Ago
05
2016

Ato convoca ida às ruas na abertura da Olimpíada: 'nenhum direito a menos'

Paes pede à população que fique em casa e veja a 'festa olímpica' pela TV; protesto 'Fora Temer' e contra retirada de direitos convoca trabalhadores e estudantes às ruas
DA REDAÇÃO DA ADUFF
O que seria um dia de festa no Rio de Janeiro se transformou na data em que a cidade viverá a maior militarização de sua história. Para assegurar a 'paz', tranquilidade e ruas livres para as delegações estrangeiras dos Jogos Olímpicos, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), está pedindo à população que não sai de casa ou se restrinja às proximidades dela, nesta sexta-feira (5) de feriado na cidade e abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Os acessos de carro às áreas no entorno do Maracanã estão bloqueados desde a meia-noite de sexta-feira (4), onde haverá a cerimônia de abertura dos Jogos, a partir das 19h15min, com previsão de encerramento por volta das 23h30. Guardas municipais, policiais militares e federais, da Força de Segurança Nacional e aparatos das Forças Armadas fazem o operativo de 'segurança' da Olimpíada. Segundo os organizadores, cerca de 80 mil pessoas integram as forças policiais destacadas para o evento.

Mas enquanto Paes pede à população que se isole em casa, manifestação sob a bandeira "Fora Temer", prevista para acontecer em Copacabana a partir das 11 horas, convoca a população a ir às ruas protestar e exigir que nenhum direito seja retirado dos trabalhadores em nome da 'crise econômica'. O ato também vai denunciar o que chama de 'calamidade olímpica', a corrupção nas obras dos Jogos, a expulsão de moradores de áreas populares para limpeza de áreas próximas aos locais olímpicos e a tentativa de jogar nas costas dos trabalhadores o preço da crise. Entre os direitos ameaçados, estão a aposentadoria, as leis de proteção trabalhistas, a gratuidade nas universidades públicas e o acesso gratuito e universal à saúde e a outras políticas sociais.

O protesto na avenida Atlântica, em Copacabana, está previsto para começar às 11 horas, com concentração em frente ao Copacabana Palace. A Aduff-SSind, o Andes-SN e a CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular) participam da convocação do ato em Copacabana e convocam todos os docentes a participar e somar força na defesa de direitos históricos dos trabalhadores que estão ameaçados .
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho