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Na tarde desta quinta-feira, 11 de julho - Dia Nacional de Luta com Greve Geral e Mobilizações, as entidades sindicais e movimentos sociais combativos do Rio de Janeiro se reuniram na Praça XV para realizar o ato “Educação e Saúde na Praça”. Articulado pelo ANDES-RJ, pelo Fórum de Saúde do RJ e por diversas entidades classistas e movimentos sociais, entre elas a ADUFF, a manifestação serviu como concentração para o ato unificado organizado pelas centrais sindicais, na Candelária. Na pauta, o fim das privatizações no setor público, a exigência de 10% do PIB para a Educação Pública já, reajuste salarial digno e valorização do servidor público, entre outras. Nas faixas, falas e cartazes, os manifestantes deixavam claro: os 5 pactos propostos pela presidente Dilma não atendem às reivindicações dos trabalhadores.

Maria Inês Bravo, professora da UERJ e representante do Fórum de Saúde do Rio de Janeiro, classificou as medidas propostas pelo governo no campo da saúde como paliativas, assistencialistas e que ampliam a privatização do setor.

“Não adianta trazer médicos estrangeiros se a gente não tem um plano de cargos e salários para que os nossos profissionais possam ir ao interior. Outra proposta que vem no caldo do decreto para ampliar o número de médicos é aumentar o número de vagas para graduação e para residência em Medicina. Entretanto, em nenhum momento se discute a qualidade dessa formação. Além disso, o governo propõe subsídio às filantrópicas, que nada mais é do que ampliar a privatização no setor. Por isso, estamos nas ruas para reforçar nossas bandeiras de luta e contra as medidas apresentadas pela presidente, pelo ministro da saúde e da educação”, ressaltou.  Entre as reivindicações do Fórum estão o SUS 100% público, estatal e de qualidade e contra todas as formas de privatização na saúde, como a Ebserh e as OS’s, e em todos os setores públicos.

Mauro Iasi, professor da UFRJ e presidente da Adufrj, concorda. “A presidente Dilma precisa comprar uma caixa de cotonete porque parece não estar ouvindo direito o que é dito nas ruas. Os cinco pactos propostos pelo governo não respondem aos anseios da população. Não queremos pacto de responsabilidade fiscal, que nada mais é do que uma forma de conter gastos e aumentar o superávit primário. Nem será com exoneração de impostos, que só beneficia os grandes empresários do transporte, que vamos enfrentar o problema da mobilidade urbana. Sabemos que os recursos federais investidos na educação são desviados para as instituições privadas que entendem a educação como mercadoria. E vale ressaltar, não será com essa reforma política cosmética que iremos mudar este país”, pontuou.

O presidente da Adufjr relembrou a greve dos docentes das instituições federais e estaduais de ensino superior no ano passado e reafirmou a importância de os professores permanecerem mobilizados. “A educação pública, gratuita e de qualidade é uma luta de todos. As manifestações recentes em todo o Brasil mostraram isso. Os empresários têm que procurar outro lugar para lucrar porque nós continuaremos nas ruas, engrossando essa indignação que varreu o país, levantando a bandeira da universidade pública, gratuita e de qualidade, em defesa da carreira docente, da recuperação dos salários dos professores, por melhores condições de trabalho e pela reabertura das negociações com a categoria, que foi encerrada unilateralmente pelo governo federal desde a época da greve”.

De acordo com a presidente da ADUFF, Eblin Farage, se o governo mudou, a lógica do Estado continua a mesma. Ela denunciou que o pacto proposto pela presidente privilegia claramente a iniciativa privada e os barões da educação ao utilizar o termo educação gratuita ao invés de educação pública, o que possibilita a intensificação de programas como o PROUNI e o contínuo processo de revitalização dos empresários da educação. Além disso, ela reiterou a necessidade de os docentes repudiarem a ação truculenta e repressora da Polícia Militar, não só nas manifestações, como nas favelas.

