Jul
28
2016

Divisórias não resistem ao vento e caem na UFF da Praia Vermelha

Qualidade de obras realizadas na expansão do Reuni são questionadas
As divisórias da sala 402 do bloco H, no campus da UFF na Praia Vermelha, não resistiram ao vento e caíram, na quarta-feira (27), enquanto um professor aplicava prova. A edificação, inaugurada em 2012 como uma das Unidades Funcionais de Sala de Aula (Ufasa), possui 26 salas, quatro delas multimídia, e foi inaugurada durante a gestão de Roberto Salles, como resultado do processo de expansão da UFF.
Coincidentemente, no mesmo dia 27, Salles enaltecia sua própria gestão, durante a sessão do Conselho Universitário da UFF, ao dizer que construíra, ao longo de seu mandado como reitor da instituição, área equivalente a “um Maracanã e meio”, com custo menor do que o do estádio, para atender ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
Salles se dizia indignado com as críticas feitas por reportagem de ‘O Globo Niterói’, no último final de semana, que apontavam, por meio de dados obtidos no Portal Transparência, a má aplicação de recursos para a realização dessas obras. De acordo com a publicação, a UFF tornou-se uma ‘fábrica de esqueletos’, com obras de qualidade duvidosas ou ainda inacabadas, como acontece com os prédios do Instituto de Arte e Comunicação Social (Iacs), no Gragoatá; o de Farmácia e o de Química, na Praia Vermelha; e o de Campos, no Norte Fluminense.