Ago
04
2016

Diretoria da Aduff leva demandas ao reitor, que se compromete a colaborar e atender aposentados e EBTT

Reunião com reitor tratou de temas relacionados à ação judicial do FGTS e progressão; Sidney restabelecerá diálogo sobre pauta interna com seção sindical

DA REITORIA DA ADUFF
Por Aline Pereira
Foto: Zulmair Rocha

A diretoria da Aduff-SSind e da Associação dos Professores Inativos da Universidade Federal Fluminense – Aspi-UFF estiveram reunidas com o reitor da UFF, Sidney Mello, na presença do assessor jurídico da seção sindical, Carlos Boechat, para tratar de assuntos de interesse docente, como ação já vitoriosa movida pela Aduff; a progressão na carreira; e demandas relacionadas à pauta interna da categoria, na manhã dessa terça (2).

A diretoria da seção sindical solicitou que a administração central da UFF viabilize a documentação necessária para contatar os docentes celetistas – contratados pela universidade antes de 21 de setembro de 1971, em Regime de Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, com o respectivo número do Programa de Integração Social – PIS. O objetivo é alertar esse grupo de professores sobre ação judicial movida contra a Caixa Econômica Federal, relativa à correção dos valores do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.

“A Aduff já obteve ganho de causa nessa ação, mas há dificuldade na execução porque tem que se localizar os professores que têm direito à correção de um percentual do FGTS que não foi aplicado na década de 1970”, disse Gustavo Gomes, presidente da seção sindical sobre o pedido à administração central, que também foi feito por meio de ofício protocolado e endereçado ao pró-reitor de Pessoal, Tulio Franco, e à diretora do Departamento de Pessoal da UFF, Jovina de Barros Bruno.

De acordo com o advogado, Carlos Boechat, a ação não é contra a UFF; é contra a Caixa Econômica Federal e diz respeito aos juros progressivos do FGTS, um direito que os trabalhadores tinham até 1971 – uma faixa hoje basicamente de aposentados. Ele explica que, assim que esses dados forem fornecidos pela UFF, a Aduff-SSind contatará os docentes beneficiados, informando os procedimentos a serem adotados. Nesse momento, não há necessidade de comparecer a seção sindical para tratar especificamente desta questão.

Segundo o reitor Sidney Mello, a universidade vai trabalhar junto com a seção sindical para identificar quem são os docentes contemplados pelos termos da ação. “Essa é uma tarefa que vamos encaminhar ao nosso setor de pessoal”, disse. “Faremos o que for possível para beneficiar o pessoal da casa”, complementou.

Progressão na carreira

Os dirigentes sindicais também alertaram para a demora no cumprimento das progressões dos docentes pertencentes à Carreira do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) – a maioria do Colégio Técnico da UFF (Coluni), que fazem jus ao enquadramento por meio do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), atrasados desde março de 2013; e ainda dos professores que ascenderam na carreira como titulares. “Temos a informação que o setor que faz o cálculo para incluir os atrasados está sobrecarregado”, alertou o assessor jurídico da Aduff, Carlos Boechat. O reitor disse que será feita força-tarefa para garantir celeridade a essa questão.

Pauta interna

Os professores Gustavo Gomes e Gelta Xavier cobraram o restabelecimento do diálogo e da negociação em torno da extensa pauta interna dos docentes da UFF com a reitoria.

O reitor se comprometeu em novamente reiniciar as negociações com a ADUFF, mas responsabilizou a falta de verbas por parte dos problemas vivenciados pela universidade. “Nosso gargalo histórico é a forma como colocam recursos na Educação e na Saúde”,  falou Sidney ao salientar sua condição de gestor,  alegando que não estabelecerá diálogo se não houver “ambiência amistosa”.

Participaram

Pela direção da Aduff-Ssind estiveram os docentes Gustavo Gomes, presidente; Gelta Xavier, 1ª vice-presidente; Juarez Duayer, 2º vice-presidente; e Elza Dely Macedo; da diretora acadêmica da Aduff-Ssind e 2ª Secretária da Regional Rio de Janeiro do Andes-SN. Pela administração central da UFF, participaram o reitor Sidney Mello; o vice-reitor Antônio Cláudio da Nóbrega; e o chefe de gabinete, Alberto Di Sabbato. Os docentes Aidyl de Carvalho Preis, Acyr de Paula Lobo e Jurésia de Souza representaram a Associação dos Professores Inativos da Universidade Federal Fluminense – Aspi-UFF.