“Ficou evidente no caso da favela da Maré, mas essa é a forma tradicional com que a polícia trata os pobres da sociedade – com repressão e massacre. A mesma polícia que jogou bombas de gás e atirou balas de borracha no centro da cidade matou mais de dez pessoas em uma única noite. Essa polícia é o braço armado do governo Sérgio Cabral, apoiado pelo Prefeito Eduardo Paes. Favela é cidade, é um local de moradia de parte da classe trabalhadora que têm direito como todos nós à vida digna, ao transporte público de qualidade, à educação, saúde e liberdade de expressão. Nesse momento, é essencial problematizarmos a que serve essa polícia e reivindicarmos sua imediata desmilitarização”, acrescentou.

“Favela é onde tudo começa mas não é onde tudo termina. Por isso que a gente tem que se agregar à luta maior”. Essa é a opinião da moradora da Maré e integrante do grupo de jovens do local, Shyrlei Rosendo. Presente no ato, ela afirmou que historicamente as favelas lutam e se organizam para reivindicar direitos, embora de forma diferente dos movimentos sociais.

“A gente vem pra rua hoje para pautar a favela porque a favela está esquecida. A gente vem tentando fazer um movimento para que os favelados venham às manifestações e levantem suas bandeiras. Porque historicamente a gente estava nos atos da cidade, mas nós não estávamos como favelados. No fundo, a ideia é criar o movimento ‘somos todos favela’, aprender com os movimentos e fazer com que movimentos aprendam com a gente”.

De acordo com ela, hoje é impossível para as favelas se manterem longe das pautas dos partidos e de esquerda e movimentos sociais porque “as nossas pautas são as dos movimentos sociais e dos movimentos de esquerda. A gente não quer que o policial entre na favela da maneira que ele entra, executando, mas a gente também não quer uma saúde que mata, um transporte que mata, uma educação que mata”, finalizou.

Aula Pública

Para fechar o ato, a professora da UFRJ, Sara Granemann, deu uma aula pública sobre o Funpresp, o Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público Federal. Granemann que estuda o tema da previdência há 15 anos - inclusive em sua tese de doutorado, em 2006 - ressaltou que se alguns ficaram surpreendidos com as recentes manifestações, estudaram pouco os últimos dez anos de perdas de direitos da classe trabalhadora no Brasil. Em uma análise rápida sobre o fundo, Sarah pontuou que o Funpresp não interessa aos trabalhadores e sim ao mercado de capitais. “Eu sei que esse assunto não é o mais mobilizador para se falar na praça, mas tenhamos cuidado! Não existe obrigatoriedade a isso que é tudo menos previdência”, alertou

Em assembleia geral da categoria, realizada nesta terça-feira, dia 9, os docentes da UFF aprovaram adesão ao Dia Nacional de Lutas com paralisação no dia 11 de julho, quinta-feira, além da realização de manifestações e panfletagens. Os professores vão às ruas lutar por mais investimentos nos serviços públicos, como educação, saúde e transporte e também para reivindicar sua pauta específica como a melhoria das condições de trabalho e estruturação da carreira docente.

Atividades

Em assembleia anterior, realizada no dia 2 de julho, os docentes da UFF já haviam deliberado pela participação da categoria na passeata unificada convocada pela CSP-Conlutas e demais centrais sindicais, que será realizada na quinta-feira, dia 11, com concentração às 15h, na Candelária e pela construção do ato “Educação e Saúde na Praça”, que está sendo articulado pelo ANDES-RJ e por diversas entidades e movimentos sociais. O evento será realizado a partir das 12h30, na Praça XV. De lá, os manifestantes seguem em coluna para a Candelária, para aderir ao ato unificado.

Vale ressaltar que a assembleia desta terça-feira deliberou que a atividade organizada pela ADUFF no ato “Educação e Saúde na Praça” será uma aula pública com o tema “Manifestações de Junho e o mundo do trabalho”. Além disso, a ADUFF, em conjunto com SINTUFF e os estudantes, realiza uma manifestação, na manhã da quinta-feira, a partir das 7h, em frente ao Hospital Universitário Antônio Pedro.

