Todas as Notícias
Segunda, 30 June 2014 12:32

GTCA convoca reunião para agosto

O Grupo de Trabalho de Comunicação e Arte (GTCA) da Aduff convocou reunião para o dia 4 de agosto, no retorno do recesso. Na ocasião, serão discutidas as seguintes pautas:
1) Eventos;
2) Cronograma;
3) Outros assuntos.
Após a judicialização de várias greves de Servidores Públicos Federais, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reviu a decisão sobre corte de ponto e abusividade dos movimentos paredistas dos técnico-administrativos das Universidades Federais e dos servidores da Cultura.
O STJ acolheu os embargos das entidades e está indicando a necessidade de abertura de negociação entre governo e entidades dos trabalhadores. O Tribunal estabeleceu prazo até segunda-feira (30) para que o Executivo apresente respostas oficiais às pautas das categorias.
Nas duas decisões, o Ministro do STJ Napoleão Nunes Maia Filho intima o Ministério do Planejamento a realizar uma negociação produtiva com os servidores e impediu o corte nos salários e o lançamento de falta injustificada na folha de ponto dos dias parados. Caso a decisão não seja cumprida, a liminar do início do mês será revogada, dando condições legais aos servidores quanto à retomada das greves.

Fonte: Andes-SN com informações e charge do Sinasefe

Prazo final para inscrição no encontro é dia 15 de julho

Em reunião realizada nesta terça-feira, dia 24, a comissão organizadora do Encontro Estadual de Educação do Rio de Janeiro definiu o dia 26 de julho (sábado) como a data em que será realizada a etapa regional do Encontro Nacional de Educação (ENE), que acontece entre os dias 8 e 10 de agosto, também na cidade do Rio de Janeiro.

O encontro preparatório para o ENE será realizado em apenas um dia, diferente do que havia sido divulgado anteriormente. As inscrições para participar do encontro carioca podem ser feitas até o dia 15 de julho pelo link: http://migre.me/jwiNC.


A Associação dos Docentes da UFF (ADUFF) repudia a ação dos governos estadual e municipal do Rio de Janeiro que estão perseguindo trabalhadores grevistas das redes públicas de educação. Entre eles, encontram-se 51 professores da rede municipal em estágio probatório, cujo direito de greve está ameaçado, na medida em que estão sendo considerados inaptos para a função docente, além de serem acusados de abandono de emprego. Na rede estadual, o governo está submetendo os grevistas a inquéritos administrativos, alegando abandono de emprego para justificar a exoneração.

A ADUFF está na luta pelo direito de greve e repudia qualquer demissão por perseguição política.

Niterói, 16 de junho de 2014

Diretoria da ADUFF-SSind

Biênio 2014/2016

O Caderno de Textos do 59º Conselho Nacional das Associações Docentes (Conad) do ANDES-SN foi divulgado nesta quarta-feira (18). O documento foi encaminhado à todas as Seções Sindicais, para que o reproduzam, em número de cópias suficientes, para que seja utilizado como subsídio às discussões e formulações da categoria. As contribuições que forem encaminhadas entre os dias 9 de junho e 5 de agosto serão incorporadas ao Anezo do Caderno de Textos.
O 59º Conad acontece em Aracaju (SE), entre os dias 21 e 24 de agosto, com o tema Luta em defesa da educação: autonomia da universidade, 10% do PIB exclusivamente para a educação pública. Segundo a apresentação da diretoria do ANDES-SN, publicada no Caderno de Textos, a temática “expressa com clareza a continuidade e a persistência do nosso esforço no cumprimento de princípios que são parte da luta histórica do ANDES-SN”.
Nesta segunda-feira, dia  16 de junho, a ADUFF, à convite do Conselho de Ensino e Pesquisa, participou da reunião de câmaras conjuntas do CEP, que tinha como pauta os critérios para a progressão na Carreira, de Associado IV para Titular. Na ocasião, a presidente da ADUFF, Renata Vereza, apresentou as demandas dos professores sobre o assunto e solicitou que todos os departamentos e unidades sejam consultados oficialmente sobre a proposta de progressão.

Em resposta, o representante da Comissão Permanente Pessoal Docente (CCPD), professor Paulo Trales, se comprometeu a marcar uma audiência pública para abordar a questão, com indicativo de data para o dia 21 de julho. A CCPD informou ainda que propostas sobre a progressão a titular podem ser enviadas para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O prazo de envio foi prorrogado até o final de julho.

Para os docentes, os critérios elaborados pelo CEP para progressão ao cargo de professor titular mantêm a lógica meritocrática e elitista do acesso ao topo da carreira, desrespeitam o princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, estimulam a competição entre colegas e, em suma, não atendem o movimento docente da UFF. Veja a nota da ADUFF que problematiza o conteúdo da minuta divulgada pelo Conselho de Ensino e Pesquisa.

NOTA DA ADUFF SOBRE A PROGRESSÃO DE ASSOCIADO A TITULAR

A partir da lei 12.772/12, que institui a nova carreira imposta pelo governo aos professores do ensino federal, o acesso à classe/cargo de professor titular passou a se dar de duas formas: uma por dentro da carreira (nova classe), como é a lógica explícita na proposta de carreira do ANDES-SN e a outra por fora da carreira, governista, com acesso via novo concurso público (cargo isolado).

A incorporação do professor titular à carreira do magistério superior e à do ensino básico técnico e tecnológico (EBTT) faz parte do Plano de Carreira aprovado pelo Congresso Nacional do ANDES-SN, ao contrário da proposta do governo, se estrutura por uma concepção não fragmentária que contempla a carreira docente em sua totalidade. Vale lembrar que a proposta inicial do governo durante a greve de 2012 era de manter o acesso ao nível de titular fora da carreira e restringindo o acesso a 20% do quadro docente de cada universidade, ou seja, privilegiando o caráter elitista, meritocrático, produtivista e excludente da proposta. Com a greve, embora tenhamos incorporado à carreira o cargo de professor titular, o governo manteve a desestruturação e a lógica de sua proposta.

A lei afirma em seu “Art. 3º No processo de avaliação para acesso à Classe E, com denominação de professor Titular da Carreira do Magistério Superior deverá ser demonstrada excelência e especial distinção obrigatoriamente no ensino e na pesquisa ou extensão, conforme regulamentação do Conselho Superior da IFE.”, indicando que as IFE criem a regulamentação para a promoção do professor à titular. A portaria 982 do MEC de 2013, ao indicar que o acesso a titular “é de excelência e especial distinção” e apontar a necessidade de criação de novos critérios de progressão, diferentes dos já existentes nas IFES para a progressão aos demais níveis (assistente, adjunto e associado), termina por manter a distinção do acesso a professor titular muito próxima ao que antes era estabelecido ao obrigar os professores a prestarem um novo concurso caso quisessem acessar o topo da carreira. Ou seja, incluíram na carreira o cargo professor titular, mas mantiveram a lógica de que o cargo não deve ser para todos, mas apenas para alguns.

Na UFF, o Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP) nomeou uma comissão e iniciou o debate sobre os critérios a serem criados sem nenhum tipo de interface com a comunidade acadêmica. Sem qualquer anúncio prévio, e mesmo não aparecendo como ponto na pauta da reunião do dia 09 de abril, o CEP distribuiu a minuta de critérios para a promoção. Vale ressaltar que, desde o segundo semestre de 2013, a diretoria da Aduff-SSind vem pressionando o CEP e a reitoria, para que o debate sobre os critérios seja realizado de forma ampla, transparente, democrática e com a participação dos professores e das esferas institucionais da universidade, o que não ocorreu. No dia da divulgação dos critérios, o CEP anunciou, na reunião, que estes deveriam ser debatidos nos departamentos. Contudo e às vésperas do recesso acadêmico, temos notícias de que poucos departamentos receberam a minuta e grande parte dos professores teve acesso aos critérios do CEP através da ADUFF que os publicizou em assembleia geral e no site da entidade.

No dia 05 de maio, a Comissão Permanente de Pessoal (CPPD) publicou uma nota no site da UFF informando que o “CEP autorizou aos interessados em postular progressão para Professor Titular, que, se julgarem conveniente, podem protocolar seus processos e encaminhá-los à Direção de suas respectivas Unidades Acadêmicas, a partir de 05 de maio de 2014”. Quatro dias depois, em 09 de maio, o CEP divulga nova minuta, em que foi revista a pontuação (com base em que critérios, formulados por quem, discutidas e recebidas de quais instâncias?) a ser atingida para se ter acesso ao cargo de titular.

A ADUFF considera que a progressão para professor titular no interior da carreira docente é uma conquista da categoria, decorrente de muitos anos de luta. Nesse sentido, e tendo em vista a maneira como foi conduzido o processo e os critérios estabelecidos pela UFF, reivindicamos que:

- os critérios de progressão para titular sejam amplamente debatidos pela comunidade docente, tanto nos departamentos e colegiados de unidade, como em uma audiência pública na universidade, conforme decisão aprovada na Assembleia Geral. A Assembleia aprovou também a demanda de que a progressão não seja discutida durante o recesso;

- a proposta de acesso ao cargo de professor titular na UFF não se restrinja à avaliação de desempenho para a progressão a uma mera operação contábil por produtos do trabalho docente. Por esta razão, cabe questionar a nítida sobrevalorização de determinados produtos, em detrimento de outros subpontuados. Salta aos olhos o desequilíbrio entre as atividades ensino, pesquisa e extensão;

- a revisão da hierarquia da pontuação das atividades de orientação na proposta do CEP, entre outros fatores, tendo em vista a maior dificuldade de docentes que não participam de programas de pós-graduação. Sabe-se que essa não é simplesmente uma escolha dos docentes e que as condições para a criação de programas de pós-graduação são muito diferenciadas conforme as unidades e departamentos de cada docente, o que se acentua face ao processo de expansão em curso, em que muitas unidades e cursos de graduação são ainda muito recentes.

- seja considerada a previsão, como opção à defesa de memorial, da possibilidade de escolha pelos docentes candidatos à progressão através da defesa de tese acadêmica original prevista na Lei 12.772, de 2012 e reafirmada na portaria do MEC.

- a regulamentação da avaliação para progressão deve garantir a equidade das condições para todos os docentes da instituição, respeitando-se as especificidades da atuação em diferentes áreas de conhecimento, as distintas trajetórias profissionais e as diversas formas de vinculação às atividades de ensino, pesquisa e extensão. Além disso, há que se levar em conta as condições diferenciadas de trabalho a que estão submetidos os docentes em cada unidade/departamento/curso da Universidade.

Niterói, 16 de junho de 2014,

Gestão ADUFF em movimento: de Luta e pela Base

Em São Paulo, os manifestantes foram sitiados pela Polícia Militar dentro do sindicato dos Metroviários e depois forçados a dispersar sob ameaça de invasão do prédio por homens da força tática.

Não foram só os barulhos dos fogos de artifício em comemoração à abertura da Copa do Mundo que ecoaram pelo céu do país neste 12 de junho. Em diversas cidades, o que se ouviu nas ruas, antes do início do jogo foram os estrondos das bombas atiradas pela polícia para reprimir os atos, que reivindicavam mais investimentos em saúde e educação públicas, moradia e transporte dignos e reprovavam os gastos públicos excessivos com o megaevento. Na pauta também a defesa pelo livre direito de manifestação – garantido na Constituição, mas negado nas ruas.

A quinta-feira marcou, além do início do campeonato mundial de futebol, o primeiro dia de protestos da jornada “Na Copa vai ter Luta”, organizada pelos movimentos sociais, populares e sindicais que compõe o Espaço Unidade de Ação, entre os quais o ANDES-SN. Outros atos, como “Copa das Manifestações” organizado pelo Comitê Popular da Copa, também amplificaram os protestos contra os abusos cometidos em nome da realização do campeonato. O Sindicato Nacional integrou a atividade em várias cidades, através de suas seções sindicais e diretores regionais.

“Esse ato nacional foi resultado de uma construção unitária entre sindicatos, movimentos populares e movimento estudantil, tinha como princípio a experiência e o método da classe trabalhadora. O método é ir às ruas defender nossas reivindicações de forma democrática e pacífica como forma de cobrar dos governantes as mudanças que queremos para o país. Os trabalhadores questionam os gastos com a Copa do Mundo em um momento que o governo alega que não pode atender suas reivindicações por falta de recursos. Se não existem recursos para as reivindicações da classe trabalhadora, como tem dinheiro para obras da Copa do Mundo, empresas privadas e aeroportos. Diante desta contradição, a rua é o lugar para darmos visibilidade a essas insatisfações”, explicou Marinalva Oliveira, presidente do ANDES-SN, que esteve presente no ato em São Paulo junto com outros diretores nacionais representando a entidade.

Manifestação sitiada

Em São Paulo, o ato “Na Copa vai ter Luta”, que incorporou entre suas bandeiras, a campanha pela readmissão dos metroviários demitidos, foi reprimido já no início da concentração, marcada para às 10 horas, em frente ao sede do Sindmetro, no Tatuapé, às beiras da Avenida Radial Leste, importante via da capital paulista.

Antes do horário marcado para o início da manifestação, homens da força tática da polícia militar cercaram o quarteirão em volta do prédio da entidade e após tentativas de negociação com o comando da operação, os organizadores do ato conseguiram garantir a realização da atividade na rua em frente ao sindicato, com a condição que não houvesse deslocamento para a via principal.

Cercados pela tropa de choque e pela cavalaria da PM, os mais de dois mil manifestantes, se espremiam nos cem metros de rua que lhes foram permitidos. Diversas palavras de ordem reivindicavam mais dinheiro para a saúde e educação públicas, o direito à livre manifestação e o direito ao trabalho.

“Essa repressão descabida só reafirma a necessidade de denunciar essa Copa e o estado de exceção criado pela FIFA, aceito submissamente pelo governo brasileiro”, rechaçou ao microfone o dirigente da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes. “Querem mostrar que o país está em festa sem deixar que vejam a insatisfação de diversos setores com os gastos, os desmandos da Fifa nesta Copa, para fazer isso remontaram um aparato repressivo da época da ditadura militar”, completou.

Com a chegada de ativistas de outro movimento, vindos de um ato que já havia sido reprimido pela polícia em uma estação de metrô próxima ao local, com saldo de vários feridos, entre os quais alguns jornalistas, a polícia começou a soltar bombas de gás lacrimogênio, durante a fala das lideranças das entidades presentes, para dispersar o protesto.

“Para conter os trabalhadores, o governo usa sua força repressiva de forma autoritária. Professores, metroviários, estudantes, e diversos outros trabalhadores foram encurralados na rua e depois dentro do Sindicato dos Metroviários pela tropa de choque do estado de São Paulo. Realizávamos uma manifestação pacífica, todos parados numa rua e as falas das entidades ocorrendo no carro som. Em nenhum momento tentamos entrar na Radial Leste (lotada pela tropa de choque), mesmo porque o método da classe trabalhadora é reivindicar, mas sem violência ou confronto físico”, conta Marinalva.

A presidente do ANDES-SN estava em cima do carro som quando a repressão da tropa de choque teve inicio. “Foi uma ação inaceitável. A tropa de choque atacou uma manifestação pacífica com os manifestantes cantando palavras de ordem. As falas no carro de som aconteceram em meio a bombas e balas de borracha. Para proteger nossos manifestantes, pedimos que entrassem no sindicato e fomos cercados, encurralados pela polícia”.

Por orientação da organização do ato, os participantes se dirigiram para dentro do Sindicato dos Metroviários. Durante a movimentação, mais bombas e tiros com balas de borracha, que feriram diversas pessoas.

Houve a tentativa de dar continuidade ao ato dentro do ginásio do sindicato, retomando a fala dos representantes das entidades. Enquanto isso, a cavalaria cercou o sindicato e os gases das bombas começaram a impregnar o ar do ginásio. Os feridos eram atendidos na lanchonete do local. Advogados ativistas contabilizavam as agressões e violações de direitos por parte da força do Estado.

Pouco mais de uma hora depois, veio a imposição da polícia para encerramento do ato, que acontecia dentro do Sindicato dos Metroviários, sob a ameaça de invasão do local pela PM, caso a ordem não fosse seguida. “Por fim, veio a ordem: sair do local sem as bandeiras e em grupos pela direção contrária a radial leste. Nos impediram de manifestar dentro do prédio do sindicato, que é o espaço do trabalhador. Na prática, nos disseram mais ou menos assim: ‘fiquem bem longe da Copa do Mundo, dos estádios, dos jogadores e dos visitantes. Vocês não são bem vindos e, muito menos, as suas vozes e bandeiras. Vocês incomodam o projeto do governo’”, comentou Marinalva, completando: “se incomodamos é porque o projeto que o governo implanta não inclui o povo pobre e os trabalhadores”.

Diante do risco efetivo de ataque à integridade física e moral dos participantes do manifesto, os organizadores orientaram a dispersão em grupo. Na saída, alguns militantes foram agredidos pela polícia, houve relatos de prisões e novo ataque da polícia já na estação do metro Tatuapé.

Ao final da repressão, diversos manifestantes estavam feridos, há relatos de apreensões e ao menos seis profissionais da imprensa, que cobriam a manifestação, também foram feridos por estilhaços de bombas e bala de borracha.

“Embora a repressão seja forte, isso tudo nos fortalece e mostra que estamos no caminho certo, que é fortalecer a organização e a unidade da classe trabalhadora, estudantes e movimentos populares para mudarmos o rumo deste país. E, por isso, a luta crescerá na indignação com nossos métodos democráticos e pacíficos. Nós vamos prosseguir e não há medo! O único medo é de sermos ainda mais espoliados. Temeremos mais a espoliação que a repressão”, finaliza a presidente do ANDES-SN.

Manifestantes foram às ruas em todo o Brasil

Assim como em São Paulo, o dia 12 de junho ficou marcado por dezenas de manifestações realizadas em todo o país, que integraram a jornada “Na Copa Vai Ter Lutas” e outros atos organizados por movimentos sociais, sindicais, populares e da juventude de vários estados brasileiros, em cidades como Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Maceió, Salvador, Belém, Fortaleza, Belo Horizonte, Aracaju e Brasília.

Rio de Janeiro – O ANDES-SN e suas Seções Sindicais participaram do Ato Unificado das Categorias em Greve e em Luta, com concentração pela manhã em frente à Candelária. Os docentes do Rio de Janeiro integraram o protesto que denunciou a concessão do Maracanã, as remoções na cidade, além da repressão contra os trabalhadores.

Centenas de pessoas estenderam faixas sobre a Copa e a favor da educação e da saúde, que destacavam palavras de ordem como "Fifa go home" e "Gari vale mais do que Neymar", "Copa sem povo, tô na rua de novo" e "30 dias virou R$ 30 bilhões", referindo-se ao gasto total com a Copa do Mundo.

O ato foi violentamente reprimido pela polícia. De acordo com o Jornal do Brasil, ao menos quatro manifestantes foram detidos durante a ação da polícia militar, que novamente utilizou sprays de pimenta e gás lacrimogênio para impedir a mobilização. A violência ocorreu nos Arcos da Lapa, centro do Rio de Janeiro, ao final da manifestação que percorreu toda a Avenida Rio Branco, em direção à Cinelândia.

À tarde, o protesto “Não vai ter Copa! Fifa Go Home” também reuniu manifestantes na praça Cardeal Arcoverde, em Copacabana, que criticou as remoções forçadas, os gastos excessivos com obras “totalmente ineficientes”, a elitização dos estádios e a forte repressão aos protestos.

O novo outdoor da Adufrj, Seção Sindical do ANDES-SN, localizado na lateral do antigo Canecão, também faz críticas aos gastos públicos com a Copa do Mundo em detrimento do que deveriam ser as prioridades das autoridades brasileiras: saúde, educação, cultura, moradia e transporte. O outdoor permanecerá instalado durante o período dos jogos.

Brasília – Representantes de movimentos sociais e sindicais, entre eles a CSP-Conlutas, Fasubra e Sinasefe, em greve desde 17 de março e 21 de abril, respectivamente, participaram de ato realizado na plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto, no início da tarde. Cartazes e faixas reivindicavam verbas para a Educação e ressaltavam a Copa das Manifestações.

Em seguida, mais de 200 manifestantes se deslocaram até Taguatinga, região administrativa do Distrito Federal, onde se concentraram para caminhar até a Fifa Fan Fest, evento organizado pela Fifa durante a Copa do Mundo em cidades brasileiras. Os manifestantes foram impedidos de se aproximar da Fan Fest pela Polícia Militar. Ao reprimir a manifestação, os policiais montaram um cordão de isolamento com cavalaria e usaram spray de pimenta contra os manifestantes. Duas pessoas foram detidas e levadas ao Departamento de Polícia Especializada durante manifestação. A PM ainda arrancou das mãos de manifestantes a faixa do ato, escrita em português, inglês e espanhol.

A advogada Érika Medeiros, que acompanhava a manifestação, denunciou que foi agredida por policiais quando tentava prestar assistência jurídica aos detidos. "No momento em que a primeira pessoa foi detida fui impedida de exercer minha profissão, inclusive levei uma chave de braço de um policial e um puxão de braço de outro. Não me deixaram passar mesmo tendo me identificado como advogada", denunciou a advogada à Agência Brasil.

Porto Alegre
- Por negociações e em defesa de serviços públicos de qualidade, movimentos sociais, organizações de esquerda e a juventude Porto Alegre realizaram o ato unificado Nossa Copa É Na Rua!, contra as injustiças da Copa, que reuniu cerca de 1,5 mil pessoas.

Florianópolis
– Entidades estudantis e sindicais de diversas categorias integraram ato para denunciar as injustiças da Copa, em frente ao Terminal de Integração Centro (Ticen), em Florianópolis, além de reivindicarem saúde, educação e salários de qualidade.

Maceió – A classe trabalhadora e a juventude de Alagoas realizaram panfletagem no Porto de Maceió, na manhã do dia 12.

Salvador – Organizado e impulsionado por várias entidades dos movimentos sindical e popular, entre eles a CSP-Conlutas, o ato, iniciado às 10h com concentração na Praça Campo Grande, promoveu uma passeata no centro da cidade contra as injustiças da Copa do Mundo. A manifestação em Salvador contou com a participação de movimentos sociais e sindicais, entre eles as Seções Sindicais do ANDES-SN dos docentes das Estaduais da Bahia.

Belém – O ato público contra os gastos excessivos da Copa do Mundo marcou o último dia da paralisação de 72 horas dos docentes da UFPA, realizado a partir das 9h na Praça Santuário, no bairro de Nazaré. Os professores da universidade se juntaram às demais categorias em luta e organizações dos movimentos sociais e a juventude para lutar contra as injustiças da Copa do Mundo, exigindo mais dinheiro para saúde, educação, moradia e transporte público de qualidade.

Belo Horizonte
– Na capital mineira, a manifestação, realizada na Praça da Liberdade, zona central da cidade, também foi duramente reprimida pela polícia militar. Os manifestantes denunciaram a violência utilizada pela polícia e as prisões arbitrárias, além das balas de borracha e bombas de gás usadas para reprimir o protesto. 11 pessoas foram detidas e um adolescente apreendido.

Entre os feridos durante a manifestação está o repórter fotográfico da Agência Reuters Sérgio Moraes, que teve traumatismo craniano. O objeto que o atingiu ainda não foi identificado, e ele foi internado no Hospital Pronto Socorro João XXIII.

No Triângulo Mineiro, servidores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) em greve fecharam a ligação entres os estados de Minas Gerais e São Paulo, na BR-050 entre Uberaba (MG) e Igarapava (SP).

A Apes-JF, Seção Sindical do ANDES-SN, organizou, com várias outras entidades, protesto que reivindicou melhores condições de moradia, educação e saúde. O ato se concentrou no parque Halfeld, em Juiz de Fora, no final da manhã. Na quarta (11), o movimento “Na Copa Vai Ter Luta” promoveu um debate sobre a Copa do Mundo, com o professor Hajime Nozaki, da UFJF.

Fortaleza – Com cartazes e faixas que criticavam os gastos excessivos com a Copa do Mundo, manifestantes realizaram o protesto na Praia de Iracema, em Fortaleza, local da Fifa Fan Fest. O ato denunciou as remoções de populações por conta das obras feitas para o megaevento e cobrou moradia e verbas para investimentos em políticas sociais. Pela manhã, trabalhadores da construção civil também realizaram um protesto contra os gastos excessivos da Copa.

Assim como em outros protestos realizados pelo país, houve confronto com a polícia, que reprimiu duramente o ato e prendeu manifestantes.

Aracaju - Entidades dos movimentos sociais, trabalhadores, e estudantes e servidores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) denunciaram as injustiças da Copa, com atos simbólicos que tiveram como objetivo conscientizar e dialogar com a população.

Internacional
– Argentinos realizaram o ato “A bola não se mancha!”, em frente à embaixada do Brasil em Buenos Aires, em apoio aos trabalhadores e estudantes brasileiros que integram os protestos.

Fonte: ANDES-SN com informações do G1, Jornal do Brasil, Agência Brasil, página do facebook das Seções Sindicais, página do facebook do PSTU

Conforme deliberado em assembleia geral, a diretoria da ADUFF  já convocou uma reunião com os Conselhos de Representantes na próxima segunda-feira , dia 16, às 16h. O objetivo é avaliar o cenário político nacional e local da categoria após o recesso. As reuniões devem acontecer em junho e julho na sede do sindicato

Reunidos em assembleia geral na tarde de quarta-feira (11/6), às 16h, o sindicato informou aos professores que, embora a diretoria da ADUFF tenha solicitado a Reitoria uma audiência pública na Universidade para discutir a progressão para professor titular, em 4 de junho, até o momento a Reitoria não respondeu. A audiência é uma reivindicação da categoria que contesta os critérios propostos pelo Conselho de Ensino e Pesquisa para a progressão de professor associado IV para professor titular (que antes era acessado por concurso e desde 2012 está incorporada à carreira do magistério superior). O CEP ignorou os apelos do sindicato e divulgou, sem qualquer discussão, um documento com propostas de critérios que orientariam essa progressão.
Os docentes da UFF aprovaram em assembleia, portanto, que a diretoria do sindicato construa um novo documento para cobrar uma resposta da Reitoria à reivindicação da categoria por uma audiência pública na universidade (no sentido de que haja um debate coletivo e não individualizado por meio de e-mail), e que a Reitoria comprometa-se que os critérios da minuta não serão definidos durante o período de recesso.
Isso porque os docentes da UFF avaliaram que os critérios propostos pelo CEP dificultam o acesso de todos os docentes à carreira, não respeitam o princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, estimulam a competição entre colegas e, em suma, não atendem o movimento docente da UFF, que exige que esse tema seja debatido amplamente na Universidade antes de ser regulamentado.
Reunião das IFEs
Na assembleia, a direção da ADUFF também informou aos docentes o resultado da votação contra o indicativo de greve por tempo indeterminado, que aconteceu na última reunião das Instituições Federais de Ensino (IFE), em Brasília no último dia 7. Na ocasião, 26 seções sindicais votaram contra o indicativo de greve, incluindo a ADUFF conforme deliberação da assembleia geral. Ainda, nove ADs votaram a favor do indicativo de greve e três se abstiveram.
Conforme deliberado em assembleia anterior, o sindicato informou ainda que já convocou o Conselho de Representantes para uma reunião na próxima segunda-feira, dia 16. Também foi destacado que no próximo semestre, o sindicato vai realizar três seminários sobre interiorização e expansão da universidade com o intuito de debater o tema junto com os campi de: Campos e Pádua; Rio das Ostras, Macaé e Friburgo; e Volta Redonda e Angra dos Reis. A ideia é discutir a pauta local e os problemas relativos às condições de trabalho.

Em São Paulo, a delegação do ANDES-SN se reunirá com representantes de movimentos de todo o Brasil no Sindicato dos Metroviários para concentração da manifestação que marca a abertura da Jornada “Na Copa Vai ter Luta”. No Rio, a direção da ADUFF participará do ato público com concentração às 10h, na Candelária. Os manifestastes seguem, ao meio dia, em direção à Lapa. Este será o primeiro de quatro atos que serão realizados  durante a Copa do Mundo, na cidade do Rio.

O dia 12 de junho marca o início da Copa do Mundo no Brasil e também da jornada “Na Copa vai ter Luta”, organizada pelo Espaço Unidade de Ação, composto por diversos movimentos sindicais, sociais e populares. Manifestações em diversas cidades do Brasil irão denunciar as injustiças cometidas pelo estado neste período de megaeventos e o consequente descaso com a saúde, educação, transporte, moradia, salário e reforma agrária, assim como a criminalização dos movimentos e a repressão aos manifestantes.

Segundo a CSP-Conlutas, a proposta é unificar as diversas lutas que estão acontecendo neste momento. A mobilização não é contra o mundial de futebol, muito menos contra o esporte, e sim uma ação que confronta os governos municipais, estaduais e federal e questiona o abandono dos serviços públicos, dos direitos dos trabalhadores e do próprio povo, que sofre com as remoções forçadas e a falta de assistência, acompanhando o favorecimento sistemático dos empresários dos megaeventos.

“Queremos partir das lutas objetivas e buscar dar um sentido político comum a todas elas, apoiar-se nas greves que se espalham pelo país e nas lutas populares para fazer de 12 de junho o dia em que reergueremos as bandeiras que exigem Saúde, Transporte, Moradia, Educação, reforma agrária, salário e aposentadoria digna, por isso a importância de ser um movimento unitário”, afirmou o representante da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes.

O ANDES-SN irá integrar as manifestações em todo o país e uma delegação de diretores nacionais vai a São Paulo participar do ato na cidade onde acontece a abertura e o primeiro jogo da Copa do Mundo.

“Os docentes lutam diariamente por mais recursos para a educação pública, por uma carreira decente e valorização salarial, além da defesa intransigente dos direitos sociais. Enquanto isso, o governo destina bilhões para a Copa do Mundo, cujo principal legado será os lucros exorbitantes da Fifa, as remoções urbanas e a repressão ao livre direito de manifestação. Durante a Copa do Mundo é a oportunidade para nos juntarmos aos demais trabalhadores, estudantes e movimentos populares e mostrar a nossa indignação com todo este descaso”, ressalta Marinalva Oliveira, presidente do ANDES-SN, chamando todos os professores e professoras a integrarem os atos em suas cidades.

Em São Paulo, a concentração do ato será às 10h, na sede do Sindicato dos Metroviários. A manifestação terá caráter nacional com representações de diversos estados e outras cidades do Estado de São Paulo.

Repressão

Na manhã desta quarta-feira (11), diversos ativistas foram detidos no Rio de Janeiro e levadas para a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) na Cidade da Polícia, na capital fluminense. Em Brasília, militantes do Comitê Popular da Copa no DF denunciaram na terça (10) estarem sendo alvo de investigação. Eles receberam a visita de homens não identificados se passando por representantes da Justiça Eleitoral.  Segundo integrantes do movimento, o objetivo é intimidá-los, já que o grupo faz parte da organização das manifestações contra a Copa do Mundo.

Fonte: Andes - SN

*Ilustração de Carlos Latuff

O sindicato vai funcionar em horário reduzido nos dias de jogo do Brasil. Nesses dias, o expediente da ADUFF será de 9h às 12h.  Em caso de dúvida, faça contato pelo telefone (21) 3617-8200.
Rodada de assembleias gerais nas universidades respondem que o cenário não é favorável para deflagração de greve em junho
Após analisar que ainda não está configurado um quadro para deflagração da greve nacional por tempo indeterminado dos docentes das Instituições Federais de Ensino (IFE), os representantes das seções sindicais do Setor das Ifes reunidos em Brasília no último fim de semana, dia 7, com base nas indicações das assembleias gerais realizadas em todo o país, decidiram por retirar o indicativo de greve em junho, e continuar insistindo na retomada de negociações com o Ministério da Educação (MEC), em torno da pauta de reivindicações protocolada no início do ano.
"A reunião e o resultado dela foi mais uma demonstração da prática democrática deste Sindicato Nacional e expressou a seriedade do movimento docente na construção da luta em defesa dos seus direitos”, comentou Marina Barbosa Pinto, 1ª secretária do ANDES-SN e da coordenação do Setor das Ifes.
Durante o debate e nos encaminhamentos da reunião ficou destacada a solidariedade com as Seções Sindicais que já deflagraram ou estão em processo de deflagração de greve local, em decorrência da precarização nas condições de trabalho, como a Federal de Sergipe (UFS) e o Campus de Serra Talhada da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Na Federal do Pará, os docentes deliberaram por fazer três dias de paralisação.
A orientação do Setor é também intensificar mobilização frente às reitorias pela negociação das pautas locais, a ação conjunta com os demais servidores públicos federais em torno da pauta unificada dos SPF e dar seguimento à luta contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e o fundo de pensão para os servidores públicos (Funpresp).
Os participantes da reunião indicaram ainda que as seções sindicais participem da organização dos eventos programados para o período da Copa do Mundo, entre eles os da Jornada “Na Copa Vai Ter Luta” em todos os estados.
"Os desafios centrais daqui para frente serão a ampliação da mobilização e o ritmo de atividades das seções sindicais na defesa de nossas reivindicações, com ênfase para a reestruturação da carreira, valorização salarial dos ativos e aposentados, condições de trabalho e defesa da autonomia, mantida a perspectiva de construção da greve nacional como importante instrumento de luta para avançar nestas conquistas”, avaliou Josevaldo Cunha, 1º vice-presidente da Regional NE2 do Sindicato Nacional e também da coordenação do Setor.
De acordo com o diretor do ANDES-SN, é preciso seguir pressionando o governo para negociar, lutar para que as reitorias negociem as pautas locais, mas também atuar junto com os movimentos gerais que pautam a defesa dos direitos dos trabalhadores. “Esses movimentos certamente crescerão no período da Copa”, ressaltou Cunha, lembrando o importante papel que as Seções Sindicais têm também na construção do Encontro Nacional de Educação, previsto para o início de agosto.
A reunião do Setor das Ifes contou com a presença de sete diretores nacionais e 60 representantes de 39 seções sindicais, totalizando 67 presentes. Uma nova reunião foi apontada para os dias 26 e 27 de julho.
Fonte: Andes-SN
Página 168 de 208