Assembleia elege delegação para o congresso, critica critérios para progressão a titular e aprova nota contra Ebserh
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Em assembleia realizada ontem (11), no ICHF, os professores discutiram e deliberaram sobre a progressão à classe E (professor titular), a privatização do serviço público por meio da Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (inclusão sugerida pela mesa e acatada pela plenária) e eleição de delegados para o 34º Congresso do ANDES-SN.
A mesa informou sobre a audiência realizada, no último dia 9, com o reitor Sidney Mello, que contou com a participação do Sintuff, quando a direção da Aduff cobrou maior democracia e transparência em relação aos processos internos, mencionando a aprovação aligeirada dos critérios de progressão para classe E (titular); apreensões com boatos de adesão da UFF à Ebserh; e a preocupação com as condições de trabalho, sobretudo no que se refere à infraestrutura em face da expansão da Universidade, que receberá quase 800 vagas no próximo ano.
Em relação ao primeiro ponto de pauta, a presidente Renata Vereza relembrou o esforço feito pelo sindicato para democratizar a discussão sobre os critérios para a progressão a professor titular na Universidade. A Aduff-SSind recebeu várias contribuições de professores de diferentes unidades da UFF, já comentadas em assembleia anterior da categoria. As mesmas colaborações foram enviadas para Andrea Latgé, Pró-Reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, que também presidiu a comissão responsável pela elaboração da minuta com critérios para a progressão a titular. No entanto, a categoria não obteve retorno sobre as colaborações enviadas pelos professores à comissão e, em surdina, no dia 3 de dezembro, o Conselho de Ensino e Pesquisa - CEP aprovou o documento que determina os critérios para a progressão a titular, sem qualquer debate sobre seu o teor. A pauta não havia sido divulgada com antecedência e o texto não estava disponível para os conselheiros no momento da votação.
O conjunto dos professores entendeu que a regulamentação é excludente, privilegiando critérios produtivistas e constituindo um obstáculo ao docente para que chegue ao topo da carreira. A minuta apresenta distorções em relação ao tripé ensino, pesquisa e extensão, não refletindo a equidade que deve existir entre as diferentes atividades docente.
Após ampla discussão, os presentes aprovaram elaborar um material explicativo para a categoria sobre a questão da democracia interna na Universidade, enfatizando o processo eleitoral e o papel dos representantes nos Conselhos Superiores e as atribuições dos eleitos, bem como o resgate da estatuinte. Deliberaram ainda pela realização de um debate, no início do próximo semestre, para discutir a democracia na UFF. Também aprovaram que seja constituída comissão para aprofundar os estudos sobre os critérios de progressão e planejar ações referentes ao tema.
Assembleia aprova nota contra a Ebserh
Em reunião com os representantes da Aduff-SSind e do Sintuff, o reitor recém-empossado, professor Sidney Mello, afirmou que seu antecessor, Roberto Salles, iniciou o processo de aproximação entre a UFF e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Sidney garantiu que não fará qualquer movimento de adesão à Ebserh sem promover amplo debate e sem a anuência dos órgãos superiores. A direção da Aduff-SSind demonstrou muita preocupação com a possibilidade de adesão da UFF à Ebserh e elaborou uma nota, aprovada pela assembleia, que enumera os prejuízos de possível privatização do Hospital Universitário.
Por meio da nota, os docentes afirmam que “a transferência do Hospital Universitário para uma empresa de direito privado significa desonerar a União da sua obrigação com a manutenção financeira dos serviços públicos de saúde. A Ebserh significa também a violação inconstitucional do regime jurídico único dos servidores através da contratação de servidores públicos federais pela CLT – o que já foi questionado pela Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI nº4895, ajuizada pela Procuradoria Geral da República”. Leia a nota completa em: http://aduff.org.br/_novosite/noticias/?noticia_ano=2014¬icia_id=4831
No próximo Conselho Universitário, dia 17/12, o sindicato reafirmará posição contrária a Ebserh. A mesma questão será pautada na próxima reunião do Conselho de Representantes da Aduff-SSind, para que ação conjunta possa ser planejada.
Delegação no Congresso do ANDES-SN
Durante o 34º Congresso do ANDES-SN, instância máxima deliberativa do Sindicato Nacional, a Aduff-SSind estará representada pelos professores eleitos durante a assembleia.
A presidente do sindicato, Renata Rodrigues Vereza, participará como delegada da diretoria. Os outros delegados são: Eblin Joseph Farage, Juarez Torres Duayer, Gustavo França Gomes, Elizabeth Carla Vasconcelos Barbosa, Isabella Vitória Castilho Pimentel Pedroso, Wanderson Fábio de Melo, Edson Teixeira da Silva Junior, Sonia Lúcio Rodrigues de Lima, Ana Lívia Adriano, Francine Helfreich Coutinho dos Santos e Paulo Cruz Terra. Os suplentes e os observadores eleitos são: José Rafael Bokehi, José Luiz Alcântara Filho, Felipe Brito, Sérgio Ricardo Aboud Dutra, Verônica da Silva Fernandez, Arley Jose Silva da Costa, Ângela Siqueira, Dora Henrique da Costa e Elza Dely Veloso Macedo. Todos participarão de um seminário interno preparatório, em caráter deliberativo, que acontecerá na Aduff-SSind nos dias 9 e 10 de fevereiro.
O evento nacional, instância máxima do ANDES-SN, acontece em Brasília, entre os dias 23 a 28 de fevereiro de 2015. Terá como o tema: “Manutenção e Ampliação dos direitos dos trabalhadores: avançar na organização dos docentes e enfrentar a mercantilização da educação”.
Nota em defesa do Hospital Universitário Antônio Pedro: NÃO À PRIVATIZAÇÃO E À EBSERH
Em recente reunião com a ADUFF e o SINTUFF, o reitor Sidney Mello afirmou que a gestão anterior iniciou procedimentos para transferência do Hospital Universitário Antonio Pedro para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Embora tenha reafirmado que o tema será ampla e democraticamente debatido nas instâncias da UFF, essa possibilidade é uma ameaça concreta à autonomia universitária e ao Sistema Único de Saúde.
A transferência do hospital universitário para uma empresa de direito privado significa desonerar a União da sua obrigação com a manutenção financeira da universidade e dos serviços públicos de saúde e educação. A EBSERH significa também a violação inconstitucional do Regime Jurídico Único dos servidores através da contratação de servidores públicos federais pela CLT o que já foi questionado pela Ação Direta de Inconstitucionalidade no4895, ajuizada pela Procuradoria Geral da República. Entre inúmeros outros problemas além desses já elencados, a privatização do HUAP, que o retirará da gestão da UFF, afetará a autonomia universitária e comprometerá a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. A privatização avançará com a cessão de bens públicos do patrimônio da UFF e de servidores para empresa de direito privado.
Pelo exposto, a presente assembleia de docentes da Universidade Federal Fluminense reafirma a convicção da competência e excelência da UFF para gerir o Hospital Universitário Antonio Pedro e repudia qualquer tentativa de transferência da sua gestão para empresas de direito privado. Estaremos presentes no próximo Conselho Universitário (CUV), que se realizará no próximo dia 17 de dezembro, para nos posicionarmos contra a privatização do SUS, a EBSERH e em defesa do Hospital Universitário Antonio Pedro público, gratuito e de qualidade.
Niterói, 11 de dezembro de 2014.
Assembleia nesta 5ª elege para Congresso do Andes e terá relato da reunião com reitor
Diretoria alerta para omissão de datas em agenda de 2015
Em audiência, reitor afirma que qualquer decisão sobre Ebserh será precedida de amplo debate
Chuva causa alagamento de salas de aula na UFF
DA REDAÇÃO DA ADUFF
A chuva da manhã de hoje (5) alagou as salas do lado par do bloco A, no Gragoatá, provocando a interrupção de aulas e o remanejamento de alunos e professores para outros espaços no mesmo edifício. Baldes acumulavam água das goteiras e funcionários da empresa terceirizada de limpeza tentavam secar o chão. A água também chegou às escadas do andar e, em menor volume, também atingiu o corredor do quarto pavimento. De acordo com o prefeito do campus, Luiz Augusto Cury Vasconcellos, o problema foi causado por entupimento das calhas e não tem relação com a infraestrutura do prédio inaugurado há quatro anos. Ele assumiu a função na última segunda-feira.
O engenheiro explica que problema semelhante não havia acontecido até então. Diz ter verificado que a inundação não atingiu outros blocos do campus e promete tomar as providências para que a situação não volte a acontecer. “Vou adotar um choque de gestão e elaborar um cronograma de execução para que a empresa contratada pela UFF realize as ações de manutenção predial. Vamos domar o leão”, diz.
Funcionários do bloco A, no entanto, afirmam que o prédio já sofreu com as intempéries. Também relatam que é normal ocorrer falta de água naquele bloco.
Estudantes do curso de Relações Internacionais, que tiveram as aulas transferidas para outras salas, contaram ter evitado, prudentemente, o uso da escada. Criticaram o problema e responsabilizaram a gestão da Universidade. “Isso foi causado por falta de organização administrativa. Se tivessem se planejado, não teríamos visto salas alagadas”, disse Natasha Barbosa.