Nesta quarta-feira, dia 10, alguns docentes percorrem os campi da UFF convocando o conjunto da categoria a aderir à paralisação e às manifestações do dia 11.

Docentes no interior

A ADUFF apoiará as diferentes iniciativas dos docentes no que tange a organização de atos, manifestações e paralisações nas unidades da UFF no interior. Para os professores que se interessarem em participar das atividades que acontecem nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói, a entidade sindical garante o custeio relativo ao deslocamento do docente.

O evento serviu como preparatório para o Encontro Nacional de Comunicação do sindicato nacional, previsto para o mês de outubro

Realizado nos dias 5 e 6 de julho,  o Encontro Regional de Comunicação do ANDES-SN reuniu docentes e jornalistas das seções sindicais para debater e avaliar a implementação do Plano de Comunicação do Sindicato Nacional, além de discutir a importância da democratização da comunicação e de um novo marco regulatório no Brasil. Coordenado pelos diretores encarregados de dirigir o Grupo de Trabalho de Comunicação e Artes do ANDES-SN (GTCA), o encontro foi realizado na sede da ADUFF. Além de Niterói, Ponta Grossa (PR) e Fortaleza (CE) também sediaram eventos preparatórios ao Encontro Nacional de Comunicação do ANDES-SN, previsto para o mês de outubro.

No encontro, a comunicação foi alçada como um instrumento fundamental na luta contra-hegemônica, essencial para a divulgação e para a construção de um novo projeto de sociedade. Nesse contexto, os participantes ressaltaram a importância da imprensa sindical no diálogo com a categoria e com o resto da classe trabalhadora. Pontuaram  a necessidade dos veículos das seções sindicais docentes superarem o corporativismo, incorporando as pautas de outras categorias e dos movimentos sociais em suas produções, sem perder o contato com o cotidiano vivido pela base.

Debatedores e encontristas também defenderam a discussão da comunicação para além de um instrumento e a importância do movimento docente se apropriar das pautas políticas relativas à temática. A luta pela democratização da comunicação foi entendida como um meio para garantir a todos acesso pleno à comunicação, que é considerado um direito humano.

Além disso, o encontro também destacou a necessidade de capitanear a indignação e a revolta aos meios de comunicação tradicionais - que surgiram durante as manifestações de massa no país - e transformá-los em ação política. A adesão à campanha para coletar assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular que visa diminuir a concentração dos meios de comunicação no Brasil foi um encaminhamento nesse sentido (saiba mais em: http://www.paraexpressaraliberdade.org.br/). A manutenção da articulação entre o ANDES-SN e o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) também foi avaliada como necessária.

Plano Geral de Comunicação do ANDES-SN

O Plano Geral de Comunicação do ANDES-SN, aprovado no 33º Congresso do Sindicato Nacional, também pautou as discussões do grupo. Além da apresentação das iniciativas desencadeadas após sua aprovação e do resultado da pesquisa realizada junto às seções sindicais cada representação das AD’s pode dar informes sobre o setor de comunicação em suas seções sindicais. Entre as conclusões resultantes desse momento estão a necessidade da comunicação do Sindicato Nacional e das seções sindicais operarem em rede – possibilitando a maior troca de informação e articulação entre os jornalistas - e de os diretores das AD’s entenderem a importância desse setor, trabalhando para seu fortalecimento.

“Realmente é um desafio convencer nossos colegas sobre o papel estratégico da imprensa na entidade sindical. Os veículos de comunicação são essências para a construção da consciência crítica e do combate ao senso comum na categoria. E por mais que os jornalistas entendam a importância política da comunicação no sindicato, é a diretoria que pauta politicamente o que vai sair em nossos veículos. Por isso a necessidade de os docentes e, principalmente, as direções dos sindicatos, tomarem essa discussão para si. Nesse sentido, acho que o encontro foi muito positivo”, destaca a presidente da ADUFF, Eblin Farage.

