Nesta segunda-feira, 3 de junho, Dia Nacional de Luta da Educação, o Comando Local de Greve da UFF retransmitiu em tempo real a live unificada do Andes-SN, da Fasubra e do Sinasefe.
A atividade aconteceu no Pilotis do bloco D, no Campus do Gragoatá, em Niterói, enquanto acontecia, em Brasília, a reunião da Mesa de Negociação Temporária e Específica entre os representantes dos sindicatos e os do MGI - Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
A atividade na UFF antecedeu o ato da Educação Federal que aconteceu ao final da tarde, com concentração na Praça XV, no Centro do Rio, para dar viabilidade às reivindicações por melhores condições de salário e de trabalho e pela reabertura das negociações com as caregorias em greve.
Antes de iniciar a live, os professores e as professoras da UFF, em greve desde o dia 29 de abril, num gesto simbólico, tocaram instrumentos musicais e entoaram palavras de ordem que expressaram a indignação da categoria com o governo federal. Entre elas, "Chega de lero lero, 0% eu não tolero" e "É ou não é piada de salão, tem dinheiro pra banqueiro mas não tem para a educação".
Durante a live, participaram os representantes da Educação Federal, entre eles Jardel Vieira, pelo Comando Nacional de Greve do Andes-SN.
Eles explicaram que a reunião no MGI nesta segunda-feira foi "arrancada à força", a partir da mobilização da categoria por efetiva negociação, já que não houve aceite de reajuste zero em 2024.
Criticaram o fato de a imprensa sindical ter sido impedida pelo governo de acompanhar, profissionalmente, a reunião no MGI.
Os representantes da Educação Federal, na live, reafirmaram a continuidade da greve, criticando a forma nada democrática de assinatura de um acordo entre o governo e uma entidade cartorial que não tem representatividade para negociar em nome de docentes da carreira EBTT e do Magistério Superior.
Na live, reivindicaram a urgência de recomposição do orçamento para as instituições federais, que vêm sendo asfixiadas nas últimas décadas -- o que gera impacto negativo no cotidiano, reduzindo políticas de assistência estudantil e a garantia de reparos e manutenção em prédios e unidades, por exemplo.
Houve críticas também ao silêncio do governo federal para a contraproposta recentemente apresentada pelo Andes-SN, considerada plausível por muitos docentes, já que ela também tem pontos que não envolvem questões orçamentárias.
Ocupação e vigília garantem nova reunião com governo
Como não houve avanços no diálogo com o governo, que se recusou a garantir negociações, representantes dos Comandos Nacionais de Greve (CNGs) e das diretorias do ANDES-SN e do Sinasefe ocuparam, ao final da reunião, a sala do prédio do MGI. Na Esplanada dos Ministérios, os integrantes do CNGs fizeram vigília para também pressionar por novas negociações. [VEJA MAIS]
De acordo com o presidente do ANDES-SN, Gustavo Seferian, a mobilização do Sindicato Nacional, da Fasubra e do Sinasefe surtiram efeito, já que o governo federal recuou e, com intervenção inclusive da ministra Esther Dweck, garatiu reunião na próxima semana. Na terça-feira (11), o encontro será com os técnico-administrativos e, na sexta-feira (14), o governo estará reunido com docentes, no Ministério da Educação.
Da Redação da Aduff
Com informações da Imprensa do Andes-SN
Foto: Luiz Fernando Nabuco
