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Acima, arte da revista Vírus Planetário, que também se posiciona contra a privatização do HUAP.

DA REDAÇÃO DA ADUFF

No próximo dia 5 de fevereiro acontece audiência pública para discutir o projeto de lei (006/14) sobre a Criação da Fundação Estatal de Saúde, às 18h, no plenário da Câmara Municipal de Niterói. Esta é uma iniciativa da Comissão Permanente de Saúde e Bem Estar Social, presidida pelo vereador Paulo Eduardo Gomes (Psol).

Representantes do Comitê contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares - Ebserh, composto por estudantes, professores e técnico-administrativos da UFF, participarão desta audiência para se posicionar, mais uma vez, contra a possibilidade de privatização do Hospital Universitário Antônio Pedro – HUAP e em defesa da autonomia universitária. A Aduff-SSind convida a todos para se engajarem na luta pela Universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.

A atividade integra o calendário de ações do grupo para o primeiro trimestre de 2015, definido em reunião do dia 14 de janeiro na sede da Aduff-SSind.

Segunda, 02 February 2015 13:40

Nota de apoio à comunidade da UERJ

A Diretoria da ADUFF-SSind apoia a luta dos professores, funcionários e alunos da Uerj por melhores condições de ensino e trabalho, o que compreende salários dignos e infraestrutura adequada. Apoia também a luta que visa garantir a destinação de parcela do orçamento público para que a Uerj assegure a realização das suas atividades com a qualidade devida.

Reiteramos nossos votos de superação desta alarmante crise que assola as Universidades Estaduais do RJ, reiterando que esta superação somente é possível com a participação da comunidade acadêmica e a garantia da democracia no interior da Universidade. Questão a qual esperamos que os Conselhos Superiores da UERJ estejam atentos no sentido de evitar o agravamento da crise institucional que Instituição atravessa.

Saudações sindicais,

Diretoria ADUFF-SSind

DA REDAÇÃO DO ANDES-SN

Foto: Imprensa ANDES-SN

Mais de 70 representantes de 40 entidades sindicais, movimentos sociais e populares de 15 diferentes estados se reuniram em Brasília (DF) nesta sexta-feira (30), no primeiro encontro do Espaço Unidade de Ação de 2015, para debater a conjuntura e traçar os eixos de enfrentamento unificado da classe trabalhadora e da juventude para este ano.

As recentes medidas provisórias editadas pelo governo federal MP664 e MP665, que retiram direitos históricos dos trabalhadores, foram duramente criticadas pelos participantes, assim como a política de ajuste fiscal anunciada pelo do governo Dilma. A criminalização dos movimentos e dos lutadores também foi destaque nas falas, com a denúncia perseguição e prisão de militantes em diversos estados.

A crise hídrica e elétrica e o impacto nos empregos, principalmente na região Sudeste, foram apontados por representantes de diversas categorias, que ressaltaram a necessidade de intensificar a mobilização e conscientização da população. A necessidade de ampliação da luta em defesa do transporte público de qualidade e pelo passe livre nacional também foi destacada, assim como o combate à homofobia, machismo e racismo.

“Não há nada de bom para os trabalhadores nesse ano. Não temos nada de positivo a esperar, a não ser pagar a conta da crise. Os métodos do governo e do patronato se mantêm e intensificam, com a repressão direta, demissões e tentativa de cooptação. Na história recente, tivemos ataques como o Acordo Coletivo Especial [ACE], proposto pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o PL 4330 das terceirizações e outras medidas que estão sendo retomadas”, observou Paulo Rizzo, presidente do ANDES-SN, em sua intervenção, lembrando que o Espaço Unidade de Ação, já no seu início, denunciou e lutou contra o ACE, conseguindo conter a proposta.

Em sua fala, o presidente do ANDES-SN, ressaltou ainda que os cortes anunciados pelo governo já repercutiram nas Instituições Federais de Ensino e impactam principalmente nos contratos terceirizados e nas bolsas estudantis. Rizzo alertou que a composição do quadro ministerial, apresentada para o segundo mandato do governo Dilma, apenas reflete o direcionamento das políticas federais, em favor do capital e contra os interesses da classe trabalhadora.

Para o presidente do Sindicato Nacional, a primeira reunião do Espaço de Unidade de Ação em 2015 foi muito positiva, pois reuniu representantes de diferentes setores da classe trabalhadora e dos movimentos populares e apontou a unificação em torno de um eixo central.

“A expectativa do ANDES-SN é que consigamos fortalecer a luta, com questões centrais que unificam a classe trabalhadora na defesa dos empregos e dos direitos, no combate aos ataques, reivindicando a revogação dessas MPs, buscando construir um caminho que seja realmente independente e que não abra mão das reivindicações da classe trabalhadora e da juventude”, comentou Rizzo.

