Abr
03
2020

Contracheques de março vieram com cortes na Retribuição por Titulação (RT) de docentes aposentados da UFF

Aduff-SSind está acompanhando o caso de perto e em contato com Reitoria da UFF para garantir direito dos docentes à RT

Após a avaliação de diversos contracheques, a Aduff-SSind concluiu que os grandes cortes sem razão aparente relatados por docentes da UFF no início desta semana eram devido ao corte na Retribuição por Titulação (RT) de professores aposentados. Os descontos dos professores da ativa ou eram questões muito específicas, ou devido ao aumento do confisco salarial, resultado da Reforma da Previdência. Ainda não se sabe quantos aposentados foram afetados pelo corte na RT e quais critérios foram utilizados. 

A Aduff-SSind entrou em contato com a Reitoria da Universidade Federal Fluminense, que garantiu que os cortes foram “sistêmicos e unilaterais” e que partiram do governo, e não de dentro da UFF. De acordo com a Administração da Universidade, a reitoria só teve ciência do caso quando começou a receber ligação dos professores e já está em contato com Brasília para compreender e contornar a situação o mais rápido possível.

No entanto, aposentados que tiveram sua RT cortada e escreveram para o Divisão de Pagamento de Aposentados e Pensionistas (DAP) receberam como resposta que os cortes se devem à ausência de titulação cadastrada no Sistema Siape e que para que a rubrica possa ser estabelecida será necessário enviar uma cópia do diploma referente à RT, conforme comunicados 561905, 561897 e 561584, expedidos pelo Ministério da Economia.

A Aduff-SSind está acompanhando o caso de perto, em contato com a Reitoria da UFF e com sua assessoria jurídica. “A Aduff está empenhada  em resolver a situação. Se a RT não for paga rapidamente a gente vai para a justiça para garantir o direito desses professores de receberem a RT. Não houve notificação prévia e são diplomas obtidos há muitos anos. O acesso a eles pode não ser fácil, e tal medida em tempo de quarentena, afetando o grupo de maior risco nesta pandemia, é inadmissível, desumano”, destaca a presidente da Aduff-SSind, Marina Tedesco.

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