A Reitoria da Universidade Federal Fluminense não mediu esforços para ceder o hospital escola a essa empresa de direito privado. Para tanto, enfrentou as entidades sindicais e boa parte da comunidade acadêmica, que a acusa de ferir a democracia na instituição ao realizar reuniões a portas fechadas e sob ostensivo policiamento; promover votação por e-mail e transgredir o regimento interno de suas instâncias superiores de deliberação.

No último dia 16 de março, a administração central da UFF aprovou a Ebserh em sessão extraordinária do Conselho Universitário fora do espaço acadêmico, no prédio da Imprensa Oficial, desrespeitando uma decisão judicial que determinava que a reunião fosse aberta a todo cidadão interessado. Na ocasião, o reitor Sidney Mello encaminhou votação inconclusa e sem contagem de votos para referendar a terceirização da gestão do hospital-escola da UFF.

O movimento contrário à cessão do hospital diz que o reitor abriu mão do diálogo para recorrer a forças policiais, que agrediram estudantes da UFF enquanto a sessão do CUV transcorria e referendava parecer favorável do Conselho Deliberativo do Hospital Antonio Pedro – que tem à frente o diretor da unidade, Tarcisio Rivello – ao convênio entre a UFF e a Ebserh. Por meio de recente reportagem publicada pelo jornal ‘O Globo’, a comunidade da Federal Fluminense tomou conhecimento da previsível nomeação do diretor do Huap como Superintendente da Ebserh na unidade de saúde.