Ao final do encontro, foram aprovadas por aclamação as diretrizes que nortearão uma declaração política da reunião, com um chamado à unidade ampla para a luta, sob o eixo “os trabalhadores não aceitam pagar a conta da crise”. O documento deverá ser divulgado no início da próxima semana.

Entre as iniciativas definidas estão a realização de reuniões nos estados, destacando os eixos gerais de luta, e também incorporando as pautas locais; a edição de um jornal nacional do Espaço de Unidade de Ação, para fomentar os debates na base, com conteúdo de agitação política e  formação. Foi sinalizada a realização de uma nova reunião, com data ainda a ser definida. Orientou-se ainda as entidades que compõe o Espaço de Unidade de Ação a apoiar com todas as forças as agendas de mobilização das lutas já em curso como a Campanha Unificada dos Servidores Públicos Federais, o movimento de luta no campo, as manifestações em defesa do transporte público, pela revogação do reajuste das tarifas e pelo passe livre.

Reunião Ampliada dos SPF
Nos dias 31 de janeiro (sábado) e 1° de fevereiro (domingo) foi realizada a Reunião Ampliada dos Servidores Públicos Federais (SPF). O encontro definiu os eixos da Campanha Salarial Unificada para 2015, as pautas das lutas gerais do Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais e a agenda de mobilização para este ano.

Servidores referendam por consenso a proposta de pauta de reivindicações e calendário de mobilização - foto: Renata/Andes-SN
Servidores de todo o país traçam pauta e calendário de campanha salarial unificada para defender data-base e enfrentar ataques do governo à categoria. Ato de lançamento será dia 25
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
Os servidores públicos federais vão lançar campanha salarial conjunta, com ato em Brasília, no dia 25 de fevereiro – a data coincide propositadamente com o 34º Congresso do Andes-SN, que ocorrerá na última semana do mês na capital federal. A manifestação é parte do calendário de mobilização aprovado, por consenso, no encontro que reuniu representantes dos mais variados segmentos do funcionalismo e de praticamente todos os estados do país, no sábado (31) e domingo (1º), na capital federal. Eles já sinalizam a construção de uma greve nacional no primeiro semestre do ano caso o governo federal não recue e negocie um acordo com o conjunto da categoria.
A atividade que teceu as bases para lançar a campanha salarial unificada contou com a participação de quase 400 servidores – a Aduff-SSind foi representada pelos diretores Paulo Terra e Elizabeth Vasconcelos Barbosa. Os trabalhadores debateram, no plenário e em grupos, o desafio de superar eventuais divergências, construir uma campanha comum e exigir respeito à data-base e revogação dos ataques a direitos trabalhistas e previdenciários impostos pelo governo de Dilma Rousseff (PT). Realizado no hotel Brasília Imperial, o evento deu continuidade ao seminário de novembro do ano passado, quando os primeiros eixos comuns da pauta de reivindicações foram traçados.
A reunião desse fim de semana agregou mais itens às reivindicações, combinando as demandas salariais e mais corporativas à defesa do serviço público e de um atendimento melhor à população. O calendário de mobilizações prevê desde o lançamento da campanha salarial até três dias de protestos em Brasília, de 7 a 9 de abril, nos quais a proposta de iniciar greve por tempo indeterminado de toda a categoria estará em pauta.
Manifesto

Os servidores aprovaram ainda um manifesto, assinado pelas entidades sindicais nacionais do funcionalismo, que contesta as recentes medidas do governo Dilma que atacam direitos previdenciários e trabalhistas, vê na política traçada pelo Planalto a visível intenção de atacar os serviços públicos e os trabalhadores em geral e reafirma a luta contra as privatizações. “As mudanças na Previdência são as mais pesadas contra trabalhadores desde as reformas de 1998 na era FHC e de 2003, no governo Lula, e que levou, já no governo Dilma, à privatização da previdência pública através da criação do fundo de pensão para o funcionalismo federal (Funpresp)”, diz trecho do documento. “O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos federais repudia estas medidas de ajuste fiscal e de ataques aos trabalhadores por parte do governo Dilma e conclama os servidores públicos a fazer uma grande mobilização”, conclama mais adiante.
Ato contra Ebserh

Também integra o calendário inicial da campanha o ato nacional contra a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e toda forma de privatização da saúde, que acontecerá no dia 6 de março, no Rio de Janeiro, e deverá levar ao deslocamento de representações e caravanas de várias partes do país para a capital fluminense.
A reunião ampliada em Brasília foi organizada pelo Fórum das Entidades Sindicais Nacionais dos Servidores Públicos Federais, do qual participam 28 federações ou sindicatos e três centrais sindicais (CSP-Conlutas, CUT e CTB). O encontro alcançou seu principal desafio: tecer as bases para a unidade de diferentes segmentos do funcionalismo, superando diferenças nas posições políticas para dar o pontapé inicial na construção da campanha salarial de 2015, em torno de uma pauta que enfrente os ataques do governo e defenda a data-base.
Pauta de reivindicações (eixos)

