores estão sob perigo e que é preciso construir e consolidar um movimento que enfrente o governo interino e essa política.

A assembléia tinha como principal ponto de pauta a avaliação do indicativo de paralisação de 24 horas para o dia 16, aprovado na assembléia da semana passada. Sem votos contrários e com algumas abstenções, porém, os docentes optaram pela mobilização, sem paralisação, e apostaram na continuidade do processo de envolvimento da categoria na campanha em defesa dos direitos dos trabalhadores, da universidade pública e dos serviços públicos.

Nacionalmente, o dia 16 será marcado por atos nos estados e pela Marcha em Defesa da Educação em Brasília, que abrirá simbolicamente o II Encontro Nacional de Educação – fórum que deverá articular a luta e a resistência nacional do setor. Delegação da Aduff, com professores da UFF, participará do encontro – o sindicato também apoia a participação de estudantes.

As atividades já previstas para acontecer nos campi
no dia 16 de junho são as seguintes:

- Faculdade de Educação, em Niterói: Roda de Conversa sobre a conjuntura atual, a partir das 13 horas;

-Iacs, em Niterói: debate sobre o que significa o PLP 257, às 18h30min;

-UFF em Campos: roda de conversa sobre cultura no dia 16, às 18h30min – na véspera, na quarta-feira (15), reunião de professores, às 16h30min;

-UFF em Pádua: roda de conversa sobre a conjuntura

-UFF Friburgo: roda de conversa multi-temática: Gênero, PLP 257 e Escola Sem Partido, às 17h;

-UFF em Angra: Exibição de filme e debate sobre o neoliberalismo, a partir das 12 horas;

Rio de Janeiro: Ato conjuntos dos servidores o públicos estaduais, federais e municipais em defesa da Educação: concentração às 15 horas, na Candelária, no Centro do Rio;

Brasília: Marcha em Defesa da Educação Pública marca a abertura do II Encontro Nacional da Educação.

* A orientação da assembléia é para que os professores busquem organizar em cada campi, de preferência em conjunto com a comunidade universitária, atividades para fazer da data um dia de mobilização, de debate e de reflexão sobre a conjuntura atual e a necessidade de organizar a resistência.

foto: Assembleia desta terça-feira (14), realizada no Gragoatá, em Niterói: chamado à participação dos docentes
(Luiz Fernando Nabuco/Aduff-SSind)

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Discutir a conjuntura política nacional e deliberar sobre o indicativo de paralisação de 24h para a próxima quinta-feira (16), quando acontece o “Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação” pública, gratuita, socialmente referenciada, classista e democrática são os objetivos da Assembleia Geral dos Docentes da UFF convocada para essa terça-feira (14), a partir das 15h, no auditório da Economia (Bloco F/ Gragoatá).
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No dia 16, estão programadas ações nos estados e um grande ato na capital federal, reunindo servidores públicos de diferentes regiões do país, para protestar contra o avanço de medidas que ameaçam diretos trabalhistas, previdenciários e sociais. A CSP-Conlutas e o Andes-SN, um dos organizadores da iniciativa, alertam especialmente para o impacto do PLP – Projeto de Lei Complementar 257/16, que integra a política de ‘ajuste fiscal’, em curso desde o final de 2014, prevendo o congelamento de salários, a realização de concursos públicos, cortes em direitos sociais, revisão dos regimes jurídicos do funcionalismo, atingindo principalmente o setor público.
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A marcha a Brasília precede a abertura do II Encontro Nacional de Educação, que será realizado na capital federal, entre os dias 16 e 18 de junho, para pensar políticas para o setor. A Aduff estará representada na marcha e no II ENE.

A Aduff-SSind lamenta o falecimento do professor Márcio Antonio de Oliveira, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e que compunha a diretoria eleita do Andes-SN.

Abaixo, reproduzimos a nota de pesar publicada pela Direção do Sindicato Nacional:

Companheiros e Companheiras,

É com imensa tristeza que comunicamos o falecimento do companheiro Marcio Antonio de Oliveira ocorrido na manhã de hoje. Marcio Antonio de Oliveira era professor aposentado da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), atualmente compunha a diretoria da ApesJF Seção Sindical e fazia parte da diretoria eleita para estar à frente do Sindicato Nacional durante o próximo biênio (2016/2018).

