Da Redação da Aduff
A manifestação que está sendo também convocada pelo Andes-RJ e pela Aduff-SSind, a partir das 14h com concentração na Secretaria Municipal de Educação, na Cidade Nova, defenderá a revogação da medida que ataca a assistência estudantil (Aeda 38) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O ato exigirá ainda a recomposição dos orçamentos e das remunerações da Educação pública e revogação total do Novo Ensino Médio e das Escolas Cívico-Militares.
Nesta quarta (28), o protesto dos servidores e servidoras do Estado do Rio, em campanha salarial, será no Palácio Guanabara, a partir das 14 horas, e igualmente reunirá docentes, técnicos e estudantes. A atividade em Laranjeiras deve se estender ao longo da tarde, sendo encerrada ao final do dia.
A Aduff-SSind convida a comunidade da Universidade Federal Fluminense a apoiar estas lutas e ajudar a divulgar e, se possível, participar das manifestações - sem deixar de ressaltar que, na quinta-feira (29), haverá assembleia geral da Aduff, a partir das 16 horas (sendo possível, portanto, comparecer do início do ato e, de lá, se deslocar para a assembleia).
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Orçamento em disputa
Um dos pontos centrais da manifestação desta quinta-feira (29) é a defesa da recomposição orçamentária das instituições municipais, estaduais e federais de ensino. A coordenação do ato, organizado pelo Fórum dos Segmentos da Educação Pública do Rio de Janeiro (Feperj), entende que este problema atinge ao conjunto do setor - alvos das políticas de austeridade fiscal adotadas pelos governantes nas três esferas da administração pública.
É, ainda, o fator determinante para a crise financeira na Uerj - potencializada pelos casos denunciados de corrupção envolvendo o governo de Claudio Castro. "O Regime de austeridade fiscal levou a Uerj a essa grave crise orçamentária, com a Reitoria adotando uma medida de cortes na assistência estudantil que pode ter enorme impacto na evasão de estudantes", afirmou à reportagem da Aduff-SSind Amanda Moreira, presidenta da Asduerj, a seção sindical do Andes-SN na universidade estadual fluminense, e professora do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues (CAp-Uerj).
Amanda se refere ao Regime de Recuperação Fiscal, adotado no governo passado e mantido pelo atual governo e que envolve um acordo na esfera federal. Para ela, o caminho ideal e possível para reverter a crise na Uerj - cuja entrada da universidade está ocupada pela greve do movimento estudantil - é unir os três segmentos. "Esta é uma luta dos estudantes, técnicos e docentes", defendeu, pouco antes do início da plenária conjunta convocada pelas entidades representativas desses setores e ainda pela 'Ocupação da Uerj'.
A dirigente também criticou o modo como a Reitoria vem conduzindo a crise - e voltou a defender a revogação integral da medida que atacou a assistência estudantil (Aeda 38), para abertura de um processo de negociação - único caminho sinalizado pelo movimento estudantil que ocupa a universidade para pôr fim à greve discente.
Na véspera, a assembleia docente - uma das maiores dos últimos tempos - aprovou por ampla maioria uma paralisação de 48 horas nestes dias 28 e 29 de agosto, buscando construir uma grande participação nos protestos.
Técnicos e técnicas-administrativas também deliberaram por parar 48 horas, na assembleia realizada pelo sindicato da categoria, o Sintuperj.
Festival de Arte e Cultura
A jornada de atividades terá ainda um festival de arte e cultura na Concha Acústica Marielle Franco, no campus Maracanã, na noite de sexta-feira, 30 de agosto de 2024.
A Diretoria da Aduff-SSind apoia esta luta e seguirá atuando na construção dos movimentos conjuntos e unificados em defesa da educação pública.
Da Redação da Aduff
Por Hélcio Lourenço Filho