Jun
15
2016

II Encontro Nacional de Educação começa nesta quinta (16), em Brasília

Marcha em Defesa da Educação abrirá evento

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Com o tema “Contra o ajuste fiscal e a dívida pública – por um projeto classista e democrático de Educação”, o II Encontro Nacional de Educação (ENE) começa na tarde de hoje (16) e vai até o dia 18, em Brasília (DF). A primeira edição do encontro ocorreu no Rio de Janeiro (RJ), em agosto de 2014. A segunda será realizada em meio à crise política e institucional no país, sob o governo do presidente interino e ilegítimo, Michel Temer, e num cenário de aprofundamento da precarização das condições de trabalho e infraestrutura na Educação, assim como do avanço da privatização –tocadas durante os dois mandatos do governo eleito de Dilma Rousseff.

A caravana da Universidade Federal Fluminense (UFF) ao II ENE contará com a presença de 20 docentes e cinco ônibus estudantis.  O evento começa na tarde desta quinta (16), em Brasília, com a “Marcha em Defesa da Educação”, que reunirá estudantes e trabalhadores da educação, além de outras categorias e movimentos sociais.  O ato de abertura do II ENE coincide com o dia nacional de protestos com paralisações, convocado pelos servidores federais para o dia 16 - que defenderá direitos previdenciários e trabalhistas ameaçados e a rejeição de propostas que definhem os serviços públicos. É o caso do PLP 257/2016 e do teto para gastos públicos, enviado pelo governo Dilma ao Congresso Nacional.

Em abril, foram realizados, nos estados, encontros preparatórios para debater e elaborar, localmente, propostas ao ENE, fortalecendo, assim, a unidade em torno de um projeto comum em defesa da Educação Pública. No estado do Rio, o preparatório aconteceu no dia 26 de abril, na UFRJ – campus da Praia Vermelha.

Eixos - Serão debatidos durante os dois dias de programação do II ENE os seguintes eixos temáticos: Trabalho e formação dos/as trabalhadores da Educação; Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Questões Étnico-racial; Financiamento; Avaliação; Gestão e Acesso e Permanência. Saiba mais em https://ene2016.org/eixos/.

Para Joana de Oliveira, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, o II ENE vai ser um momento privilegiado para o debate sobre o sucateamento, a privatização da educação pública e os diversos ataques contra o setor, assim como será a continuidade da luta em defesa dessa educação pública. “Também será um salto relevante em relação à organização dessa mobilização. Se no encontro anterior o norte foi a luta contra o PNE (Plano Nacional de Educação), neste pretendemos avançar na construção de um Plano Nacional de Educação classista e democrático, decidido pela comunidade”, afirma.

A 1° vice-presidente da Aduff-SSind, Gelta Xavier, concorda e ressalta que o ENE é uma oportunidade de atualizar o Plano Nacional de Educação (PNE) da Sociedade Brasileira, escrito em 1997. “O ENE é uma oportunidade de retomarmos uma história da qual participamos e intervir nela”, ressalta a sindicalista. Ela conta que durante as décadas de 80 e 90, o movimento docente participou ativamente dos debates sobre a elaboração da Constituição Federal de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, organizando uma enorme mobilização e um debate aprofundado sobre as concepções do movimento docente para a questão, que culminou no Plano Nacional de Educação (PNE) – A proposta da sociedade brasileira.  “No início da década passada, perdemos o fio da meada; a CNTE e a UNE viraram braços do governo e nós nos dispersamos enquanto Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública. A hora é de retomar essa mobilização, debater a atualizar esse documento”, finaliza.

Programação II ENE:

16 de junho

Tarde – Ato público em Brasília.

17 de junho

Manhã – Mesa de Abertura: Por um projeto classista e democrático de educação, contra o Ajuste Fiscal e a dívida pública.

Tarde e Noite – Grupos de Trabalho sobre os eixos do II ENE (gestão; financiamento; avaliação; trabalho e formação dos trabalhadores da educação; acesso e permanência; gênero, sexualidade, orientação sexual e questões étnico-raciais).

18 de junho

Manhã – Painéis Temáticos

Tarde – Plenária Final