Ago
06
2016

Nota de Repúdio da Diretoria da ADUFF ao artigo da revista 'Veja'

No último dia 27/07, a revista VEJA publicou artigo assinado por Claudio de Moura Castro, atual presidente do Conselho Consultivo da rede Pitágoras de ensino privado, com o retórico título “Professor ganha mal?”, em que é destilada toda sorte de ataques à classe docente, em especial do ensino público, e, por extensão, ao direito de o povo brasileiro ter acesso à educação pública, gratuita e de qualidade.

No texto, há um ataque direto à aposentadoria especial, às férias de 45 dias, à licença-prêmio – licença esta a que os professores das IFES desde o governo FHC já não têm mais direito, dentre outros.

O texto constitucional de 1988, a chamada Constituição Cidadã, garantiu estes direitos aos professores e às professoras por pressão da sociedade organizada e pelo reconhecimento da importância do papel do professor na formação de uma sociedade realmente democrática. Não se trata de nenhuma regalia! No mesmo sentido, há o período de férias, que é de 30 dias, como para qualquer outro trabalhador, acrescidos de 15 dias, entre os semestres, como forma de recesso escolar, importante do ponto de vista pedagógico, inclusive.

A fala de Claudio Castro vem como apoio ao movimento do governo interino-ilegítimo de retirar direitos da classe trabalhadora, por meio da PLP 257/2016; reduzir os deveres constitucionais do Estado na prestação dos serviços públicos via PEC 241/2016, além de privatizar os serviços, como pretende a Medida Provisória 727/2016, de 12/05/16, data em que Temer assumiu internamente a presidência da República.

Repudiamos o texto de Claudio de Moura castro por entendermos que seu texto forma opiniões equivocadas e distorcidas sobre a realidade das milhões de salas de aula e de professores e professoras, profissionais de suma importância para construirmos um Brasil mais justo, consciente, e igualitário.

Diretoria ADUFF-SSind: Democracia e Luta (2016-2018)