O 1º vice-presidente do ANDES-SN e integrante do GTCA nacional, Luiz Henrique Schuch, concorda. “Os debates foram muito ricos e suscitaram uma série de questões que certamente serão aprofundadas no encontro nacional”. A mesma opinião é dividida pelo coordenador do GTCA nacional, Rondon de Castro. “Estamos fazendo uma síntese do que foi debatido nos três encontros. O documento será discutido no GTCA no início do segundo semestre, e será utilizado para preparar o Encontro Nacional. É um documento preparatório para estimular a discussão do que foi levantado”, acrescenta.

Começa nesta sexta-feira, dia 5, e vai até sábado o Encontro Regional de Comunicação do ANDES-SN. O evento que tem como objetivo servir como preparatório para o III Encontro Nacional de Comunicação do sindicato nacional (previsto para acontecer no segundo semestre) será realizado na sede da ADUFF (Rua Lara Vilela, 110, São Domingos, Niterói).

Entre as temáticas que serão debatidas no encontro estão a necessidade da democratização da Comunicação e de um novo marco regulatório no Brasil, a importância da comunicação contra-hegemônica e alternativa  para a construção de uma sociedade mais justa e o debate e avaliação sobre o Plano de Comunicação do Sindicato Nacional. Além de Niterói, Ponta Grossa (PR) e Fortaleza (CE) também realizam os encontros regionais.

Confira a programação:

Mesa 1 – 05/07, às 16h: Análise de conjuntura e disputa de hegemonia

Debatedores: Marcelo Badaró (UFF), Rodrigo Castelo (UNI-RIO) e Rondon Castro (ANDES-SN)

Mesa 2 – 06/07, às 9h: Plano de comunicação do ANDES-SN e as experiências da comunicação sindical

Debatedores: Luiz Henrique Shuch (Andes-SN) e Renata Maffezoli (Jornalista do ANDES_SN)

(espaço para as seções sindicais apresentarem informações sobre o funcionamento da comunicação em sua sessão e avaliação de sua seção sobre o Plano Nacional de Comunicação do ANDES-SN)

Mesa 3 – 06/07, às 10h30: Organizações dos trabalhadores e comunicação alternativa

Debatedores: Cláudia Santiago (Núcleo Piratininga de Comunicação), Arthur William (Associação Mundial de Rádios Comunitárias) e Rondon de Castro (ANDES-SN)

Mesa 4 – 06/07, às 14h: Democratização da comunicação: necessidade de um novo marco legal

Debatedores: Orlando Guilhon (FNDC), Adilson Cabral (UFF), Iara Moura (Intervozes) e  Luiz Henrique Shuch (ANDES-SN)

Mesa de Encerramento – 06/07, às 16h - Sistematização das propostas a serem levadas ao Encontro Nacional de Comunicação

Debate realizado pela ADUFF propõe reflexões sobre as manifestações de Junho

A ADUFF promoveu na tarde desta terça-feira, 2 de julho, o debate “Manifestações de Junho: movimento docente e conjuntura”, com o objetivo de contribuir para a reflexão do inesperado movimento de massas que tomou as ruas do país. Participaram do debate Osvaldo Coggiola, da USP, e Marcelo Badaró, da UFF. O presidente da AdUFRJ, Mauro Iasi, pediu desculpas por não poder comparecer e se comprometeu a vir para um próximo debate sobre o tema.

Marcelo Badaró iniciou apontando as dificuldades de refletir sobre acontecimentos que ainda estão em curso. Ele dividiu sua apresentação em uma introdução sobre as questões centrais das mobilizações, uma análise do que isso revela sobre “nossas forças” (referindo-se ao movimento autônomo, classista e combativo), e perspectivas para o futuro.

