Todas as Notícias
Plenária do Congresso do Andes, em Brasília, ocorrida de 23 a 28 de fevereiro  - foto: Andes-SN
Congresso do Andes reafirma importância dos protestos nacionais  contra o pacote de medidas do governo que ataca direitos previdenciários e trabalhistas e corta R$ 7 bilhões só na educação
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho, enviado a Brasília
Docentes de todo país reafirmaram a decisão de participar das manifestações previstas para o dia 6 de março, sexta-feira, contra a Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e toda forma de privatização da saúde. A atividade integra o calendário de mobilização aprovado no 34º Congresso do Andes-SN, o sindicato nacional da categoria. A concentração para o ato no Rio começa às 16 horas, na Praça da Cruz Vermelha.
A data que, inicialmente, teria ato nacional centralizado no Rio de Janeiro, agora contará também com atividades em outros estados. Sem perder o caráter de denúncia da Ebserh, empresa de direito privado criada pelo governo para controlar hospitais públicos, ganhou ainda o perfil de protesto contra o pacote do governo Dilma que ataca direitos trabalhistas (MP 664) e previdenciários (MP 665) e corta recursos dos serviços públicos para fazer superávit primário destinado ao pagamento de juros a credores das dívidas públicas. Dentre os benefícios atacados, está o fim do direito assegurado à pensão vitalícia por morte para cônjuges, que passa a depender de uma tabela variável baseada na sobrevida média calculada pelo IBGE.
Tanto a Ebserh quanto as recentes medidas provisórias foram objetos de muito debate durante os seis dias do 34º Congresso do Andes, em Brasília, da qual a Aduff-SSind participou com delegados e observadores. Os participantes avaliaram que a MP 665 é parte da contrarreforma previdenciária do governo Dilma/PT e combatê-la precisa estar dentre as prioridades imediatas da categoria. “A MP 665 é grave e [também] atinge a nós servidores públicos. É central combater [essa medida], ela faz parte de um conjunto de reformas da Previdência, mas tem suas especificidades”, disse, durante plenária do congresso, o vice-presidente da Aduff-SSind Gustavo Gomes.
As resoluções do congresso reafirmam a luta para impedir que a Ebserh avance e se consolide como modelo de privatização dos hospitais universitários. Os docentes avaliaram que essa batalha ainda está em disputa e que é possível derrotar o projeto do governo.
Destacaram, no entanto, que para isso é necessário investir no combate à privatização nos locais onde a Ebserh foi aprovada mas não implantada, denunciar os resultados nos hospitais já sob o controle privado da empresa e buscar mecanismos para enfrentar a nova investida do governo para tentar emplacá-la: contratos da universidade com a Ebserh que preveem a construção de hospitais que já nascem privatizados ou por meio de unidades estaduais ou municipais de saúde.
Servidores em uma das entradas do Planejamento: a campanha salarial começou - foto Renata Maffezoli/Andes-SN

Protesto nacional em Brasília marca início da campanha unificada e também defende revogação das medidas que atacam direitos previdenciários e trabalhistas
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho, enviado a Brasília
O desafio está lançado. Os servidores públicos federais deram início à campanha salarial unificada em 2015 com um protesto nacional em frente ao Ministério do Planejamento, em Brasília, na manhã da quarta-feira (25). Os docentes das instituições de ensino superior federais e estaduais, que participam do 34º Congresso do sindicato nacional da categoria (Andes-SN), deram uma pausa nos debates para comparecer ao ato. Operários do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), há três meses sem salários e que foram a Brasília para exigir uma solução do governo, estiveram na manifestação e saudaram a unidade da classe trabalhadora em suas lutas.
É a primeira atividade pública do funcionalismo desde que as entidades que integram o fórum nacional do setor firmaram o compromisso de lutar juntos por uma pauta comum. Esta pauta inclui a defesa da data-base, do reajuste linear de 27% referente a perdas salariais, o fim das privatizações e a paridade entre ativos e aposentados, dentre outras demandas. Os manifestantes também defenderam a derrubada das medidas provisórias 664 e 665, que reduzem direitos previdenciários e trabalhistas.
Negociação
Os servidores protocolaram a pauta de reivindicações no ministério, mas não foram recebidos pelo ministro Nelson Barbosa – que convidara, dois dias antes, as entidades para uma mesa de negociação no dia 20 de março. O convite foi visto como resultado já dos primeiros passos da campanha unificada, mas o formato da reunião proposta pelo Planejamento não agradou. Os servidores solicitaram que a data seja antecipada e o teor da reunião, discutido.
Circular enviada às federações assinada pelo secretário de Relações de Trabalho da pasta, Sérgio Mendonça, sugere que a audiência com o ministro seja dividida em dois momentos: o primeiro, de apresentação pelo governo da situação econômica atual; o segundo, de definição de como transcorrerá o processo de negociação. “Eles marcaram a reunião após saberem da [nossa manifestação]. Mas como vão marcar uma reunião que não é em cima da nossa pauta de reivindicações?”, questionou o presidente do Andes-SN, Paulo Rizzo.
Início da mobilização
Os servidores avaliaram positivamente o protesto, que teve o mérito de simbolicamente representar todos os segmentos do funcionalismo. Mas não deixaram de ressaltar a necessidade de um envolvimento crescente da categoria. Participaram do ato cerca de 500 trabalhadores, a maioria docentes, mas também servidores técnico-administrativos das universidades, das instituições federais de ensino médio, do IBGE, do Judiciário Federal e do Ministério Público da União, de ministérios e autarquias, dentre vários outros setores.
Para a servidora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal Elcimara Souza, que esteve no ato, é preciso convencer as bases dos diversos segmentos dos serviços públicos federais da urgência de participar e construir atividades maiores e mais fortes daqui por diante. “Os ataques que estamos sofrendo são generalizados, há a necessidade de unificar todas as categorias”, afirmou.
Professores da UFF participaram
Os professores da Aduff-SSind que estão no congresso participaram do ato e ressaltaram a importância de construir essa unidade. “Cumprimos a primeira tarefa, mas temos que avançar e crescer esse movimento”, disse Elizabeth Vasconcelos Barbosa, secretária-geral da Aduff. Para Juarez Duayer, também dirigente do sindicato, foi o primeiro recado dado ao governo de Dilma Rousseff (PT), que já resultou na marcação da reunião de negociação, mas ainda “é preciso aprofundar a unidade” e trazer mais entidades dos servidores públicos federais para a campanha que, não tem dúvidas, será dura. “Temos que fazer [a unificação na luta] que o Andes sempre defendeu, já tivemos vitórias importantes articulados com os servidores federais”, observou. “Para o início [de campanha], quando você ainda está preparando, dá uma boa perspectiva para 2015, mas precisa acontecer”, disse.

Fonte: ANDES-SN

A primeira plenária do 34º Congresso do ANDES-SN, com o tema Movimento Docente, Conjuntura e Centralidade da Luta, gerou um longo e proveitoso debate entre os delegados e observadores presentes em Brasília (DF), nesta segunda-feira (23), primeiro dia do encontro.

Após cinco horas de debate, o congresso deliberou que a centralidade da luta para 2015 será “avançar na organização dos docentes e na unidade com movimentos e entidades classistas nacionais e internacionais para enfrentar a mercantilização da educação, e intensificar a luta pela valorização do magistério, combatendo as políticas neoliberais e defender intransigentemente os direitos dos trabalhadores”.

O debate foi iniciado com a apresentação de nove textos do Caderno de Textos sobre o tema, que foram apresentados pelos autores, em falas de cinco minutos. Depois, a discussão foi aberta para inscrições da plenária.

O presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo, ressaltou em sua fala que há 20 anos, em 1995, o Sindicato Nacional também realizou seu congresso na capital federal – culminando as discussões daquele ano em um grande ato no Senado em defesa da educação pública – e que nesse ano haverá o ato dos servidores públicos federais na quarta-feira (25), na Esplanada dos Ministérios para lançar a Campanha Salarial Unificada dos SPF.

As intervenções, de acordo com deliberação da plenária, foram sorteadas para poder contemplar todas as posições políticas em debate. Entre os assuntos debatidos estiveram a crise econômica e política, a situação política internacional, com destaque para a Grécia, a precarização das condições de trabalho, os ajustes fiscais operados pelo governo recém-eleito e as estruturas sindicais.

Maria Regina Moreira, 1ª vice-presidente da Regional Nordeste II do ANDES-SN e responsável por coordenar a mesa da plenária do tema 1 do congresso, avaliou positivamente os resultados do debate e as mudanças de metodologia da plenária. “A plenária foi muito importante porque a conjuntura e a centralidade da luta são fundamentais para os debates dos planos de lutas, que serão realizados nos próximos dias. A mudança de metodologia propiciou uma maior discussão e síntese entre as propostas apresentadas”, avaliou a diretora do Sindicato Nacional.

O 34º Congresso do ANDES-SN já conta com, até o momento, 342 delegados, 62 observadores, 5 convidados, 33 diretores e 72 seções sindicais presentes.

Trabalhadores da Comperj saúdam congresso

Durante o debate, sob a canção “ô Dilma, cadê você, eu vim aqui pra receber”, entraram no congresso os trabalhadores terceirizados demitidos do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que foram ovacionados pelos docentes devido à sua grande luta para receber seus salários e direitos trabalhistas, não pagos nos últimos três meses. Os trabalhadores acamparão em Brasília para exigir seus direitos da Petrobras e do governo federal.

Patrícia Borges de Barros, soldadora da Comperj, ressalta as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores, que foram demitidos sem quaisquer direitos, e têm enfrentando dificuldades para sustentar suas famílias. “Está muito difícil para a gente, mas temos recebido ajuda de várias entidades e sindicatos, inclusive para conseguirmos ir aos atos”, diz. Patrícia ressalta que a Petrobras tem de ser responsabilizada pelos direitos dos seus trabalhadores terceirizados, mas sabe que isso só será conquistado por luta. “A gente veio disposto a tudo, podemos ficar um mês, dois meses, mas vamos lutar a até o fim por nossos direitos, porque trabalhamos para isso”, conclui.

Serviço
34º Congresso do ANDES-SN
Tema: Manutenção e Ampliação dos direitos dos trabalhadores: avançar na organização dos docentes e enfrentar a mercantilização da educação
Data: 23 a 28 de fevereiro de 2015
Local: ParlaMundi da Legião da Boa Vontade (LBV)
Endereço: SGAS 915 Sul, Lote 714, Asa Sul, Brasília – DF

* Greve no Paraná envolve professores e outras categorias (foto: Associação dos Professores do Paraná-APP Sindicato)

Atos dos federais, em Brasília, e dos estaduais, no Paraná, enfrentam governos distintos – um é PT, outro PSDB – mas políticas parecidas de ataque a direitos

Da Redação da Aduff
Por Hélcio Lourenço Filho, enviado a Brasília
Quem governa no Sul é o PSDB do senador Aécio Neves, derrotado na eleição presidencial. Na capital federal, no Centro-Oeste do país, quem manda é o PT e aliados como o PMDB, respectivamente da presidente Dilma Rousseff, reeleita em outubro, e do vice Michel Temer. As siglas partidárias mudam, mas os objetivos das duas manifestações que transcorrem nesta quarta-feira (25) têm iguais objetivos: combater os pacotes fiscais neoliberais que atacam direitos trabalhistas e previdenciários e impõem uma política de arrocho salarial. Ambos ‘pacotes’ têm como justificativa cortar gastos para economizar e pagar juros das dívidas públicas.
No Paraná, a luta dos servidores estaduais contra as medidas de ‘ajuste fiscal’ do governo de Beto Richa (PSDB), que metem a mão nos recursos da Previdência dos servidores e atacam os planos de carreiras da categoria, terá uma grande manifestação no centro de Curitiba em defesa da educação e dos serviços públicos. A expectativa é de que milhares de pessoas tomem as ruas. A 1.380 quilômetros dali, no Planalto Central, servidores federais que se deslocaram de todas as regiões do país fazem outro ato que também traz na pauta a revogação medidas que reduzem o direito à pensão por morte, privatizam a Perícia Médica do INSS e excluem milhões de brasileiros do direito ao seguro-desemprego e ao abono salarial anual.
Os dois movimentos estão em momentos distintos, é bom que se diga. Em Brasília, as 28 entidades nacionais do funcionalismo mais três centrais sindicais (CSP-Conlutas, CTB e CUT) promovem o ato que lançará a campanha salarial unificada do setor em 2015. Os federais decidiram defender juntos uma pauta de reivindicações que cobra o respeito à data-base, a reposição de perdas e uma política salarial permanente. Mas também exige a revogação das medidas provisórias 664 e 665, que atacam direitos previdenciários e trabalhistas históricos.
Já os servidores estaduais do ensino fundamental e médio, das universidades e do Detran do Paraná protagonizam uma greve que ganhou destaque nacional ao ocupar a Assembleia Legislativa e impedir que os parlamentares votassem o pacote de medidas do governador. A ação levou a cenas que entrarão para a história das lutas sociais do país, como a dos deputados entrando em um camburão para chegar ao parlamento.
O movimento paranaense conta ainda com a participação de servidores da saúde, da Justiça estadual e de outros setores que ainda não estão em greve, mas participam e apoiam as mobilizações. E já se tornou referência nacional do funcionalismo para enfrentar medidas que, nas palavras do ministro da Fazenda da presidente Dilma Rousseff, Joaquim Levy, ditas em entrevista ao “Estado de São Paulo”, são só o começo de muitas outras que, segundo ele, farão o “país voltar a crescer”.
Combate à privatização une educação e saúde, disse diretor da Aduff-SSind, que representou a Frente Nacional Contra a Privatização na abertura do 34º Congresso do Andes-SN
Da Redação da Aduff
Por Hélcio Lourenço Filho, enviado a Brasília
Os docentes têm papel fundamental na luta contra a privatização dos hospitais, objetivo que une os servidores da educação e da saúde, afirmou o vice-presidente da Aduff-SSind, Gustavo Gomes, que integrou a mesa de abertura do 34º Congresso do Andes, que ocorre de 23 a 28 de fevereiro, em Brasília. Ele representou a Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, movimento que participa da convocação do ato nacional contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que ocorrerá no dia 6 de março, no Rio de Janeiro.
“O Andes tem um papel protagonista contra a Ebserh, que ataca a autonomia e quebra o Regime Jurídico Único”, disse. “Estamos enfrentando um momento de ataques ao Sistema Único de Saúde, ataques à concepção de que a saúde é um direito e não uma mercadoria”, ressaltou, referindo-se à concepção incorporada pela Constituição Federal de 1988 por força dos movimentos populares.
O professor da Aduff também destacou dois recentes ataques à saúde pública: a aprovação da Lei 13.097/2015, que abre caminho para a entrada de empresas estrangeiras no controle de hospitais e clínicas privadas. Sancionada pela presidente Dilma este ano, a nova lei já está em vigor e altera legislação anterior que restringia a atuação do capital estrangeiro, embora o permitisse nos planos de saúde, seguradoras, farmácias e laboratórios.
O servidor observou ainda outro ataque à saúde na aprovação pelo Congresso Nacional da emenda constitucional que institui o orçamento impositivo – na qual, de contrabando, acabou sendo incluído dispositivo que reduz o orçamento da saúde.
À reportagem, o representante da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde também destacou a importância de a categoria participar do ato nacional contra a Ebserh e todas as formas de privatização dos hospitais públicos, no do dia 6, primeira sexta-feira do mês, no Rio de Janeiro. “É um dos primeiros atos mais amplos de repúdio à Ebserh e é simbólico que isso aconteça no Rio, onde conseguimos barrar a entrada desta empresa nos hospitais universitários”, disse.
Será a primeira manifestação específica em oposição à Ebserh que unirá servidores da educação, nos quais os hospitais universitários são os alvos do governo, e servidores dos hospitais federais geridos pelo Ministério da Saúde, também sob ameaça de privatização. O protesto deverá contar ainda com servidores da saúde das esferas estadual e municipais, movimentos sociais e todos que queiram aderir à luta em defesa dos serviços públicos.
O protesto foi incorporado ao calendário de mobilização do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Federais e está sendo puxado pelo sindicato nacional (Andes-SN), pela Fasubra (federação dos técnico-administrativos), CSP-Conlutas e uma série de outras entidades.
Servidores durante a reunião nacional, em Brasília, que aprovou o calendário de lutas unificado - foto: Renata Andes -SN
Professores da UFF da delegação da Aduff-SSind vão participar do ato, que contestará ajuste fiscal do governo contra direitos trabalhistas e previdenciários
Da Redação da Aduff
Por Hélcio Lourenço Filho, enviado a Brasília
O 34ª Congresso do Andes-SN terá uma pausa na manhã de quarta-feira (25): os docentes vão suspender os debates por algumas horas para participar do lançamento da campanha salarial nacional e conjunta dos servidores federais. A manifestação ocorrerá em frente ao bloco K do Ministério do Planejamento, em Brasília, a partir das 9 horas, e deverá reunir representações dos diversos segmentos do funcionalismo federal de quase todos os estados do país.
As medidas do ajuste fiscal de perfil neoliberal adotadas pelo governo Dilma Rousseff (PT) que cortam direitos trabalhistas e previdenciários serão contestadas. Os servidores querem a revogação das medidas provisórias 664 e 665, que restringem os valores e o direito à pensão vitalícia por morte, abrem caminho para privatização da Perícia Médica do INSS e tornam mais difícil o acesso ao seguro-desemprego para os trabalhadores do setor privado.
O ato desta quarta terá um componente simbólico para os servidores: será a primeira atividade de rua conjunta desde que as entidades sindicais nacionais que compõem o fórum que organiza a mobilização firmaram o compromisso de defender juntas uma pauta de reivindicações comum e enfrentar os ataques do governo ao setor. O Fórum dos Federais é formado por 28 entidades nacionais e três centrais sindicais (CSP-Conlutas, CUT e CTB).
Nos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro últimos, o fórum reuniu quase 400 servidores de todo o país em Brasília para debater a necessidade de construir uma campanha conjunta. O Andes-SN participou e ajudou a organizar o evento, que firmou posição em torno da pauta de reivindicações conjunta, que inclui demandas como reajuste linear de 27,5%, fixação da data-base em maio, instituição de uma política salarial permanente e paridade entre ativos e aposentados.
A unidade é ainda mais relevante e delicada quando se observa que, dentre as entidades que integram o fórum, há algumas dirigidas por sindicalistas que apoiaram a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e defendem o atual governo, caso da Condsef, que reúne servidores dos ministérios e autarquias, e da CUT.
Ao longo dos debates que marcaram a construção da luta conjunta, não foram poucas as referências à greve de 2012, que após quase uma década voltou a unir todo o funcionalismo federal numa mesma campanha. A intenção é reeditar aquela mobilização e, se o governo não recuar e negociar, construir as condições para um novo movimento paredista. O protesto desta quarta-feira será mais um passo nessa direção.
Docentes da UFF, eleitos na assembleia realizada pela Aduff, participam, de 23 a 28 de fevereiro, do 34ºCongresso do Andes-SN em Brasília
Da Redação da Aduff
Por Hélcio Lourenço Filho, enviado a Brasília
O 34o Congresso Nacional do Andes-SN que ocorrerá da segunda (23) a sexta-feira (28), em Brasília, terá a participação de 11 delegados e observadores da Aduff-SSind. O fórum máximo de deliberação dos docentes das instituições de ensino superior transcorrerá ao longo de cinco dias tendo como principal desafio preparar a categoria para defender a educação pública e direitos trabalhistas e previdenciários, que sofreram novos ataques decorrentes do 'ajuste fiscal' de caráter neoliberal lançado pelo governo federal, e já reproduzido em muitos estados, logo no início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT).
O congresso ocorre menos de dois meses após o governo federal, que agora tem como lema "Brasil, Pátria Educadora", anunciar o corte de R$ 7 bilhões no orçamento da educação. Na quarta-feira (25), haverá uma pausa pela manhã nos debates para que os participantes possam ir ao ato de lançamento da campanha salarial unificada dos servidores públicos federais. Convocada por 28 entidades sindicais nacionais do funcionalismo e três centrais sindicais (CSP-Conlutas, CUT e CTB), reunidas no mesmo fórum que organizou a greve unificada de 2012, a manifestação ocorrerá em frente ao Ministério do Planejamento (Bloco K), a partir das 9 horas.
Sob o mote “Manutenção e Ampliação dos direitos dos trabalhadores: avançar na organização dos docentes e enfrentar a mercantilização da educação”, mais de 500 representantes das seções sindicais do Andes-SN devem se debruçar sobre temas que vão da luta para derrubar as medidas provisórias que reduzem direitos previdenciários e trabalhistas (MP 664 e 665) à campanha contra a privatização dos hospitais universitários, passando pelos fundos de pensão privados para servidores federais e estaduais e pelo modelo de educação pública que a categoria defende, dentre outros assuntos.
A delegação da Aduff-SSind, eleita em assembleia do dia 11 de dezembro passado, é composta pelos seguintes delegados: Renata Rodrigues Vereza, delegada da diretoria, e Eblin Joseph Farage, Juarez Torres Duayer, Gustavo França Gomes, Elizabeth Carla Vasconcelos Barbosa, Isabella Vitória Castilho Pimentel Pedroso, Wanderson Fábio de Melo, Edson Teixeira da Silva Junior, Sonia Lúcio Rodrigues de Lima, Ana Lívia Adriano, Francine Helfreich Coutinho dos Santos e Paulo Cruz Terra. Os suplentes e os observadores eleitos são: José Rafael Bokehi, José Luiz Alcântara Filho, Felipe Brito, Sérgio Ricardo Aboud Dutra, Verônica da Silva Fernandez, Arley Jose Silva da Costa, Ângela Siqueira, Dora Henrique da Costa e Elza Dely Veloso Macedo.
*Colaborou a jornalista Aline Pereira; com dados da imprensa do Andes-SN.

A poucos dias do 34° Congresso do ANDES-SN, que será realizado em Brasília entre os dias 23 e 28 de fevereiro, as Associações Docentes (AD’s) do Rio de Janeiro se reuniram nesta quarta, 11, na sede da ADUFF, para socializar os debates feitos nos seminários internos e apresentar, de maneira sucinta, os textos de resoluções e conjuntura elaborados por cada sindicato. No encontro, organizado pela regional do ANDES no Rio de Janeiro, estavam presentes diretores da Aduff, Adufrj, Adunirio e Asduerj.

“A reunião pré-Congresso tem como objetivo manter a articulação entre as AD’s do Rio, estabelecendo o diálogo que fortalece a mobilização para o Congresso e a unidade para realizar as ações que serão tiradas lá”, ressalta a presidente da Adunirio, Viviane Narvaes.

Quarta, 11 February 2015 14:41

Expediente da Aduff-SSind nos próximos dias

Na próxima sexta-feira (13), a Aduff-SSind encerrará suas atividades às 13h.

Não haverá expediente nos período de 16 a 20 de fevereiro.

Retornaremos ao horário normal de atendimento na segunda, dia 23.

Bom Carnaval!

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira

A Aduff-SSind estará representada no 34º Congresso do ANDES-SN, que acontece em Brasília, entre os dias 23 e 28 de fevereiro de 2015, com o tema “Manutenção e Ampliação dos direitos dos trabalhadores: avançar na organização dos docentes e enfrentar a mercantilização da educação”. O evento é a instância máxima deliberativa do Sindicato Nacional, reunindo representantes de seções sindicais de todo o país. É momento importante para aprofundar o debate sobre os rumos da conjuntura política e seu impacto para o futuro da educação brasileira, bem como para deliberar as principais ações que estarão em curso neste ano, conforme as especificidades das instituições federais, estaduais, municipais e particulares, todas da base do ANDES-SN. Também estará em pauta o contingenciamento de verbas nas universidades, após o anúncio do corte de R$ 7 bilhões no orçamento do Ministério da Educação.

A delegação da Aduff-SSind foi eleita em assembleia do dia 11 de dezembro passado. A presidente do sindicato, Renata Rodrigues Vereza, participará como delegada da diretoria. Os outros delegados são: Eblin Joseph Farage, Juarez Torres Duayer, Gustavo França Gomes, Elizabeth Carla Vasconcelos Barbosa, Isabella Vitória Castilho Pimentel Pedroso, Wanderson Fábio de Melo, Edson Teixeira da Silva Junior, Sonia Lúcio Rodrigues de Lima, Ana Lívia Adriano, Francine Helfreich Coutinho dos Santos e Paulo Cruz Terra. Os suplentes e os observadores eleitos são: José Rafael Bokehi, José Luiz Alcântara Filho, Felipe Brito, Sérgio Ricardo Aboud Dutra, Verônica da Silva Fernandez, Arley Jose Silva da Costa, Ângela Siqueira, Dora Henrique da Costa e Elza Dely Veloso Macedo. Todos participaram de um seminário interno preparatório, em caráter deliberativo, que aconteceu na Aduff-SSind nos dias 9 e 10 de fevereiro. No dia 11, a Aduff-SSind também sediou um encontro pré-congresso, desta vez contando com a presença de representantes das outras seções sindicais do Rio de Janeiro.

