Mai
17
2017

Trabalhadores e estudantes da Uerj seguem acampados em frente ao Palácio Guanabara

Servidores e discentes reivindicam a regularização do orçamento da universidade estadual, do pagamento de salários e bolsas; nova assembleia dos docentes da Uerj acontece nessa quarta-feira (17), às 14h, na Ocupação

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
Fotos: Luiz Fernando Nabuco/ Aduff-SSind

Sem receber os vencimentos de abril e ainda aguardando o 13º salário de 2016, trabalhadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Uerj estão acampados, desde o início da noite dessa terça-feira (16), em frente ao Palácio Guanabara - sede do Governo do Estado, em Laranjeiras. Por um erro do sistema, os professores não receberam também os vencimentos de março, pagos na última sexta-feira (12). "Ninguém explicou o que houve, mas o prazo para ser resolvido è até o dia 19", explica a docente Renata Moraes, do Departamento de História, que está na ocupação.

A atividade de resistência em frente ao Palácio Guanabara aconteceu após aula pública, realizada na tarde dessa terça, que tinha como objetivo protestar contra a política fiscal do governo de Luiz Fernando Pezão, marcada por subsídios milionários à empresários e corte de recursos de áreas como educação e saúde. Barracas estão montadas nas calçadas e, a partir das 14h dessa quarta-feira (17), os docentes da Uerj realizarão nova assembleia para definir as táticas de enfrentamento e resistência à essa política que pretende desmontar o serviço público.

A luta de docentes e técnico-administrativos é pela regularização dos salários, bolsas e repasses financeiros que garantam o funcionamento pleno da instituição. "As bolsas dos alunos do sistema de reserva de vagas, que recebem R$450, também estão atrasadas. Eles estão sem bandejão e esses dois fatores dificultam a permanência desses estudantes na graduação", explica a professora.

De acordo com Renata, o segundo semestre de 2016 teve início apenas no dia 10 de abril desse ano, devido à falta de condições de funcionamento, envolvendo desde ao não pagamento dos trabalhadores de setores estratégicos como limpeza e segurança até mesmo à falta de manutenção dos elevadores. Recentemente, dois deles despencaram.

"Serão três semestres com 75% da capacidade. Deveríamos ter cem dias letivos, mas cada um deles terá apenas 75 dias de aula - 2016.2, 2017 (primeiro e segundo semestre)", explica Renata Moraes. "Algumas crianças do município passaram por aqui, há pouco, e manifestaram a solidariedade à ocupação, gritando "Fora Pezão", contou a historiadora.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira
Fotos: Luiz Fernando Nabuco/ Aduff-SSind