Professores, estudantes e técnicos da UFF realizaram um ato na manhã desta sexta-feira (14), dia de Greve Geral – a primeira realizada durante o governo de Jair Bolsonaro - contra a Reforma da Previdência e os cortes em Educação. Antes das 7h, um grupo se concentrava à frente do Hospital Universitário Antônio Pedro, com atividades de panfletagem. Um carro de som os acompanhava e os manifestantes proferiam palavras de ordem. “Não tem arrego, você tira a previdência e eu tiro seu sossego”, cantavam. Ou ainda: “Que contradição tem dinheiro para milícia, mas não tem para educação”.
A docente da UFF Eblin Farage, secretária-geral do Andes-SN, o sindicato nacional dos docentes, destacou a importância da Greve Geral. "Essa greve geral é o segundo grande momento das mobilizações contra a reforma da Previdência, depois das mobilizações de maio. É necessário que as pessoas entendam [que esses atos] são em defesa da aposentadoria de todo mundo, inclusive de quem já se aposentou, porque se essa reforma passar ela vai tirar direitos também dos que já se aposentaram", disse.
Os participantes empunharam faixas e interromperam temporariamente o trânsito na rua Marquês de Paraná e na rua Dr. Djalma Dutra, em direção à Rua Princesa Isabel – trecho em que houve o atropelamento às duas professoras e aos três estudantes. LEIA MAIS AQUI.
Além da comunidade da UFF, houve a participação de integrantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto de Niterói – Stipdaenit; do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do RJ - Núcleo Niterói; e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST/ Povo Sem Medo, que se somou ao ato. Os últimos denunciaram a forma violenta com a qual foram recentemente despejados do Condomínio Nossa Senhora da Conceição – número 327 da Amaral Peixoto, popularmente conhecido como “Prédio da Caixa”.
A manifestação foi organizada pelo Fórum Sindical e Popular de Niterói, formado por dezenas de entidades que se uniram para combater os retrocessos e retirada de direitos que o governo de Jair Bolsonaro, e seus aliados no Congresso, nos estados e municípios, tentam impor ao país.
“40 anos de contribuição e 60 de idade para aposentadoria além da redução da pensão por morte. Governo que se diz a favor de família reduz a renda pela metade. Reforma da previdência é uma falácia que contam para todos nós”, disse Rejane, do Sepe.
No período da tarde, houve concentração nas Barcas, em Niterói, para ida conjunta ao ato na Candelária, no Centro do Rio – previsto para sair às 17h, em direção à Central do Brasil.
Da Redação da Aduff| Por Aline Pereira
Foto: Samuel Tosta, especial para a Aduff - momento da concentração nas barcas
