Set
20
2024

"Nenhum segundo de silêncio ante às violências promovidas pela reitoria da UERJ", diz presidente do Andes-SN

A Asduerj, a Aduff-SSind e o Andes-SN criticam a forma como a reitoria da Uerj conduziu todo o processo e refutam a violência policial contra os manifestantes

No início da tarde desta sexta-feira (20), o Choque da Polícia Militar lançou bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha contra o movimento estudantil, durante a operação de desocupação de prédio da reitoria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A ação é um desdobramento do pedido de reintegração de posse do Campus Maracanã, impetrado pela reitoria da Uerj no último dia 12 e acatado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A decisão autorizou o uso da força policial e a aplicação de multa diária de R$ 10 mil aos quatro estudantes e um técnico-administrativo, nomeados no processo como réus. 

Três estudantes e o deputado federal Glauber Rocha (PSOL/RJ), que prestava solidariedade aos discentes, foram presos. Há relatos de que o choque da Polícia Militar lançou bombas de gás lacrimogênio e que contou com o tanque “caveirão” durante a operação, que tem sido criticada por movimentos sociais e sindicais, entre eles a Asduerj, a Aduff-SSind e o Andes-SN.

Desde que a Reitoria da Uerj editou o Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda) nº 38/2024, ao final do mês de julho, o movimento estudantil ocupou a universidade como forma de protesto e de resistência contra a implementação da dita medida que determina cortes significativos nas bolsas para discentes em vulnerabilidade social e ainda altera requisitos para a concessão do benefício. 

Em vídeo, Presidente do Andes-SN, Gustavo Seferian manifesta solidariedade à luta do movimento estudantil e do movimento docente da Uerj e repudia as políticas de violência e constrangimento adotadas pela reitoria da Universidade. 

"É fundamental termos em conta que medidas como autorização polícias  ingressarem nos campi da universidade , a judicialização dos lutadores e lutadoras sociais, inclusive nominando individualmente quem os são, são práticas mais abjetas  promovidas pelo Capital e seus agentes na repressão da luta de classes.  E nós não nos silenciaremos na denúncia desse tipo de prática que, sabemos,  não é compatível com aqueles que ao menos se pretendem conduzir uma gestão progressista e que traga uma mudança de rumos para a universidade. Se alguém  nesse momento  está com as contradições em suas mãos,  não é o movimento estudantil e sequer o movimento docente. É sim a gestão burocrática da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que vem promovendo essas profundas violências àqueles e àquelas que lutam", destacou o presidente do Sindicato Nacional.

Veja a íntegra do vídeo aqui

Da Redação da Aduff

 

 

 

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