1-Índice linear de 27,3%.
2-Anulação da reforma da previdência realizada através da compra de votos dos parlamentares.
3-Extinção do fator previdenciário.
4-Isonomia salarial e de todos os benefícios entre os poderes.
5-Incorporação de todas as gratificações produtivistas.
6-Fim da terceirização que retira direito dos trabalhadores. Repudiar toda forma de terceirização, precarização e privatização.
7-Concurso público pelo RJU.
8-Combate a toda forma de privatização.
9-Pela aprovação da PEC 555 que extingue a cobrança previdenciária dos aposentados.
10-Pela aprovação do PL 4434 que recompõe as perdas salariais.
11-Regulamentação da jornada de trabalho para o máximo de 30 horas para o serviço público, sem redução salarial.
12-Pec 170/2012 – aprovação de aposentadoria integral por invalidez.
13-Reafirmar paridade entre ativos, aposentados e pensionistas.
14-Liberação de dirigentes sindicais com ônus para o estado, sem prejuízo às carreiras.
15-Pela revogação do FUNPRESP e da EBSERH
Mobilização/Campanhas
1-Campanha nacional pela suspensão de toda criminalização aos movimentos sociais.
2-Campanha nacional pela melhoria dos serviços públicos e contra desmonte do estado praticado pelo governo.
3-Reorganizar os fóruns estaduais dos Servidores Públicos Federais.
4-Indicar discussão nas bases das categorias , durante a jornada de março, sobre indicativo de greve por tempo indeterminado.
5-Pressionar o congresso pela aprovação de projeto de lei sobre a negociação coletiva(Convenção 151).
6-Campanha pela suspensão do pagamento da dívida pública e realização de Auditoria da dívida pública, como previsto na constituição.
7-Pela Revogação das MP´s  664 e 665, entre outras, que retiram direitos dos trabalhadores.
8-Fazer cobrança no STF pelo julgamento da data-base.
9-Luta pelo aumento salarial dos trabalhadores.
10-Pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais aos trabalhadores da iniciativa privada, sem redução salarial.
11-Transposição dos anistiados para o RJU. (lei 8112/90)
12-Campanha pela liberdade de organização sindical nos locais de trabalho.
13-Campanhas por uma política adequada de saúde do servidor e combate ao assédio moral/sexual e às opressões.
14-Readmissão dos temporários demitidos na greve do IBGE.
15-Realizar Seminário nacional sobre precarização, terceirização e privatização no serviço público.
16-Confecção de um jornal em comum das entidades para a campanha salarial 2015, inclusive envolvendo temas nacionais, como a crise da água e energética.
17-Pela revogação das orientações normativas que mudaram os critérios para concessão de insalubridade e periculosidade.
18-Pela Petrobras 100% estatal e nacional. Pela condenação de corruptos e corruptores da Petrobrás.
19-Campanha pela revogação do FUNPRESP  e da EBSERH.
Calendário

25/02 :  Ato de lançamento da campanha salarial 2015 no MPOG(Bloco K), com concentração às 9h/ Dia Nacional de luta com atos, assembleias e paralisações nos estados.
06/03 : Ato nacional no Rio de Janeiro e nos estados contra a privatização do SUS e a EBSERH/
Março : Jornada de Luta nos estados, com discussão sobre indicativo de greve.
07, 08 e 09 de abril : Jornada nacional de Lutas, em Brasília com discussão sobre indicativo de greve dos SPF’s.

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Por Aline Pereira
Foto gentilmente cedida por manifestante

O juiz da 1º Vara do Trabalho de Itaboraí, André Correa Figueira, aceitou o pedido do Ministério Público do Trabalho - MPT de Niterói e, em 28 de janeiro, determinou o prazo de 48horas para que a Petrobrás deposite R$13,2 milhões em juízo. Se não o fizer, a multa diária é de R$10mil. O montante compreende, conforme a ação, a todos os débitos trabalhistas da empresa Alusa S.A., atualmente denominada Alumini Engenharia S/A – uma das empreiteiras que atuam Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro – Comperj. Cerca de 2500 funcionários ainda aguardam o pagamento dos salários de dezembro e do 13º salário. Aproximadamente 500 demitidos também esperam pelas verbas rescisórias.

A ação visa responsabilizar a Petrobrás, como tomadora efetiva dos serviços, pelos danos causados aos trabalhadores pelas empresas que operam no Comperj. É ainda uma forma de evitar que outras empregadoras sigam os mesmos passos da Alumini. Para o MPT, a falta de previsibilidade quanto ao futuro, a desinformação e a angustia causadas pelo atraso no pagamento tem gerado insegurança em todos os funcionários do Comperj. O Ministério Público também afirma que os empregados necessitam de respostas judiciais urgentes, pois muitos são oriundos de outros estados e, sem dinheiro, se veem desamparados no Rio de Janeiro.

