A direção da Aduff, representada pelas professoras Maria Cecília Castro e Susana Maia, esteve em Brasília para participar da Reunião do Setor das Federais do Andes-SN, que reuniu docentes de diversas seções sindicais do país. O encontro objetivou apreciar o resultado da rodada de assembleias realizadas entre 11 e 21 de março, a pedido do Sindicato Nacional, para debater o indicativo de greve aprovado durante o 42ºCongresso da categoria.
Realizado no final de fevereiro, em Fortaleza (CE), o 42º Congresso do Andes-SN aprovou: “dar continuidade ao trabalho de unidade de ação com os(as) demais servidores(as) públicos(as) federais, visando fortalecer as Campanhas Salariais de 2024 e 2025, intensificando a mobilização de base, na construção de greve do Andes-SN e do setor da educação no primeiro semestre de 2024, tendo como horizonte a construção de uma greve unificada no funcionalismo público federal em 2024”.
A assembleia descentralizada e simultânea da UFF, realizada dia 21 de março, ratificou a proposta do 42º Congresso do Andes-SN. Veja aqui
Para Maria Cecília Castro, presidenta da Aduff e professora do Colégio Universitário Geraldo Reis (Coluni-UFF), a reunião do setor é um momento importante para compartilhar avaliações de colegas de outras instituições federais do país.
"O Setor das Federais apontou crescimento significativo da participação da categoria nas assembleias de base, o que também reflete a disposição das e dos docentes para o debate sobre a greve", afirmou.
De acordo com a presidenta da Aduff, entre as seções sindicais que realizaram assembleias, cerca de 81% indicaram a greve como resposta necessária à atual conjuntura, mesmo que com configurações distintas em relação à temporalidade da deflagração do movimento paredista.
A Aduff-SSind defendeu a proposta aprovada na assembleia. Todavia, a maioria das seções sindicais que aprovaram indicativo de greve apresentaram datas dentro do mês de abril. Na ocasião, o Setor das Federais recomendou a deflagração da greve em 15 de abril, após nova consulta à base. Para tanto, outra rodada de assembleias vai ocorrer entre 26 de março e 9 de abril, com reunião do Setor agendada para 10 de abril.
Segundo Susana Maia, secretária geral da Aduff e professora da UFF em Rio das Ostras, após a reunião do setor é preciso retornar às bases e discutir a proposta aprovada na reunião, levando em conta o cenário local. "Será imprescindível intensificar nosso processo de mobilização no diálogo com a categoria em todos os campi. Para isso, conclamamos o conjunto de professores e professoras a somarem nos trabalhos do Comitê Local de Mobilização, aprovado na última assembleia (21 de março) e a acompanharem as notícias e convocações para a próxima assembleia da categoria nos canais de comunicação da Aduff-SSind", complementa a professora.
Encaminhamentos
Além de aprovar o indicativo de greve da base do ANDES-SN para 15 de abril e o calendário de rodadas de assembleias, a reunião do Setor das Federais apontou ainda outros encaminhamentos, para intensificar a mobilização da categoria.
Confira:
- Reforçar o dia 03/04 como Dia Nacional de Paralisação e Mobilização, com foco em ações nos estados, em articulação com os demais servidores/as;
- Construir a jornada de lutas do Fonasefe de 16 a 18 de abril, com atividades em Brasília.
16/04: Audiência pública na Câmara Federal
17/04: Caravana e Marcha em Brasília dos servidores e das servidoras
18/04: atividades setoriais, possibilidade de ato no MEC das entidades da Educação
- Intensificar a produção de material do ANDES-SN e unificado com as entidades da Educação sobre a greve e as pautas;
- Incorporar na agenda de mobilização possíveis dias de luta que venham a ser construídos pelos comandos de greve da Fasubra e Sinasefe;
- Que os comitês locais ampliem a articulação com as demais categorias de trabalhadores e estudantes; e que sejam criados comitês nos locais onde não existem.
Da Redação da Aduff, com informações do Andes-SN
Foto: Arquivo Pessoal