Mai
27
2022

Rio terá ato pelo 'fim do genocídio do povo negro'

Manifestação após ações policiais na Vila Cruzeiro, no Rio, e que matou por asfixia Genivaldo de Jesus, em Sergipe, ocorrerá a partir das 10h, no Monumento Zumbi dos Palmares

 

 

Da Redação da Aduff

A Coalizão Negra Por Direitos e outras entidades da sociedade civil estão convocando ato, no Centro do Rio de Janeiro, contra o que definem como um "genocídio do povo negro" em curso no país. A diretoria da Aduff apoia a iniciativa e também condena a violência policial, que define como bárbara, contra a população negra, pobre e das periferias do Rio e de outros estados.

A manifestação ocorrerá neste sábado, 28 de maio de 2022, a partir das 10 horas da manhã. O ponto de concentração será o Monumento Zumbi dos Palmares, na avenida Presidente Vargas. 

O protesto é uma reação à recente ação policial na Vila Cruzeiro e ao uso de uma 'câmara de gás' improvisada na mala de um carro que asfixiou e levou à morte, em Sergipe, de Genivaldo de Jesus, homem de 38 anos que fazia tratamento para esquizofrenia. 

A ação com desfecho homicida no estado nordestino foi da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que divulgou nota na qual diz que os policiais utilizaram métodos menos agressivos de contenção e que Genivaldo passou mal somente quando era transportado para a delegacia - o que testemunhas e vídeos desmentem. 

A PRF também participou da ação violenta na Vila Cruzeiro, que matou pelo menos 26 pessoas. A Polícia Militar (Bope) e a Polícia Federal também estiveram na operação na favela, na qual o tráfico de drogas é dominado pela facção Comando Vermelho.

"Não podemos nos calar diante deste maio sanguento que assombrou a nossa juventude negra. O assassinato de Genivaldo de Jesus (SE), asfixiado dentro de uma viatura policial, e a Chacina da Vila Cruzeiro (RJ), que deixou 26 mortos, é um retrato trágico do que enfrenta a população negra deste país", diz trecho da convocação do ato. "Nossa juventude preta está sufocando nas mãos das polícias e sendo brutalmente assassinada pelo Estado nas favelas e periferias deste país", prossegue o chamado à participação no protesto.

Da Redação da Aduff

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