Nesta semana, houve mais um protesto dos trabalhadores no Centro do Rio de Janeiro, em frente a sede da Petrobrás na Avenida Chile. Os manifestantes colocaram os uniformes no chão e também expuseram um boneco dentro de um caixão. “Nossa situação é muito grave. Tem gente passando necessidades. Se não ficarmos unidos para reivindicar nossos direitos, não sei quando teremos o dinheiro”, diz um dos trabalhadores da Alumini.

Petrobrás rescindiu contrato com empresa devedora

De acordo com o jornal O Globo desta quinta-feira, a ação foi protocolada pelo procurador do trabalho de Niterói Maurício Guimarães de Carvalho, após sucessivas reuniões, sem acordo entre as partes, envolvendo os representantes da Petrobras, da Alumini e dos sindicatos classistas. Em audiência do dia 27/01, a Petrobrás informou que, unilateralmente, rescindiu o contrato com a empreiteira. Trabalhadores da empresa já tiveram seus crachás bloqueados para acesso ao Comperj.

Crise repercute no município

A página eletrônica da prefeitura de Itaboraí anuncia a demissão de mais 650 funcionários do polo petroquímico no último dia 29. Segundo o site, a preocupação e a insegurança entre os trabalhadores são crescentes. O texto afirma:A cada dia mais funcionários estão sendo desligados de suas funções, assim sendo, o desemprego em massa afeta todos os setores, trazendo prejuízos aos setores comerciais e industriais”.

Um trabalhador do Comperj que não quer se identificar revela que as demissões atingiram os funcionários da TUC Construções. “Sobraram cerca de 200 pessoas no canteiro de obras. A maioria é do setor de Recursos Humanos. O resto foi todo para a rua”, diz.

Na visão do prefeito Helil Cardoso, a crise repercute no município de Itaboraí, atingindo a receita fiscal da cidade e podendo trazer impactos sociais para o local. A mesma página eletrônica apresenta outra reportagem em que o gestor comenta que “a crise das empreiteiras deve refletir na arrecadação do ISS (Imposto Sobre Serviço) proveniente do empreendimento, a partir de março. Dos R$ 20,9 milhões arrecadados atualmente pela prefeitura, R$ 18 milhões vêm do Comperj”. Ele ainda relaciona as demissões no polo petroquímico à possibilidade de aumento da violência em Itaboraí. “Nos próximos dias, a prefeitura local vai solicitar o apoio do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) para reforçar o efetivo de policiais militares na região, visando evitar um possível aumento da violência em decorrência da crise do desemprego no Comperj”.

Desaceleração na exploração do petróleo

Em meio aos sucessivos escândalos da operação Lava-Jato, a conjuntura de crise se amplia. Na manhã do dia 28, a presidente da Petrobrás, Graça Foster, anunciou a redução de investimentos da estatal na exploração do petróleo “ao mínimo necessário”. Ela afirmou que desacelerará as obras no complexo petroquímico em Itaboraí e também no de Abreu e Lima, em Pernambuco.  Segundo Foster, se fosse vendido hoje, “o Comperj teria valor zero”.


Manifestação em São Paulo contra o aumento das passagens
foto: reprodução internet
Concentração para o ato no Rio contra os aumentos das tarifas e pelo passe livre será às 17h, na Candelária
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Sob o lema ‘resistir, resistir até a tarifa cair!’, o movimento contra o aumento das passagens faz nova manifestação no Centro do Rio nesta sexta-feira (30). A concentração será na Candelária, a partir das 17 horas.
O protesto é organizado pelo ‘Movimento Passe-Livre’ (MPL), com participação de sindicatos e entidades do movimento social. Os manifestantes também vão exigir a imediata soltura dos militantes presos no Rio por sua participação nas mobilizações realizadas em 2013 e 2014.
É o quarto ato contra o aumento das tarifas realizado na capital fluminense. A Aduff-SSind participa e apóia o movimento. A mobilização tenta pressionar a Prefeitura do Rio a revogar o aumento que elevou as passagens de R$ 3,00 para R$ 3,40, no início de janeiro. O índice aplicado foi de 13,3%, quase o dobro da inflação oficial do ano passado.
O MPL e as entidades que organizam o ato querem que a tarifa baixe para R$ 2,50, cifra apontada por análise técnica do Tribunal de Contas do Município (TCM) como máxima para o preço da passagem no Rio.
Em São Paulo, cerca de cinco mil pessoas foram às ruas na quinta-feira (29), segundo os organizadores do ato pela derrubada do aumento das tarifas. A sexta passeata convocada pelo MPL e demais entidades na capital paulista começou no Vão Livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), na av. Paulista, e terminou em frente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, no Ibirapuera, Zona Sul da cidade. Ao menos 800 policiais militares, que vêm reprimindo com violência os protestos, acompanharam o ato.