Caderno de textos e anexo: subsídios para o debate

O Caderno de Texto do 34º Congresso do ANDES-SN, contendo discussões e formulações da categoria para subsidiar os debates, foi divulgado pela Direção do Sindicato Nacional. A Diretoria da Aduff-SSind também enviou contribuições às discussões e participa com o texto “As possibilidades e os desafios das lutas pela educação pública – alguns indicativos para o desvelo da contemporaneidade”. Ele será apresentado na plenária intitulada “Movimento Docente, Conjuntura e Centralidade da Luta”.

Outras colaborações encaminhadas à sede do ANDES-SN foram incorporadas ao Anexo do Caderno de Textos. A Aduff-SSind participa com a análise “A contrarreforma da previdência do governo Dilma Rousseff”. Docentes filiados à seção sindical assinam, em conjunto com professores de outras IES, o texto “Apoio financeiro ao casarão da luta e ao sistema de formação política do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)”.

O material estará disponível aos participantes do 34º Congresso no local do evento e aos demais interessados na página do Sindicato Nacional. Acesse: www.andes.org.br

DA REDAÇÃO DA ADUFF

A audiência pública para discutir o projeto de lei (006/14) sobre a Criação da Fundação Estatal de Saúde, que aconteceria hoje (5/2), às 18h, no plenário da Câmara Municipal de Niterói foi SUSPENSA, porque a cidade entrou em estágio de atenção, devido à possibilidade de chuva forte. Próxima audiência acontece dia 26/02, às 20h.

A atividade é uma iniciativa da Comissão Permanente de Saúde e Bem Estar Social, presidida pelo vereador Paulo Eduardo Gomes (Psol). Integra o calendário de ações do Comitê contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh para o primeiro trimestre de 2015, definido em reunião do dia 14 de janeiro na sede da Aduff-SSind. O Comitê é composto por estudantes, professores e técnico-administrativos da UFF e defende a participação nesta audiência por entender que é mais uma forma de se posicionar contra a possibilidade de privatização do Hospital Universitário Antônio Pedro – HUAP.

A Aduff-SSind convida a todos para se engajarem na luta pela Universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.

Servidores abordam deputados na Câmara, na segunda-feira (2) - foto Andes-SN

Representantes do funcionalismo entregam carta pelo arquivamento de projetos contrários aos trabalhadores. Andes-SN participou

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho
Servidores públicos federais entregaram carta aos parlamentares, na segunda-feira (2), que reivindica o arquivamento de projetos de leis contrários aos interesses dos trabalhadores e a revogação das medidas provisórias que cortam direitos trabalhistas e previdenciários. As MPs 664 e 665, de 30 de dezembro de 2014, têm que ser apreciadas pelos parlamentares até o final de abril, caso contrário caducam e deixam de vigorar. Elas também abrem caminho para privatização da Perícia Médica do INSS.
O ato ocorreu na abertura dos trabalhos legislativos deste ano. Os deputados e senadores assumiram seus mandatos no domingo (1º), quando elegeram o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para presidência da Câmara e reconduziram o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para presidir o Senado.
Fim da taxação previdenciária
Representando entidades nacionais do funcionalismo que integram o Fórum dos Servidores Públicos Federais, os trabalhadores cobraram ainda que propostas que contemplam antigas reivindicações, como o fim da taxação previdenciária (PEC 555) e do fator previdenciário (PL 3299/2008), sejam pautadas. Os servidores formaram um ‘corredor’, onde abordavam dezenas de deputados federais nos corredores da Câmara dos Deputados.
A atividade aconteceu no dia seguinte à reunião ampliada nacional do funcionalismo, que firmou as bases para uma campanha salarial conjunta e para construção de possível greve unificada, caso o governo não recue nas medidas que vem tomando e no desrespeito à data-base do funcionalismo. A reunião dos servidores ocorreu no hotel Brasília Imperial, na capital federal, e reuniu cerca de 400 representantes da categoria de todas as regiões do país. Representantes do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) participaram da atividade.
Página 156 de 208