Abr
02
2014

Assembleia Geral decide pela suspensão do indicativo de greve

A Assembleia Geral dos docentes da UFF realizada na tarde desta quarta-feira, dia 2, no Instituto de Letras, no Gragoatá, deliberou pela suspensão do indicativo de greve apontado na assembleia anterior. A AG contou com a presença de 199 docentes. 88 votaram pela suspensão do indicativo de greve, e 59 votaram pela manutenção do indicativo de greve.

A proposta de paralisação nacional dos docentes no dia 10 de abril – data de reunião de negociação do ANDES-SN com o Ministério da Educação – também foi rejeitada, por 84 votos, contra 65 favoráveis à paralisação.

Foi aprovada a ampliação da comissão de mobilização para cumprir o calendário de mobilização, com visitas a diversas unidades ao longo do mês de abril. Além disso, essas reuniões servirão para a atualização da pauta interna dos docentes da UFF – elaborada em 2011 e atualizada durante a greve de 2012. Será elaborado pela ADUFF um material simples de apresentação das pautas. Foi encaminhada, ainda, a participação no ato unificado dos Servidores Públicos Federais, que acontecerá no próximo dia 8.

Ao final, foram aprovadas duas moções: a primeira, de apoio à greve dos trabalhadores do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj); a segunda, de repúdio à invasão da sede do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) no Rio de Janeiro, após o ato contra o golpe militar, realizado no dia 1 de abril. Leia abaixo:

Moção de apoio aos trabalhadores do Comperj

Reunidos em assembleia geral no dia 2 de abril de 2014, os docentes da Universidade Federal Fluminense (UFF) expressam apoio e solidariedade aos trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que desde o dia 5 de fevereiro iniciaram greve e mobilizações por melhores salários e condições de trabalho. Os professores da UFF repudiam a demissão das principais lideranças do movimento grevista na Comperj e a forma truculenta com que a empresa vem tratando seus trabalhadores. Na terça, o governo federal, mostrando estar ao lado dos empresários, envio viaturas do Exército para a Comperj, com o intuito de desmobilizar a necessária e juta luta de seus funcionários. Repudiamos a ação violenta dos empresários e exigimos a imediata reintegração dos trabalhadores demitidos.

Nota de repúdio à invasão à sede do PSTU, no Rio de Janeiro

Reunidos na instância máxima de deliberação da categoria, os docentes da Universidade Federal Fluminense (UFF) repudiam nesta terça-feira, dia 2 de abril, a invasão à sede do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU) ocorrida no dia 01 de abril, data em que completa 50 anos do golpe que instaurou a ditadura empresarial civil-militar, no Brasil. Os docentes são contra todo e qualquer ato de violência e criminalização de  militantes de partidos políticos, movimentos sociais e sindical comprometidos com a luta da classe trabalhadora. Sendo assim, o ataque à sede de um partido, sobretudo na referida data, nos causa indignação. Os docentes conclamam pela unidade dos que lutam em prol dos interesses dos trabalhadores.