A assembleia da Associação de Docentes da UFF, realizada de forma híbrida nesta quarta-feira 1º de novembro, teve início com um momento de informes e um debate sobre a conjuntura política, com destaque para o fato de o governo federal não responder à pauta de reivindicações conjuntas do funcionalismo público federal. A luta é por recomposição salarial para 2024; pelo “revogaço” de medidas contra os servidores públicos; equiparação de benefícios e o arquivamento definitivo da Reforma Administrativa (PEC 32/2020), entre outras demandas.
A discussão estava diretamente relacionada a um dos pontos de pauta da assembleia: a proposta de paralisação de 48 horas nos dias 7 e 8 de novembro.
Sobre o assunto, João Claudino Tavares – docente da UFF em Rio das Ostras e diretor da Aduff – recuperou os principais momentos da mobilização que tem sido construída pelos servidores públicos federais, a fim de pressionar o governo a negociar, de fato, com as entidades representativas do funcionalismo. Explicou que foi nesse contexto, que o Andes-SN, o Sinasefe e a Fasubra convocaram a paralisação de 48 horas, em um movimento que integra a campanha salarial conjunta do funcionalismo - articulada no Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), que também aprovou indicativo de mobilização com paralisações nestes dias.
Foi dito ainda que, para o dia 8, o Fórum Estadual de Servidores convoca um ato no Centro do Rio de Janeiro, no Buraco do Lume, às 16h, com o objetivo de protestar contra a Reforma Administrativa (PEC 32) e de pressionar o governo a atender as reivindicações dos servidores públicos.
Na assembleia, houve posicionamento contrário à paralisação de dois dias na data indicada pelas entidades nacionais do funcionalismo, considerando que os dias 7 e 8 de novembro terão sido antecedidos por um feriado prolongado - o que dificultaria no processo de mobilização da categoria na UFF. Por isso, defendeu-se ampla mobilização nos dias 6 e 7, nos campi da Universidade Federal Fluminense, e paralisação das atividades por 24h na quarta-feira 8, com participação no ato no Centro do Rio.
Debates na UFF
Foram feitas sugestões à diretoria da Aduff-SSind para realizar debates sobre temas atuais, ainda nesse semestre, a fim de mobilizar a comunidade acadêmica na UFF. Adriana Penna, professora da Educação Física, propôs a realização de atividade que discuta a situação da guerra no Oriente Médio.
Já Percival Tavares, docente aposentado da Faculdade de Educação da UFF, sugeriu a exibição do curta-metragem "Desova", de Laís Dantas, que aborda os desaparecimentos forçados na Baixada Fluminense e denuncia o avanço das milícias na região.
Diretoria
Na assembleia também houve uma saudação à professora Maria Cecília Sousa de Castro, do Colégio Universitário Geraldo Reis/ Coluni-UFF e eleita 1ªvice-presidente da Aduff para os anos de 2022 a 2024. Em outubro, ela assumiu a presidência da seção sindical após o professor Edson Teixeira ter renunciado ao cargo para tratar de problemas de saúde. "A tarefa não é só minha, mas de todos nós que acreditamos em um sindicato classista e lutamos pela Educação Pública", disse.
Homenagem
A assembleia lamentou o falecimento de Marinalva Silva Oliveira – ex-presidente do Andes-SN no biênio 2012-2014 e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, último dia 27. Os e as professoras da UFF saudaram a memória da militante, que cativou a quem teve a oportunidade de conhecê-la.
Da Redação da Aduff
Por Aline Pereira
Luiz Fernando Nabuco (foto)