Abr
28
2016

Aduff lança Caderno “Ditadura e Resistências - A Rebeldia dos Professores da UFF: do Golpe de Estado à Formação da Aduff-SSind"

Coquetel de lançamento acontece no dia 11 de maio (quarta-feira), às 18h, na sede da Aduff-SSind (Rua Prof. Lara Vilela, 110, São Domingos- Niterói)

A publicação é fruto do projeto "Memórias da Ditadura na UFF", criado em outubro de 2013 como parte integrante do Grupo de Trabalho de História do Movimento Docente (GTHMD) da Aduff-SSind, sob coordenação de Wanderson Melo e contribuição de Rafael Vieira. O trabalho que resgata a história de resistência dos professores da UFF traz uma pesquisa com documentação extensa, incluindo a lista dos professores cassados durante a ditadura civil-militar no Brasil.

A iniciativa para a realização do trabalho se deu a partir das orientações dos congressos do ANDES-SN, com a intenção de buscar a experiência e a realização dos professores independente do capital privado e do governo. “O governo Dilma chamou a Comissão Nacional da Verdade, mas a sua composição foi alheia a militância histórica dos movimentos sociais e dos movimentos de vítimas de tortura, além de ter adotado uma linha de conciliação nacional, num contexto em que o Brasil é um dos poucos países da América Latina que não tem nenhum torturador preso. