Fev
03
2021

Destruir serviços públicos agravará a crise e exclusão social, diz carta a parlamentares

Documento entregue na eleição de novos presidentes da Câmara e Senado rejeita 'reforma' administrativa e diz que sem serviços públicos não haveria como enfrentar pandemia

Imagem do ato presencial e virtual em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, que teve participação da presidente do Andes-SN Imagem do ato presencial e virtual em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, que teve participação da presidente do Andes-SN

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Carta entregue a parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado Federal por entidades sindicais nacionais representativas dos servidores públicos afirma que destruir os serviços públicos e atacar seus trabalhadores não é solução para as crises social, econômica e sanitária que atingem o Brasil (a íntegra pode ser acessada ao final deste texto).

A carta diz ainda que o enfrentamento da pandemia no país não seria possível sem o trabalho desenvolvido pelo setor público e pelos servidores e servidoras nas esferas federal, estadual e municipal. O texto defende a volta do auxílio emergencial para a população socialmente vulnerável e um programa de vacinação que efetivamente alcance o conjunto da população imediatamente.

Ao contrário de resolver quaisquer crises, diz o documento, a destruição do setor público deixará a população desassistida e aprofundará o quadro de pobreza e vulnerabilidade da maior parte da população brasileira. O documento é assinado pelo conjunto das organizações que integram o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais - do qual o sindicato nacional dos docentes (Andes-SN) participa. 

Foi protocolado na Câmara e no Senado Federal na tarde do dia 1o de fevereiro de 2021. Nesta data, à noite, foram eleitos os novos presidentes do Senado Federal (Rodrigo Pacheco - DEM/MG) e da Câmara dos Deputados (Arthur Lira - PP/AL). Ambos defendem a 'reforma' administrativa apresentada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PEC-32/2020). Logo após tomar posse, Lira disse a jornalistas que a PEC 32 e a PEC Emergencial, que reduz salários e jornadas de servidores em 25%, estão entre as prioridades do início da gestão. A carta foi entregue aos candidatos que disputavam as presidências das duas casas e divulgada nas redes sociais.

Mobilização nacional

O funcionalismo promoveu no primeiro dia de fevereiro, segunda-feira, um dia nacional de protestos, que teve carreatas em várias cidades e ato simbólico no gramado próximo ao Congresso Nacional. A Aduff-SSind participa desta luta e, na véspera, ajudou a organizar a carreata que percorreu as ruas de Niterói e defendeu pautas similares, além do fim do governo Bolsonaro para salvar vidas. 

Assembleia e live

A Seção Sindical realizará assembleia com os docentes da UFF nesta quinta-feira (4), a partir das 14 horas, quando os próximos passos dessa mobilização devem ser abordados. No mesmo dia, acontece, às 18 horas, uma live em defesa da 'vacina já e para todos e todos' e do Sistema Único de Saúde (SUS), organizada União dos Fóruns de Luta de Niterói e de São Gonçalo, do qual a Aduff faz parte. 

A presidente da Aduff, Kate Paiva, fará a mediação do debate, que terá a presença do vereador Paulo Eduardo Gomes (Psol) e do médico Hermano Castro, diretor da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho

 

Imagem do ato presencial e virtual em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, que teve participação da presidente do Andes-SN Imagem do ato presencial e virtual em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, que teve participação da presidente do Andes-SN

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