Abr
09
2014

Condições de trabalho e infraestrutura foram centro do debate em reuniões de mobilização

Na última semana, nos dias 3 e 4 de abril, a ADUFF realizou as primeiras reuniões de uma série de encontros de mobilização que tem por objetivo discutir as pautas de reivindicação da categoria, além de recolher informações mais precisas sobre as necessidades de cada curso. As reuniões aconteceram no campus do Valonguinho e no Instituto de Farmácia, respectivamente. Durante os encontros, foi feita a leitura da pauta de reivindicações dos professores, onde cada ponto foi discutido, modificado e atualizado com a contribuição dos professores.

Durante as reuniões, umas das principais reclamações dos docentes diz respeito à infraestrutura, às condições de trabalho e à gestão de recursos da universidade. A professora do curso de Turismo, Lucia da Silveira, Santos contou que as turmas são muito cheias, além de apontar que a situação se agravou com o Reuni, quando o aumento no número de vagas não foi acompanhado da abertura de novos concursos para professores ou da ampliação dos espaços de sala de aula e laboratórios, o que tornou as condições de trabalho muito ruins, e por conseguinte, a qualidade da formação dos discentes.

“Temos turmas com cerca de 65 alunos e alguns laboratórios cabem apenas 20 pessoas, os professores ficam sobrecarregados por terem que dar a mesma aula mais de uma vez”, relatou. Além disso, Lúcia conta que a gestão do prédio é preocupante. No ano passado, os banheiros de três andares diferentes foram reformados, no entanto, todos já apresentam problemas e estão quebrados devido à má qualidade das obras e materiais. Um dos banheiros é trancado a chave e aberto apenas a professores e funcionários.

A professora de Instituto de Biologia, Carla Epomina, conta que no prédio da Biologia o caso também é grave. O edifício está condenado pelos Bombeiros e com risco de desabamento, o que prejudica a instalação de novos equipamentos e a ampliação de projetos. “A nova sede do instituto ainda não ficou pronta e seu prazo de finalização foi adiado mais uma vez, tínhamos um prazo para abril, foi passado para agosto e agora só no fim do ano. Temos medo de entrar no prédio porque ele tem riscos de cair, nossos equipamentos pesados precisaram ser tirados e estão todos em um cointêner”, conta.

Outra questão apresentada pelos professores foi a necessidade da instalação de redes wi-fi, o que segundo eles é muito importante para o desenvolvimento tanto das atividades docentes, como das discentes. “É uma contradição que a UFF tenha feito uma parceria com a prefeitura para instalar wi-fi nas praças Getúlio Vargas e Cantareira quando boa parte de seus prédios não tem acesso livre a internet”, apontou a professora Lúcia. A exigência de rede wi-fi para toda a universidade foi incorporada à pauta de reivindicações.