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Lara Abib

Na primeira reunião do Conselho Universitário do ano, na manhã desta quarta-feira, 28, o reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Sidney Mello, admitiu que o bloqueio de R$ 7 bilhões no orçamento do Ministério da Educação (MEC), anuciado pelo governo federal no início deste mês, preocupa e trará impactos para a Universidade. De acordo com Sidney, a UFF precisará repactuar as contas em 25% e diminuir o quadro de terceirizados na instituição. Ele frizou, entretanto, que não houve cortes no orçamento da UFF no mês de janeiro.

“Eu diria que é um momento de preocupação. Todos sabemos que, em nível nacional, existem menos recursos. É o início de governo, é possível que esse cenário tenha alguma modificação ao longo de 2015, mas antevemos um ano difícil. A UFF vai precisar equilibrar suas contas sim. A perspectiva é que num tempo muito curto a gente consiga repactuar nossas contas em 25% menos, implementar a diminuição do quadro de terceirizados na Universidade mas continuar lutando pelo quadro estatutário", afirmou. A declaração do reitor acontece em meio a episódios que já denunciavam os problemas financeiros da Universidade.

Desde dezembro, funcionários terceirizados que atuam na UFF reclamam a falta de pagamento de salários e décimo terceiro. Em declaração à imprensa da Aduff (veja a matéria completa na edição de janeiro do jornal do sindicato), o Pró-Reitor de Administração, Prof. Néliton Ventura, confirmou que a nova gestão, ao assumir a administração da Universidade, em novembro de 2014, constatou atrasos no pagamento de serviços, obras e concessionários. A dívida com as empresas Luso-Brasileira, VPAR e CROLL, contratadas para realizar serviços como limpeza e vigilância na instituição, seria o motivo do atraso do salário dos terceirizados, que realizaram assembleias e paralisações no primeiro mês deste ano.

No dia 16 de janeiro, a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis  também comunicou a suspensão temporária dos recebimentos de solicitações para auxílio de custo para viagens nacionais. Em comunicado publicado no site da UFF, a instituição atribui a suspensão do benefício às “restrições orçamentárias do governo federal”.

Técnicos-administrativos exigem mais transparência

No CUV, o conselheiro e integrante do sindicato dos técnicos-administrativos da UFF, Pedro Rosa, também reivindicou maior transparência da administração central da Universidade em relação aos contratos da UFF com as empresas terceirizadas. Pedro frizou que os trabalhadores não têm culpa do imbróglio que envolve a instituição e as empresas e é inadmissível que eles paguem por esta crise.

Para o dirigente do Sintuff, abrir os detalhes do contrato é fundamental para estabelecer uma gestão mais transparente dentro da Universidade. “Os empresários faturaram alto na UFF ao longo dos anos mas, com o atraso, não abrem mão dos seus lucros e jogam a conta nas costas dos trabalhadores”. Em resposta, o reitor garantiu que irá reformular o portal da instituição e que todos os números da Universidade irão figurar no site da UFF, como informação permanente.

Aduff esclarece declaração do reitor

Sidney também afirmou que, há pouco tempo, a reitoria deu uma entrevista “abrindo números da Universidade para a Aduff em relação a terceirizados, vigilância e limpeza”. A direção da entidade gostaria de esclarecer que a entrevista a que o reitor se referiu foi realizada com o Pró-Reitor de Administração (citada acima), quando ele respondeu perguntas pontuais, por email, da jornalista do sindicato, que apurava matéria para o jornal da entidade. Não houve o envio de documentos oficias e abertura das contas. As informações foram passadas na relação entre “jornalista e entrevistado” e não em reunião oficial entre sindicato e administração da Universidade.

A Aduff reitera também que a participação na mesa de negociação permanente proposta pela Reitoria ainda não começou e só será possível após o retorno dos docentes das férias. A entidade considera importante a abertura de um canal de negociação, mas ressalta que esse processo não será iniciado sem que a categoria seja comunicada e consultada sobre ele.

Repúdio ao corte de verbas

Proposta pelo estudante e conselheiro Felipe Rimes, o Conselho Universitário também aprovou, na reunião desta terça, uma moção de repúdio contra o corte de orçamento do Governo Federal no MEC.

