Abr
16
2024

Cortes no orçamento tornam a universidade mais excludente, diz Robson Calça, professor da UFF

Em depoimento para a série "Por que é preciso construir a greve também na UFF", o professor da Faculdade de Educação afirma que é preciso ser consequente com a ideia amplamente defendida de que a universidade não pode ser excludente:  isso é impraticável, afirma, numa instituição sem recursos.  Assembleia no dia 18, na UFF, decidirá sobre a construção e deflagração da greve docente na universidade.

O professor Robson Calça, na Roda de Conversa no Gragoatá (Faculdade de Educação, na paralisação do dia 15 O professor Robson Calça, na Roda de Conversa no Gragoatá (Faculdade de Educação, na paralisação do dia 15 / Luiz Fernando Nabuco/Aduff

O professor Robson Calça afirma, neste vídeo, que a falta de recursos, os cortes orçamentários, afetam não só as condições de trabalho e de estudo, além de reduzir o valor real dos salários, como tornam a universidade pública mais excludente. 

"Nós queremos uma universidade que não seja excludente. Isso está na retórica de todo mundo, mas a gente precisa dar consequência prática para isso: uma universidade com corte orçamentário, com falta de recursos, é uma universidade mais excludente. É uma universidade sem permanência estudantil, é mais racista, [pois] expulsa primeiro os estudantes negros, os estudantes pobres; ela é mais capacitista, não tem políticas de inclusão; e ela não exerce a sua função social, ela não tem recursos para extensão, não tem recursos para pesquisa", disse, em declaração à reportagem da Aduff-SSind, para mais um vídeo da série "Por que é preciso construir a greve docente também na UFF". 

A iniciativa atende às deliberações das duas últimas assembleias gerais da categoria docente na UFF, que aprovaram a construção da greve nacional na universidade, seguindo o indicativo aprovado no Congresso do Andes-Sindicato Nacional.

"Nós estamos aqui para defender a educação pública, laica e socialmente referenciada e é através da luta que a gente consegue isso. Vamos para luta, companheiros", finalizou.

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Assembleia e a greve nacional

Docentes das universidades e institutos de ensino superior que integram a base do Andes-SN iniciaram a greve nacional por tempo indeterminado na segunda-feira (15).

Na Universidade Federal Fluminense, a categoria decidiu, em assembleia, não iniciar já a greve, parar por 24 horas no dia 15, mobilização que teve atividades nos campi, e seguir construindo o movimento paredista. 

A Direção da Aduff-SSind convocou para esta quinta-feira (18), a partir das 14h30min, assembleia geral, descentralizada e simultânea, para decidir sobre os próximos passos da construção e deflagração da greve. Haverá mesas instaladas para coordenar a assembleia em Niterói (Quadra do Coluni) e nos campi fora da sede. 

Abaixo, os locais da assembleia
Niterói - quadra do Coluni (Colégio Universitário Geraldo Reis) 
Angra - Auditório do IEAR
Campos - Auditório
Friburgo - Auditório ISNF
Pádua - Auditório INFES
Rio das Ostras - Auditório ICT
Volta Redonda - Sala Multimídia 303B

Da Redação da Aduff
Por Hélcio Lourenço Filho

O professor Robson Calça, na Roda de Conversa no Gragoatá (Faculdade de Educação, na paralisação do dia 15 O professor Robson Calça, na Roda de Conversa no Gragoatá (Faculdade de Educação, na paralisação do dia 15 / Luiz Fernando Nabuco/Aduff