Reunidos na principal instância deliberativa da categoria, as e os docentes da UFF deliberaram, por ampla maioria, pela aprovação do indicativo de greve docente no 1° semestre de 2024.
Foi ratificada na assembleia a resolução aprovada no 42° Congresso do Andes-SN, realizado no final de fevereiro, em Fortaleza (CE) de “dar continuidade ao trabalho de unidade de ação com os(as) demais servidores(as) públicos(as) federais, visando fortalecer as Campanhas Salariais de 2024 e 2025, intensificando a mobilização de base, na construção de greve do Andes-SN e do setor da educação no primeiro semestre de 2024, tendo como horizonte a construção de uma greve unificada no funcionalismo público federal em 2024”.
Foram 126 votos a favor do indicativo de greve, 3 contrários e 8 abstenções. Realizada de forma descentralizada e simultânea na tarde de quinta-feira (21), a 1° assembleia geral realizada neste formato, na Aduff, contou com uma mesa central em Niterói e com 5 mesas distribuídas pelos campi fora da sede (Angra dos Reis, Campos dos Goytacazes, Friburgo, Volta Redonda, Rio das Ostras).
Durante os debates, a mesa garantiu paridade nas inscrições para todos os campi.
Na assembleia, as e os docentes avaliaram a conjuntura e o processo de negociação com o governo federal, que após um ano de tratativas, não avançou nem nas pautas econômicas, com sinalização de reajuste zero em 2024 para os servidores públicos federais, nem nas não econômicas, como na luta contra as intervenções que permanecem em mais de 10 reitorias de universidades federais.
No espaço, ainda frisaram a importância de construir um movimento unificado em defesa da recomposição orçamentária para as universidades, em conjunto com estudantes, técnicos-administrativos (que deflagram greve no dia 11 de março) e com o conjunto da Educação.
A avaliação que prevaleceu na assembleia da UFF foi a da legitimidade da greve como instrumento de pressão, conquista e de manutenção de direitos. E da importância de sua construção pela base, a partir da intensificação da mobilização das e dos docentes, em conjunto com a comunidade acadêmica e com o conjunto dos servidores federais, no enfrentamento à desmobilização, ao esvaziamento e à precariedade de condições de trabalho e estudo na universidade e na luta por recomposição salarial e restruturação da carreira.
No principal espaço de deliberação da categoria, professores e professoras também constituíram o Comitê Local de Mobilização da UFF, aberto à participação de todas e todos os docentes da Universidade.
O calendário da UFF, cujo retorno das aulas aconteceu no início desta semana (18 de março), e os desafios para a mobilização na Universidade, em Niterói e nos campi fora de sede, também foram levados em conta no debate sobre a definição da data do indicativo de greve.
Por maioria, a assembleia seguiu o que foi deliberado pelo 42° Congresso, e indicou a greve para o 1° semestre de 2024, superando duas outras propostas que defendiam "greve já" e "indicativo de greve para a segunda semana de abril".
O posicionamento da assembleia da UFF será levado para a reunião do Setor das Federais do Andes-SN, que acontece nesta sexta-feira (22), em Brasília, e que deliberará sobre o indicativo de greve aprovado no Congresso do Andes-SN, a partir da devolutiva das assembleias de base, realizadas entre os dias 11 e 21 em todo o país.
Da Redação da Aduff
Por Lara Abib (texto) e Luiz Fernando Nabuco (fotos)
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