Abr
17
2024

Na paralisação do dia 15, UFF em Friburgo debateu construção da greve

Em roda de conversa, foram discutidas as pautas da greve da Fasubra e do Andes e a pauta local - condições de trabalho, de estudo e de permanência estudantil na instituição

Na segunda-feira 15 de abril, dia de paralisação docente por 24horas na UFF, docentes e estudantes do Instituto de Saúde de Nova Friburgo (INSF) estiveram mobilizados pela construção da greve. Na ocasião, houve uma roda de conversa com foco nas reivindicações nacionais e nas pautas locais do campus, considerando principalmente a necessidade de assistência aos discentes - restaurante universitário, moradia, bolsas de graduação e de pós-graduação para os três cursos da unidade: Fonoaudiologia, Biomedicina e Odontologia. 

No dia 8 de abril, professores do campus receberam uma carta assinada pelos Diretórios Acadêmicos de Fonoaudiologia e de Biomedicina. 

Na carta, manifestaram apoio às reivindicações dos servidores públicos da Educação, entre técnicos-administrativos e professores, considerando a justeza da pauta: reajuste salarial, recomposição do orçamento e revogação de medidas de governo anteriores que atingem ao conjunto do funcionalismo.

"Nossa roda de conversa ocorreu justamente para dialogar sobre pautas locais, as pautas da greve da Fasubra e do Andes. Fizemos algumas análises a partir disso, com a participação dos Diretórios Acadêmicos (DA) de Biomedicina e de Fonoaudiologia, além de estudantes do curso de Odontologia, que estão temporariamente sem o DA. O professor Vinicius D'Ávila Bitencourt Pascoal, diretor do ISNF, também participou", disse Priscila Starosky.

De acordo com ela, houve momento para análise de conjuntura e espaço para problematizar as questões da UFF em Friburgo. "O diretor trouxe informes sobre a manutenção estrutural do campus, explicando que, por conta da política de contigenciamento de verbas para a Universidade, todas as conquistas se dão praticamente via emenda parlamentar", relatou a docente, expondo um dos aspectos do impacto dos cortes orçamentários na educação.

Segundo Priscila, o espaço de diálogo foi proveitoso. "Os estudantes se colocaram muito claramente a favor das pautas da Educação, mas apontaram também os impactos que uma possível greve docente trará nesse pós-pandemia", disse. Segundo ela, por conta disso, o momento foi também de avaliação sobre o que será possível fazer, sem descaracterizar a construção e eventual deflagração da greve, para reduzir esses impactos - sendo mencionado, ainda, os serviços de saúde oferecidos no Instituto. "É um setor super precarizado e pensamos estratégia de mobilização junto à população local, que pudesse ser feito em paralelo com uma greve", disse, ressaltando a possibilidade de manutenção de serviços essenciais, no período de paralisação e necessária mobilização.

Assembleia dia 18 

Os docentes do ISNF também participarão amanhã da assembleia descentralizada e simultânea da categoria, que ocorre no dia 18 de abril (quinta-feira), às 14h30. Em Friburgo, a assembleia será na sala 3. Em pauta: 1) Informes; 2) Conjuntura; 3) Análise e aprovação da Minuta do Termo de Compromisso 01/2024 do MGI; 4) Construção da Greve na UFF.

Leia mais em: http://aduff.org.br/site/index.php/notocias/noticias-recentes/item/6078-assembleia-descentralizada-e-simultanea-na-quinta-18-discutira-a-construcao-da-greve-na-uff

Da Redação da Aduff
Foto: Luiz Fernando Nabuco

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