Assim como a colega, Ana Beatriz Naitzel e Gabriela Scharf afirmaram que a UFF tem que estar preparada para lidar com as variações repentinas do tempo e que esse tipo de transtorno poderia ter sido evitado. Priscila Oliveira observou que o alagamento das salas de aula não trouxe maiores problemas devido ao encerramento do ano acadêmico. “A troca foi possível porque estamos em dezembro e em final do período letivo. Se fosse início de semestre, não haveria sala para todos”.
A direção da Aduff-SSind alerta para o fato de que a ausência de manutenção adequada não só acarreta transtornos, mas põe em risco a segurança de alunos, docente e funcionários. Este tipo de descuido tem sido visto em diversas unidades e expressa a forma como a Reitoria da UFF vem administrando a expansão da universidade.
Renata Vereza, presidente do Sindicato, esteve no bloco A hoje pela manhã para aplicar provas. A professora gravou um vídeo no momento em que água escorria pela escada. O link para acesso é: https://www.facebook.com/video.php?v=738203392927988
VI Feira Estadual da Reforma Agrária acontece entre dias 8 e 10
Conselho aprova critérios para professor titular sem debater sugestões dos docentes
Por Hélcio Duarte Filho
Diretoria da Aduff lamenta morte violenta de professor
Dominique Marie Philippe Geneviève Boxus, docente do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (GLE)/ Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense, foi morto na noite de ontem, na Lapa, vítima de bala perdida. Segundo o jornal O Dia, o professor encerrava a conta em um bar na esquina da Avenida Mem de Sá com a Rua dos Inválidos, quando levou um tiro no tórax, atingindo o coração. O disparo foi feito por uma pessoa não identificada em direção a outro homem, que corria após ter esfaqueado um rapaz durante uma briga motivada por jogo. O agressor está preso e a vítima, que teve o pulmão perfurado pelas facadas, está hospitalizada. A polícia também já tem pistas do atirador.
Dominique era belga, tinha 56 anos, e estava há mais de uma década no Brasil. Mestre e Doutor em Literaturas Francesa e Francófonas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), chegou à UFF em 2011. Atuou em outras instituições brasileiras, como a Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal de Sergipe, Universidade Estadual de Feira de Santana e Universidade Estadual do Rio Grande do Sul.
A Direção da Aduff lamenta a morte do professor e manifesta solidariedade aos amigos e familiares.
*Com informações de O DIA e do Jornal do Brasil./Imagem extraída do Currículo Lattes do professor.
Dia 4: Jurídico da Aduff estará em Campos dos Goytacazes
Nesta quinta-feira (4), setor Jurídico da Aduff-SSind estará na UFF de Campos dos Goytacazes para atender aos docentes do campus que tenham demandas judiciais. O advogado Carlos Boechat será responsável pelo plantão jurídico, que acontecerá das 15h às 18h, na sala do LAHPOC, Bloco I.
No dia 11, assembleia vai eleger delegados para o Congresso do ANDES-SN e debater progressão
A ADUFF convida todos os docentes para a assembleia geral da categoria, que acontece no próximo dia 11 de dezembro (quinta-feira), às 15h, no Auditório do ICHF (Bloco O – Gragoatá), com os seguintes pontos de pauta: 1) Informes, 2) Eleições de Delegados para o 34º Congresso do ANDES-SN [23-28 de fevereiro de 2015, em Brasília], 3) Progressão, 4) Outros assuntos.
Participe!
Diretoria da Aduff envia contribuição ao Caderno de Textos do 34º Congresso
O Caderno de Texto do 34º Congresso do ANDES-SN, contendo discussões e formulações da categoria para subsidiar os debates, foi divulgado pela Direção do Sindicato Nacional. A Diretoria da Aduff-SSind enviou contribuições ao debate e participa com o texto “As possibilidades e os desafios das lutas pela educação pública – alguns indicativos para o desvelo da contemporaneidade”. Ele será apresentado na plenária do Tema 1 –“Movimento Docente, Conjuntura e Centralidade da Luta”.
Outras colaborações encaminhadas à sede do ANDES-SN até 2 de fevereiro de 2015 serão incorporadas ao Anexo do Caderno de Textos - que será publicado no dia 9. O material estará disponível aos participantes do 34º Congresso no local do evento e aos demais sindicalizados na página do Sindicato Nacional (www.andes.org.br).
O 34º Congresso do ANDES-SN é importante instância deliberativa do Sindicato Nacional e acontece em Brasília, entre os dias 23 a 28 de fevereiro de 2015. Terá como o tema central: “Manutenção e Ampliação dos direitos dos trabalhadores: avançar na organização dos docentes e enfrentar a mercantilização da educação”.
* Com informações do ANDES-SN