Segundo Badaró, o aumento das passagens toca numa questão direta do cotidiano das pessoas, que vêm pagando muito por um transporte público de péssima qualidade. Diante de uma alta generalizada do custo de vida, o movimento contou com apoio amplo e generalizado desde as primeiras manifestações, ainda pequenas. “A esse movimento, o Estado respondeu da única forma com que está acostumado: a repressão. É um grave equívoco dizer que o aparato policial agiu daquela forma por despreparo. Existe uma Polícia Militar muito preparada para fazer o que fez nas mobilizações e faz todos os dias nas favelas e periferias das grandes cidades”. Badaró aponta a violência policial como o estompim para que o movimento se transformasse em massivo. No dia 20 de junho, milhões de pessoas saíram às ruas de mais de 400 cidades brasileiras.

Badaró apontou que tanto a pauta inicial quanto as que vieram posteriormente, após a redução das tarifas, são pautas construídas aos longos dos últimos anos pelos movimentos sociais e partidos políticos de esquerda – especialmente a defesa dos serviços públicos de qualidade. Porém, era uma pauta que se apresentava de forma difusa e abstrata, porque não há uma linha de classe dando direção ao movimento, como havia, por exemplo, no movimento pelas “Diretas Já”, na década de 1980. “Isso revela nossa fragilidade nesse momento”, afirmou. Segundo ele, grande parte desse estrago foi provocado pela ascensão do PT ao poder, que fez com que as pessoas perdessem a esperança, achando que todos os partidos são iguais.

“É preciso transformar o que surgiu como algo difuso em algo que tenha organicidade, assembleias, alguma unidade com perspectiva classista, mobilizando tanto sindicatos quanto movimentos populares que representam os setores mais precarizados da classe”, afirmou Badaró.

Coggiola iniciou sua fala questionando a posição de “especialista”: “o que vou dizer se vocês estavam na rua tanto quanto eu? Bem, vou tentar refletir sobre o debate político, analisar o que está em jogo neste momento”. Para isso, apontou a necessidade de analisar o contesto histórico e o contexto internacional.

Ele iniciou comparando as manifestações de junho com os dois grandes momentos anteriores do movimento de massas no Brasil, as “Diretas Já” e o “Fora Collor”. Disse que, ao contrário dos dois anteriores, essas mobilizações surgiram como uma reivindicação social, não claramente política, mas aos poucos foram tomando uma representação política, inclusive de quesitonamento ao regime.

Lembrou que em exatas duas semanas passou-se de duas mil pessoas nas ruas de São Paulo (6 de junho) a mais de dois milhões nas ruas do Brasil, em 20 de junho. “A crise política se transformou em crise institucional, mas ainda não em crise revolucionária. Essa passagem vai depender da política da esquerda”, afirmou, reforçando a preocupação levantada por Badaró em relação às fragilidades das forças políticas de esquerda. Porém, concluiu, esperançoso: “Sem revoluções, o mundo está condenado”.

Na próxima terça-feira, dia 9 de julho, acontece mais uma assembleia geral da categoria. O encontro que será realizado às 14h, no auditório Macunaíma (Instituto de Letras – Bloco B- Campus do Gragoatá), irá deliberar sobre o indicativo de paralisação no dia 11 de julho  - Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações e debater os textos do Caderno de Textos do Conad.

O dia 11 de julho será marcado pelo Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, com atividades conjuntas previstas em todo o país, organizadas pelas oito centrais sindicais brasileiras CSP-Conlutas, CUT, UGT, Força Sindical, CGTB, CTB, CSB e NCST, além de participação do MST, do Dieese e outros setores articulados no âmbito do Espaço de Unidade de Ação.  O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPF) atendeu ao chamado das centrais e também integra a mobilização. Diante disso, o ANDES-SN está convocando os docentes para integrarem à paralisação geral no dia 11 de julho e participarem das atividades a serem preparadas localmente em cada estado.

