DA REDAÇÃO DA ADUFF
“A indignação é grande. Só de ir ao supermercado a gente já sai indignado, imagina quem é funcionário público, que não vê reajuste há mais de quatro anos”, disse Roberto Adão, servidor do Colégio Pedro II e integrante do Núcleo de Negras e Negros do Sindscope – o Sindicato dos Professores do Colégio Pedro II.
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Um dos muitos profissionais que integraram a expressiva participação da Educação na manifestação 'Bolsonaro Nunca Mais' no Centro do Rio, no dia 9 de abril de 2022, Adão disse à reportagem conjunta do Sindscope e Aduff que não faltam motivos para levar a população às ruas em mais 50 cidades brasileiras, no primeiro ato unificado organizado em 2022 pela Campanha Nacional Fora Bolsonaro.
O docente aposentado do Colégio Pedro II criticou os rumos dados à educação pelo governo federal e destacou que a questão não é falta de dinheiro, mas de gestão e política de governo. Ele citou a influência dos donos de escolas e pastores na gestão do Ministério da Educação, numa referência aos recentes escândalos no setor.
Também comentou os desafios e desencontros na volta às aulas presenciais: “há desencontros entre o que se fala o que se faz”, disse, sobre como isso está ocorrendo nas instituições de ensino.
O professor ressaltou que o ato é contra Bolsonaro e pelo fim deste governo fascista, não a favor deste ou daquele candidato a substituí-lo. “A indignação está no ar, em todo mundo, e precisamos botar isso para fora, não podemos parar”, defendeu, reivindicando novas manifestações num ano eleitoral: “A gente não deve sair da rua, a rua é do povo, que tem que ocupá-la para incomodar os poderosos”, disse. O servidor disse ainda ser necessário a unidade das esquerdas para a tarefa fundamental de 'derrotar Bolsonaro e suas políticas nefastas'.
IMPRENSA SINDSCOPE