Ago
01
2017

Justiça deve analisar hoje (01) pedido de habeas corpus para Rafael Braga

O julgamento está previsto para começar às 15h, em um prédio anexo do TJ-RJ, no Centro do Rio (Rua Beco da Música, nº 175, sala 101 - Lamina IV); manifestantes devem fazer vigília no local

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Na tarde desta terça-feira (1º), o caso de Rafael Braga passa pela 1ª Câmara do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que deve analisar o pedido de habeas corpus para que Rafael possa responder a seu processo em liberdade. O julgamento está previsto para começar às 15h, em um prédio anexo do TJ-RJ, no Centro do Rio (Rua Beco da Música, nº 175, sala 101 - Lamina IV); manifestantes devem fazer vigília no local. Também haverá atos em São Paulo, Brasília e em outras capitais do país.

"É importantíssimo que todos somem para pressionar que o pedido seja aprovado! Compareçam aos atos, compartilhem, façam barulho nas redes sociais usando a hashtag #LibertemRafaelBraga e #LiberdadeParaRafaelBraga", diz um dos textos da campanha pela liberdade de Rafael Braga. Na tarde de ontem (31), na véspera do julgamento do habeas corpus, cerca de 300 pessoas compareceram ao ato realizado em frente ao TJ-RJ, no Rio de Janeiro.

Negro, pobre e morador de favela, Rafael foi o único preso condenado nas manifestações de Julho de 2013

Único preso das manifestações de junho de 2013, o ex-catador de latas foi detido pela primeira vez quando caminhava pelas ruas do Centro do Rio durante um dos maiores atos de 2013, portando duas garrafas lacradas de desinfetantes não inflamáveis. Na delegacia, os policiais que o apreenderam apresentaram as garrafas abertas e com panos. Ele foi acusado de portar materias que seriam utilizados para produzir coquetéis molotov. Rafael, que sequer participava do ato que acontecia no local, foi condenado “por porte de aparato incendiário ou explosivo”.

Dois anos depois da primeira condenação, Braga estava em regime semi-aberto, trabalhando como auxiliar de serviços gerais em um escritório de advocacia e usando tornozeleira eletrônica, quando foi detido novamente, em janeiro de 2016. De acordo com policiais que o prenderam, ele portava 0,6 g de maconha, 9,3 g de cocaína e um rojão. Em seu depoimento, Braga alegou que o material foi plantado pelos policiais, que ameaçaram autuá-lo em flagrante forjado, caso ele não delatasse traficantes locais da Vila Cruzeiro, favela localizada no Bairro da Penha, Zona Norte do Rio, onde mora a família de Rafael. Rafael tinha acabado de sair da prisão e estava voltando da padaria. Negro, pobre e morador de favela, foi vítima de mais um flagrante forjado, condenado em 20 de abril pelo juiz Ricardo Coronha Pinheiro a 11 anos e três meses de reclusão por tráfico de drogas, associação e colaboração para o tráfico. Os depoimentos dos policiais foram a única base para condenação. Para mais detalhes sobre o caso e a campanha pela liberdade de Rafael Braga, acesse: https://libertemrafaelbraga.wordpress.com 

Da redação da Aduff-SSind | Por Lara Abib

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