Foi presidente do ANDES-SN entre 1992/1994, secretário-geral de 1986/1988 e 2010/2012 e 2012/2014.

Perdemos um lutador, um mestre, um defensor da educação pública e dos direitos dos trabalhadores, um construtor do ANDES-Sindicato Nacional e um exemplo para todos nós.

Estará sempre presente em nossas lutas e em nossos corações.

Informações sobre velório e enterro ainda não foram disponibilizadas.

Professor Márcio Antonio de Oliveira, Presente!

Diretoria do ANDES-SN


Ato com debates no Largo da Carioca reúne representantes de diversos segmentos e marca retomada das ações conjuntas do Fórum dos Federais no Rio

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Por Hélcio Lourenço Filho
Foto: Luiz Fernando Nabuco/ Aduff - Manifestação conjunta dos servidores federais no Largo da Carioca, nesta sexta-feira (10)

Sob uma tenda montada no Largo da Carioca, no Centro do Rio, dezenas de servidores públicos federais acompanharam por cerca de cinco horas as atividades que marcaram o ato conjunto da categoria, no qual se refletiu sobre o que significam as medidas que o governo interino de Michel Temer tenta aprovar e que afetam os trabalhadores e os serviços públicos. A atividade foi organizada pelo Fórum das Entidades dos Servidores Públicos Federais no Rio, cuja atuação acaba de ser retomada.

Com duas palestras seguidas de perguntas e debates, os servidores abordaram a situação da Previdência Social e o que representa o projeto de lei complementar que fixa novos parâmetros para a Lei de Responsabilidade Fiscal e para os gastos com servidores (PLP 257/2016).

Pela manhã, a professora Sara Granemann, da Escola de Serviço Social da UFRJ, discorreu sobre a reforma da Previdência e traçou um cenário cor de “chumbo”, frisou, para os trabalhadores em termos de direitos previdenciários. Disse que é preciso uma forte reação para enfrentar as medidas que estão sendo defendidas pelo presidente interino para impedir que elas se concretizem.

Ela destacou que embora o foco do que está sendo anunciado pelo governo sejam os trabalhadores do incluídos no Regime Geral da Previdência – do setor privado, portanto –, tudo leva a crer que a intenção é estender tais medidas para os servidores públicos. “Não adianta dizer não obrigado, eu não fumo. Todos serão atingidos”, disse, defendendo a ideia de que é justamente a eventual unidade entre trabalhadores do setor privado e servidores que pode impedir que essas propostas sejam aprovadas no Congresso Nacional.

Na segunda mesa, à tarde, o servidor do IBGE Paulo Lindesay tratou do PLP 257 e abordou como o que chamou de sistema da dívida pública suga o orçamento público e desencadeia um processo que leva a perda de direitos, ao congelamento salarial e ao esvaziamento dos serviços púbicos.

Coordenador da Auditoria Cidadã da Dívida no Rio, ele alertou para o impacto que a eventual aprovação do projeto poderá ter para os serviços públicos e para o funcionalismo, associando essa proposta à intenção do governo e da elite empresarial em assegurar recursos para pagar os juros das dívidas públicas ao mercado financeiro. “Em 20 anos, nos governos FHC, Lula e Dilma, 11 trilhões de reais foram [gastos] com as dívidas públicas e mesmo assim a dívida [cresceu] e hoje já está em seis trilhões”, disse à reportagem.

Entre um debate e outro, a cantora Nina Rosa se apresentou para os presentes, sem o auxílio do acompanhamento de instrumentos musicais – emprestando a sua voz para a luta dos servidores.

Após as palestras, representantes das entidades sindicais falaram sobre a preparação da mobilização conjunta – as manifestações previstas para o dia 16 de junho e a necessidade de unir os trabalhadores para defender os direitos da classe foram destacados.

Representando a Aduff-SSind, a professora Gelta Souza lembrou que a defesa da Previdência é uma luta que os servidores já vêm travando há muito tempo – e que os direitos previdenciários foram alvos de todos os últimos governos. Mencionou a mobilização contra a emenda constitucional aprovada em 2003, no primeiro ano do governo Lula, que pôs fim à aposentadoria integral. Disse que é preciso retomar a unidade para impedir que mais diretos sejam retirados. “Só uma resistência muito forte [pode fazer isso]”, avaliou, citando o exemplo que vem sendo dado pela juventude que ocupa as escolas públicas.

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