AG do dia 2 de julho já deliberou pela participação dos docentes em três atividades

Quando foi divulgada, a discussão sobre o 11 de julho não estava na pauta da AG do dia 2. Entretanto, por conta da proximidade da data, os docentes presentes na assembleia votaram pela inclusão do tema na pauta e dos seguintes encaminhamentos: Participação na passeata unificada convocada pela CSP-Conlutas e demais centrais sindicais, que será realizada no dia 11, com concentração às 15h,na Candelária, e construção do ato “Educação e Saúde na Praça”, que está sendo articulado pelo ANDES-RJ e por diversas entidades e movimentos sociais. O evento será realizado a partir das 12h30, na Praça XV. De lá, os manifestantes seguem em coluna para a Candelária, para aderir ao ato unificado. Além disso, a ADUFF, em conjunto com SINTUFF e os estudantes, realiza uma manifestação, na manhã do dia 11, a partir das 7h, em frente ao Hospital Universitário Antônio Pedro.

Em assembleia geral da categoria realizada na tarde desta  terça-feira, 02, os docentes da UFF elegeram a presidente da ADUFF, Eblin Farage, como a delegada que vai representar a seção sindical no Conselho do ANDES-SN, o CONAD. Além dela, as diretoras da entidade Claudia March, Verônica Fernandez e Sônia Lucio e o integrante do Conselho de Representantes da ADUFF, Felipe Brito, participarão como observadores.

O CONAD acontece entre os dias 18 a 21 de julho, na cidade de Santa Maria (RS). Além de eleger delgados e observadores, a assembleia também aprovou dois textos apresentados pela diretoria da ADUFF que irão compor o Caderno de Textos do evento. Um deles é uma análise de conjuntura e o outro uma proposta para ampliar o trabalho de base e disputar a base do sindicalismo oficial (PROIFES e MDIA). Uma nova AG será marcada no dia 9 de julho para debater os textos do Caderno de Textos e discutir outras pautas como deliberar se a os docentes da UFF irão construir a paralisação nacional no dia 11 de julho, puxada pelo ANDES-SN e em consonância com a CSP-Conlutas e com uma série de centrais sindicais.

11 de Julho - Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações

Quando foi divulgada, a discussão sobre o 11 de julho não estava na pauta da AG. Entretanto, por conta da proximidade da data, os docentes presentes na assembleia votaram pela inclusão do tema e dos seguintes encaminhamentos: Participação na passeata unificada convocada pela CSP-Conlutas e demais centrais sindicais, que será realizada no dia 11, com concentração na Candelária, e construção do ato “Educação e Saúde na Praça”, que está sendo articulado pelo ANDES-RJ e por diversas entidades e movimentos sociais.  Além disso, a ADUFF, em conjunto com SINTUFF e os estudantes, realizauma manifestação, a partir das 7h do dia 11, em frente ao Hospital Universitário Antônio Pedro.

Na assembleia do dia 9 de julho, terça-feira, os docentes da UFF irão deliberar pela paralisação ou não no dia 11 de Julho, que está sendo orientada pelo ANDES-SN. Vale ressaltar que, apesar do nome, não está sendo proposto greve geral pela categoria.

O dia 11 de julho será marcado pelo Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, com atividades conjuntas previstas em todo o país, organizadas pelas oito centrais sindicais brasileiras CSP-Conlutas, CUT, UGT, Força Sindical, CGTB, CTB, CSB e NCST, além de participação do MST, o Dieese e outros setores articulados no âmbito do Espaço de Unidade de Ação.  O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPF) atendeu ao chamado das centrais e também integra a mobilização.

Notas

Em assembleia geral, os docentes da UFF também aprovaram duas notas. Uma em repúdio à ação truculenta da Polícia Militar na Maré, que resultou em 13 mortes (Leia aqui). E outra em conjunto com o Conselho de Representantes e a diretoria da entidade criticando o posicionamento oficial da reitoria de não debater a EBSERH e exigindo da administração central a realização de audiências públicas e debates dentro da Universidade (Leia aqui).

