Set
13
2023

GT da Aduff prepara participação em atividades da luta contra opressões ao longo do 2º semestre

Grupo de Trabalho de Políticas de Classe para as Questões Etnicorraciais, Gênero e Diversidade se retoma as reuniões e convida docentes da UFF a participar

 

Uma propositiva reunião do Grupo de Trabalho de Política de Classe para as Questões Etnicorraciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) da Aduff aconteceu na tarde desta terça-feira (12), em modalidade híbrida – tanto na sede quanto por videoconferência. 

A preparação para o encontro do GTPCEGDS do Andes-SN, que acontecerá nos dias 22 e 23 de setembro, em Brasília, foi uma das pautas da reunião, assim como a proposição de atividades que possam ser incorporadas às comemorações dos 45 anos da Aduff.

Para Susana Maia, diretora da seção sindical e docente da UFF em Rio das Ostras, a retomada das reuniões no Grupo de Trabalho, tanto no âmbito nacional quanto nas universidades, é importante por integrar a luta da categoria e direcionar o planejamento de ações locais. 

“O GT é um espaço de formação e de articulação importante, que unifica as temáticas. A pauta das opressões é uma pauta que o Andes-SN tem acolhido de forma mais intensa nos últimos anos”, considerou a dirigente da Aduff, defendendo a participação da seção sindical dos e das docentes da UFF na reunião nacional do GTPCEGDS.    

No evento de setembro, a Aduff será representada pelas docentes do Colégio Universitário Geraldo Reis – Coluni/UFF Maria Cecilia Castro, diretora da seção sindical e coordenadora do GTPCEGDS, e Kate Lane de Paiva, ex-presidente da Aduff.

Na programação do encontro nacional do GTPCEDGS estão um painel com o tema "Luta por Justiça Reprodutiva e a defesa da legalização do aborto no Brasil”; a organização do III Seminário Integrado do GTPCEGDS; o I Seminário Nacional sobre abolicionismos penais e a atualização da cartilha de combate ao racismo do Andes-SN. Outro tema importante no evento nacional é a construção de metodologia para pesquisa sobre a constituição da base do Andes-SN.

De acordo com Maria Cecilia Castro, a pauta do encontro nacional do referido grupo de trabalho é bonita e desafiadora. O debate se faz importante também no momento em que o Grupo de Trabalho de Políticas de Classe para as Questões Etnicorraciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) do Andes-SN é rearticulado, após a última eleição para a diretoria do sindicato nacional. 

Para Kate Lane, o GTPCEGDS é um grupo de trabalho muito importante por refletir o perfil da classe trabalhadora e sobre os espaços que ela precisa ocupar. A professora também defendeu que as diferentes opressões no contexto do capitalismo sejam compreendidas por uma abordagem teórica marxista. “O GT é também um momento para reafirmar o projeto que temos de Universidade e Sociedade, de forma que não haja espaço para as opressões estruturais”, afirma.  

Vinte anos da Lei 10.639

Na reunião do GT, os participantes propuseram a realização de uma atividade pública, seguida de atividade cultural, para discutir as duas décadas da implementação da Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira na educação brasileira. 

O objetivo do evento, previsto para a segunda semana de outubro, é também pensar os desafios da dita legislação que não é devidamente aplicada nas instituições de ensino, inclusive nos cursos de licenciatura – o que forma os futuros professores.  

Uma comissão organizadora foi constituída, no âmbito do GT, para pensar a atividade que deve abordar ainda, além da disputa do currículo escolar, o legado da cultura afro-brasileira no cotidiano. 

“A dificuldade [de aplicação da lei] não vai ser superada enquanto não houver um currículo, especialmente nas licenciaturas, que abordem as questões etnicorraciais”, disse Kate Lane. “O sindicato, a universidade, a escola precisam estar nas ruas”, considerou a professora.  

Garantir direitos para LGBTQIAPN+

Os participantes do GTPCEGDS aprovaram ainda a realização de atividades, em conjunto com o movimento social LGBTQIAPN+ e a comunidade acadêmica, relacionada ao assunto. A intenção é debater as pautas que envolvam os direitos da população LGBTQIA+, vulnerabilizada em um país violento e conservador, e combater a lgbtfobia.   

Recentemente, um projeto de lei que pretende proibir o casamento homoafetivo no Brasil entrou em debate na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados – o que, para os participantes do GTPCEGDS, é um retrocesso e uma ameaça aos direitos conquistados com muita luta e resistência. 

Durante a reunião do GTPCEGDS, também foi lembrada a realização da Parada LGBTQIAPN+, que acontecerá em novembro deste ano, compreendendo a importância da pauta em defesa de direitos da população lésbica, gay, bissexual, transexual, travesti, transgênero, queer, intersexo ou agênero e assexuais.

Da Redação da Aduff
Aline Pereira
Foto: Luiz Fernando Nabuco

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