Ago
16
2021

Crise é usada para justificar o desmonte dos serviços públicos, diz Maria Lúcia Fatorelli, da ACD

Segunda parte da série de podcasts e vídeos da Aduff que abordam a reforma Administrativa (PEC-32) e a necessidade de os servidores e a população reagirem para impedir a destruição dos serviços públicos

 

DA REDAÇÃO DA ADUFF

 

A auditora fiscal aposentada Maria Lúcia Fattorelli, coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, afirmou que as crises do capital são produzidas por quem ganha com elas, normalmente usadas para justificar o desmonte dos serviços públicos e diminuir o papel do Estado na sociedade. 

 

Neste vídeo, a TV Aduff reproduz trecho da participação de Fattorelli no Encontro Nacional do Setor Público, evento realizado ao final de julho de 2021 por onze centrais sindicais e entidades nacionais do funcionalismo reunidas no Fórum dos Servidores Federais (Fonasefe), além do Movimento "Basta", da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público e da Federação Brasileira de Policiais (FBP).

 

“Todas essas crises econômicas produzidas pelos bancos, pelo poder financeiro, elas têm uma responsabilidade enorme, tanto dos bancos privados como do setor financeiro institucional, os bancos centrais, o FMI, o Banco Mundial, o BIS [Bank for International Settlements ou Banco para Assentamentos Internacionais], instituição privada que fica lá na Suíça, que manda, manda em todo o poder financeiro. Todas essas crises provocadas por responsabilidade do setor financeiro, elas provocam o aumento da dívida pública e provocam o aumento do lucros dos bancos, claro! Eles vão provocar a crise contra eles? A crise é pra eles. E essas crises têm justificado um rol de medidas”, diz a ex-auditora fiscal. 

 

Para ela, a PEC 32, a proposta de reforma administrativa que o governo tem no horizonte de expectativas, é mais uma dessas medidas de austeridade federal. “Tudo justificado com a tal da crise. E as consequências, todos nós sofremos: a redução dos serviços prestados à população, o aumento do desemprego, da informalidade, da precarização. O aumento da desigualdade social”, afirma a especialista.

 

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