A nota foi aprovada na assembleia geral desta terça-feira, dia 2 de julho

NOTA CONJUNTA DA ASSEMBLEIA GERAL, DO CONSELHO DE REPRESENTANTES E DA DIRETORIA DA ADUFF

02 de julho de 2013

Ao Magnífico Reitor Roberto Salles,

Reiteramos, por meio desta, o posicionamento crítico perante a objeção da reitoria de participar de audiências públicas com a comunidade acadêmica da Universidade Federal Fluminense (UFF) sobre o tema Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Concomitantemente, reforçamos nossa disposição em construir essas audiências com a presença da reitoria.

Consideramos que o tema envolve elevado nível de complexidade e um alcance extensivo e profundo na organização e funcionamento de toda a universidade. Isso provoca uma demanda intensa e continuada de estudos, análises e reflexões que precisa envolver os três segmentos da comunidade acadêmica, mas não na condição de receptáculos de informações, e sim de agentes que atuam na formulação de juízos coletivos, respaldados tecnicamente e avaliados nas suas implicações econômicas, políticas e culturais.

Por isso, questionamos o cerne argumentativo apresentado na reunião do dia 10 de junho de 2013 para justificar a objeção à audiência pública. Além da qualificação dos debates públicos sobre o tema EBSERH como “essencialmente políticos e ideologizados”, foi citada a existência de uma “equipe de especialistas, pessoas da administração pública e médicos” estudando o tema.

Frisamos que a audiência pública é uma ferramenta fundamental para discutirmos tecnicamente e politicamente os posicionamentos diferenciados sobre a temática em epigrafe. Compreendemos que a EBSERH versa sobre conteúdo que irá alterar não só a vida de toda a comunidade acadêmica, professores, alunos, e técnicos no que tange as condições de trabalho e estudo, mas também irá modificar a rotina e o acesso de toda a população de Niterói que utiliza o Hospital Universitário Antônio Pedro.

Neste sentido, o tema exige diálogo amplo e aberto para que todos possam conhecer e discutir o posicionamento da Universidade. Para tanto, entendemos que a audiência pública é um mecanismo adequado para promovermos um debate consistente.

Em suma, esperamos uma revisão do posicionamento oficial da reitoria para que, tão logo possível, possamos realizar debates, fóruns públicos e audiências públicas que envolvam a comunidade acadêmica. Assim, a Assembleia Geral da categoria, o Conselho de Representantes e a Diretoria da ADUFF mantêm seus sintonizados compromissos com a democratização da universidade pública.

Certos de seu necessário compromisso em dialogar com o conjunto da comunidade acadêmica, aguardamos a resposta.

Direção da ADUFF-SSIND

Gestão Mobilização Docente e Trabalho de Base.

A nota foi aprovada em assembleia geral da categoria nesta terça-feira, dia 2 de julho


NOTA DOS DOCENTES DA UFF EM REPÚDIO à AÇÃO TRUCULETA DA POLÍCIA NO COMPLEXO DA MARÉ

Nós, docentes da Universidade Federal Fluminense (UFF), tornamos público o nosso veemente repúdio a ação policial ocorrida nos dias 24 e 25 de junho na comunidade de Nova Holanda, no Complexo de Favelas da Maré. Além de resultar em inúmeras violações de direitos dos moradores, a ação arbitrária e truculenta da Polícia Militar foi responsável pela morte de 13 pessoas.

Exigimos que o Governador do Estado, Sérgio Cabral, se responsabiliza pelas ações policiais na Maré, assuma a culpa pelo massacre que autorizou – pedindo desculpas e assistindo integralmente às vítimas e seus famílias - e se comprometa, em conjunto com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, com o fim do uso do caveirão e das armas de guerra dentro das favelas cariocas.

Não iremos mais aceitar a polícia e a política militarizada do Estado nos territórios populares, como se esses locais fossem moradia de pessoas sem direitos!