Ebserh

Motivado pelo grande número de pessoas que, sistematicamente, participam do CUV com adesivos e camisetas contra a adesão do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), o reitor Sidney Melo declarou o posicionamento dele e de sua equipe no que se refere à questão. “Falta muito. Inclusive qualquer impacto que tenha na folha, do ponto de visto orçamentário, impactará a Ebserh de qualquer jeito. Ela tem sido colocada como grande solução, mas eu não estou certo de que seja. O debate vai continuar aberto e nós não vamos tomar nenhuma atitude e nenhuma ação que diz respeito à Ebserh sem que ela seja debatida no Conselho Universitário e extensivamente debatida na Universidade. Isso não é uma decisão solitária do reitor e do vice-reitor da Universidade. Temos nossos próprios colegiados e vamos respeitá-los”, finalizou.

Declarações do ministro Joaquim Levy, da Fazenda, sinalizam que novas medidas que atinjam direitos trabalhistas e benefícios sociais podem estar sendo preparadas pelo governo
DA REDAÇÂO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
Difícil encontrar local mais simbólico para um ministro e ex-diretor de banco afirmar que  o seguro-desemprego é algo “completamente ultrapassado”. Pois foi em meio à reunião da elite financeira e econômica de Davos, na Suíça, que o ministro da Fazenda do Brasil, Joaquim  Levy, atacou esse benefício usufruído majoritariamente por trabalhadores das faixas salariais mais baixas – boa parte com remuneração que não passa de um salário mínimo.
As declarações foram dadas ao jornal inglês “Financial Times”. Levy disse ainda que reformas estruturais são urgentes no Brasil. O tom da entrevista parece sinalizar que mais medidas que retiram direitos de trabalhadores e aposentados podem estar sendo preparadas pelo governo. O homem escolhido por Dilma Rousseff (PT) para comandar a economia a partir do segundo mandato representou o governo brasileiro no Fórum Econômico Mundial em Davos.
O exemplo do seguro-desemprego foi usado para exemplificar a necessidade de cortes e reformas em diversas áreas, inclusive sociais, segundo o jornal. O ministro ressalvou apenas que o programa assistencial Bolsa Família não será atingido. Mais tarde, a sua assessoria contestou a declaração sobre mexer nos programas sociais – disse que era da imaginação do jornalista –, mas não fez correções quanto ao seguro-desemprego. Já o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, soltou nota defendendo o benefício, classificando-o como parte do núcleo duro dos direitos trabalhistas.
Levy é ex-diretor do Bradesco
Ao aceitar o convite de Dilma para assumir a pasta, Levy teve que deixar o cargo que ocupava na direção do Bradesco, gigante do setor bancário privado. Não se encontra, naturalmente, dentro do perfil dos que recorrem ao seguro-desemprego quando é demitido.
Na campanha eleitoral do ano passado, Dilma prometeu não mexer em direitos dos trabalhadores. Disse que isso seria feito por seu principal adversário, Aécio Neves (PSDB), caso o tucano fosse eleito. Acusou ainda Marina Silva (PSB), outra adversária, de planejar entregar a economia do país aos banqueiros caso saísse vitoriosa na disputa. Antes mesmo do término do primeiro mandato, porém, a presidente anunciou o diretor do Bradesco na Fazenda e lançou duas medidas provisórias que cortam direitos trabalhistas e previdenciários.
O pacote restringe o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial, acaba com a pensão vitalícia por morte de cônjuge e reduz este benefício à metade para os trabalhadores do setor privado. Movimento nacional está sendo construído – reunindo sindicatos, centrais e movimentos populares – para tentar derrubar as medidas, que ainda precisam ser aprovadas no Congresso Nacional para se tornarem lei.
‘Chicago boys’
Levy falou ao jornal inglês no dia seguinte à participação da presidente Dilma Rousseff na posse do colega Evo Morales, na Bolívia. Na cerimônia de posse para o terceiro mandato, de acordo com o jornal “Valor Econômico”, Evo disse que “na Bolívia não mandam os Chicago boys, mas os Chuquiago boys”, referindo-se, primeiro, ao termo usado para definir os adeptos das teorias neoliberais da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. Já Chuquiago é a etnia indígena do presidente. Na foto oficial das autoridades que foram ao evento, Dilma aparece ao lado do presidente boliviano. Em Davos, poucas horas depois, o seu ministro da economia diria ao “Financial Times” que valoriza muito o que aprendeu no doutorado que fez na Universidade de Chicago.
Ainda sem pauta divulgada, Conselho Universitário é confirmado para dia 28 e será acompanhado pelo movimento que defende o Huap e a autonomia universitária.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Docentes, técnico-administrativos e estudantes da UFF, reunidos no dia 14 de janeiro na sede da Aduff-SSind, reafirmaram a necessidade de ampliar e intensificar a campanha contra a entrada da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) no Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap).
O Comitê Contra a Ebserh aprovou um calendário inicial de atividades para o primeiro trimestre de 2015, que inclui participação nas reuniões do CUV (Conselho Universitário), na audiência pública marcada para ocorrer na Câmara dos Vereadores de Niterói, no ato nacional contra a Ebserh e a realização de uma aula pública na rua.
Com a participação de representantes da Aduff-SSind, do Sintuff e de diretórios acadêmicos, a reunião definiu como prioridade envolver a comunidade acadêmica no debate e na luta em defesa da autonomia universitária e da saúde pública, além de buscar conquistar o apoio da população. Os participantes avaliaram que a ameaça de privatização do Huap por meio da Ebserh é real e é preciso enfrentá-la.
A próxima reunião do Conselho Universitário, que será acompanhada pelo movimento contra a Ebserh, está marcada para 28 de janeiro, quarta-feira, às 9 horas no Instituto de Geociências. Até a sexta-feira (23), a secretaria do CUV, contatada pela reportagem do Jornal da Aduff, não havia divulgado a pauta.
Calendário
28 de janeiro - Presença na reunião do Conselho Universitário, às 9h, no Instituto de Geociências.
5 de fevereiro - Participação na audiência pública na Câmara dos Vereadores de Niterói sobre fundações estatais de direito privado.
6 de março - Ato nacional contra a Ebserh no Rio, reunindo docentes (Andes-SN), técnicos (Fasubra), estudantes, servidores da rede de saúde federal e a população.
12 de março – Aula pública na rua sobre Ebserh e a defesa da saúde pública – em frente à estação das Barcas.
18 de março – Próxima reunião do Comitê da UFF Contra a Ebserh.

DA IMPRENSA DO ANDES-SN

Com o objetivo de retomar a interlocução com o Ministério da Educação (MEC), principalmente em torno da carreira do professor federal, o ANDES-SN protocolou na última quarta-feira (14) uma solicitação de audiência com o novo encarregado da pasta, ministro Cid Gomes. O documento foi encaminhado para as Seções Sindicais na sexta-feira (16), através da circular 004/2015. Confira.

Segundo Paulo Rizzo, presidente do Sindicato Nacional, nesta reunião o ANDES-SN pretende apresentar ao novo ministro o que vinha sendo negociado e os princípios que foram acordados com a Secretaria de Educação Superior (Sesu/MEC), em abril de 2014, acerca da reestruturação da carreira docente, cujo processo foi interrompido pelos representantes do governo naquele mês.

“Vamos buscar com ele a retomada das reuniões e abertura diálogo e com isso já abrir caminho para, após do 34º Congresso, que acontece em fevereiro em Brasília, apresentarmos a pauta de reivindicações, que os participantes do congresso irão definir”, ressaltou Rizzo.

Histórico
Em reunião com representantes do ANDES-SN no dia 23 de abril, o Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC) Paulo Speller, formalizou acordo em relação aos três primeiros pontos conceituais da reestruturação da carreira docente, que foram propostos pelo Sindicato Nacional. (Veja aqui)

Os itens, constantes da pauta de reivindicações aprovada no 33º Congresso do Sindicato Nacional e protocolada junto ao MEC, foram indicados pelo Setor das Instituições Federais de Ensino Superior da entidade, por entender que a reestruturação da carreira está diretamente ligada à valorização salarial.

A formalização dos pontos aceitos pelo MEC foi uma exigência do ANDES-SN, para dar seguimento às discussões acerca da reestruturação da carreira e demais pontos da pauta.

Na avaliação Sindicato Nacional, o documento firmado pelo MEC é uma sinalização de que o Executivo de certa forma reconhece que a carreira docente foi desestruturada ao longo dos anos.

Em 21 de maio do ano passado, dia de paralisação nacional dos docentes das Instituições Federais de Ensino (IFE), ocorreria a nova reunião para dar continuidade ao processo de negociação. No entanto, o compromisso foi suspenso por problemas na agenda do secretário da Sesu/MEC.Mesmo assim, naquela data o Sindicato Nacional protocolou documento junto à Sesu/MEC com proposta dos próximos pontos para discussão (leia aqui). Desde então, o ANDES-SN busca a reabertura do diálogo com o Ministério da Educação.

Trabalhadores durante manifestação em frente ao Comperj, em Itaboraí, na semana anterior ao ato na Petrobras foto: Luiz Nabuco/Jornal da Aduff
Trabalhadores da Alumini afirmam que estatal tem responsabilidade e não pode deixar terceirizados sem salários
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
Trabalhadores do Comperj com salários atrasados ou demitidos que não receberam as verbas indenizatórias protestaram em frente à sede da Petrobras, na quinta-feira (22), no Centro do Rio, para exigir que a empresa interfira no caso e assuma responsabilidades nas relações trabalhistas com as empreiteiras terceirizadas.
Cerca de 300 trabalhadores da empresa de engenharia e projetos industriais Alumini participaram da manifestação. Eles saíram nas primeiras horas da manhã de Itaboraí, um dos municípios que abrigam a refinaria e o complexo petroquímico ainda em construção, que reúne mais de 20 mil trabalhadores de diversas empresas.  Uma comissão formada por operários da base e dirigentes sindicais foi recebida pela direção da Petrobras. A audiência foi obtida pela FND (Federação Democrática dos Petroleiros).
Os trabalhadores reivindicaram que a Petrobras pague as dívidas da Alumini com os cerca de 3.500 trabalhadores da empresa no Comperj e depois desconte os valores dos repasses contratuais devidos à empreiteira. “Este tipo de operação poderia ser intermediado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), dando assim garantias à Petrobras”, disse um dos integrantes da comissão que participou da negociação. “A Petrobras não pode fugir de suas responsabilidades, houve no mínimo negligência”, afirmou.
A crise envolvendo a Alumini, uma das empresas citadas na Operação Lava Jato, na qual a Polícia Federal e o Ministério Público Federal investigam a existência de um cartel dentro das obras da Petrobras, é parte de uma crise na qual os trabalhadores terceirizados estão sendo penalizados, embora não tenham participação alguma nos esquemas ilícitos.
Mais manifestações e audiências
Nova audiência em busca de uma solução acontecerá na manhã desta sexta-feira (23), no MTP de Niterói. Na primeira, ocorrida no dia 14 de janeiro, a Alumini não mandou representantes. A empresa está com suas contas bloqueadas pela Justiça por devido a dívidas trabalhistas nas obras da refinaria Abreu de Lima, em Pernambuco. A novidade desta nova reunião é que a Alumini, cujo nome até poucos meses atrás era Alusa, teve o pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça, o que pode alterar a situação das contas bloqueadas.
A direção da Petrobras se comprometeu a voltar a receber a comissão dos trabalhadores na segunda-feira (26), no próprio Comperj, em Itaboraí. A expectativa é que a estatal responda às reivindicações e defina se vai se posicionar ou não diante da crise em curso. Caso não haja uma solução, os trabalhadores cogitam acampar em frente à sede da Petrobras por tempo indeterminado.
Veto prejudica mais aos trabalhadores e ocorre após o governo elevar impostos e sancionar lei que aumenta salários da cúpula dos 3 poderes. Na imagem, o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no momento em que anunciava o aumento de alguns impostos.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
O pacote de medidas que atacam os trabalhadores não para.  A presidente Dilma Rousseff (PT) vetou, na segunda-feira (19), o reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas, aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro. Embora muito aquém do necessário para repor a inflação acumulada nos últimos anos, o índice ao menos reduziria as perdas. Estudo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) sustenta que, sem atualização, a defasagem na tabela do IR pode chegar a 75,43% em 2015.
O veto ocorre seis dias após a presidente Dilma sancionar outro projeto, que concede aumentos para a cúpula dos três poderes – ministros, senadores e deputados, juízes, procuradores e dela própria e do vice-presidente. Dilma e seus 39 ministros vão passar a receber R$ 30.934,70, enquanto os subsídios dos ministros do STF ficam em R$ 33.763, o que desencadeará aumento para toda a magistratura.
Na véspera, o Ministério da Fazenda havia anunciado aumento de alguns impostos. A meta do governo é aumentar a arrecadação e reduzir despesas para elevar o superávit primário, economia de recursos para pagar juros e amortizações das dívidas públicas a credores – em geral banqueiros e especuladores financeiros.
Trabalhadores perdem
Pelas contas da própria Fazenda, o reajuste de 6,5% levaria a uma perda anual de R$ 7 bilhões na arrecadação – o que, vendo-se por outro ângulo, significa que é esse o valor que será retirado basicamente dos salários do conjunto dos trabalhadores em decorrência do veto.
Cogita-se que o governo vá editar medida provisória aplicando índice menor de correção, de 4,5%. O percentual é idêntico ao centro da meta de inflação projetada pelo Branco Central para o ano passado, mas não atingido. Caso isso ocorra, a correção seria bem inferior à inflação oficial em 2014, que ficou em 6,41%. Mas nem isso está assegurado. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, questionado sobre o assunto por jornalistas no dia 13 de janeiro, disse que sobre imposto de renda não sabia o que dizer.
Isenções fiscais
A política de aumento indireto do imposto de renda de pessoas físicas, por meio da não correção dos valores pelo índice inflacionário, contrasta com as progressivas isenções fiscais dadas a empresas de dezenas de setores da economia. A previsão é de que em 2015 só a Previdência Social deixe de arrecadar cerca de R$ 22 bilhões, por conta da desoneração das folhas de pagamento. Essa política vem desobrigando empresas de contribuir com a alíquota de 20% sobre a folha para a Previdência Social, em troca da cobrança de índice menor sobre o faturamento, o que resulta em receitas bem inferiores para a seguridade.
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