Terça, 02 July 2013 14:16

Morre Ciro Flamarion Cardoso

Morreu no último sábado Ciro Flamarion Cardoso, professor da UFF, e um dos mais renomados historiadores brasileiros. Ciro era professor titular de História Antiga e Medieval, e reconhecido como importante intelectual marxista.
Um de seus primeiros livros, que o tornou mais conhecido, foi “Os métodos da História”, escrito em parceria com Hector Perez Brignole, no período em que foi professor da Universidade da Costa Rica, durante o período de exílio da ditadura militar.
Hoje, dia 2 de julho, será realizado um Ato Ecumênico na Maré em homenagem aos 13 mortos no dia 24 após uma operação do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais).
O ato é uma inciativa de moradores contra a violência policial. A concentração será a partir das 15h na passarela 9 da Avenida Brasil.
Fortaleça esta luta: https://www.facebook.com/events/377928428975235/
É fácil chegar! Instruções de ônibus abaixo.
Chegar na passarela 9 da Brasil de ônibus é muito fácil.
362 / parador (Praça XV – Honório)
Sai do terminal de ônibus da Praça XV, passa pelo Passeio Público, Arcos da Lapa, Rua Mem de Sá, Rua de Santanna, Avenida Presidente Vargas e Leopoldina (pista lateral).
349 / parador (Praça XV – Rocha Miranda)
Sai terminal de ônibus da Praça XV, passa pela Praça Mauá, Av. Rodrigues Alves e Rodoviária Novo Rio.
355 (Praça Tiradentes – Madureira)
Sai da Praça Tiradentes, passa pela Praça da República (Hospital Souza Aguiar), Praça Cristiano Otoni (Central do Brasil), Avenida Rodrigues Alves e Rodoviária Novo Rio.
324 (Castelo – Ribeira) ou 326 (Castelo – Bancários) ou 328 (Castelo – Bananal) ou 378 (Castelo – Marechal Hermes) ou 393 (Castelo – Bangu)
Saem do entorno do Terminal Menezes Cortes, no Castelo, passando pela Avenida Presidente Antônio Carlos, Rua Primeiro de Março (Assembléia Legislativa e Castelo), Avenida Presidente Vargas e Leopoldina (pista lateral).
Recomendações importantes:
O ônibus deve ser PARADOR na Av. Brasil (trafega pela pista lateral). Ao entrar no ônibus, certifique-se de que o veículo não entrará na Linha Vermelha, mas, sim, seguirá pela Avenida Brasil até as passarelas 9 e 10. Algumas linhas municipais acessam a Linha Amarela pela Avenida Brasil.
Certifique-se de que o veículo não deixará a Avenida Brasil para acessar a Linha Amarela.
Para quem vem da Zona Sul: Não há ônibus direto da Zona Sul para o Galpão Bela Maré. A melhor opção é pegar um ônibus até o centro (Praça XV, Praça Tiradentes ou Castelo) e de lá um outro, conforme orientação acima.
Para quem vem do Centro (sentido Centro – Zona Oeste)
Quem vem de Niterói, o 760 ou 761 (Charitas - Galeão) para na passarela 9 também.
O Conselho de Representantes da ADUFF reunido na tarde desta segunda-feira, dia 1 de julho, debateu o processo de manifestações ocorridos ao longo do mês de junho e seus possíveis desdobramentos.
A reunião começou com informes a audiência com a reitoria e sobre as duas Assembleias realizadas na semana passada – uma tratando do contrato com a Unimed, outra justamente avaliando as mobilizações.
Depois, passou-se ao debate sobre os desdobramentos a serem construídos. O principal é apoiar a realização de debates nas unidades, para ajudar na compreensão desse processo. A ADUFF não vai organizar os debates nas unidades, mas se dispõe a ajudar a viabilizá-los e divulgá-los.
Além disso, apontou a necessidade de seguir acompanhando as plenárias do campo combativo e classista, que vem se organizando para disputar politicamente os rumos do movimento de massas. Nesse sentido, uma das tarefas prioritárias é construir o ato unificado de lutas e paralisações aprovado pelas centrais sindicais para o dia 11 de junho.
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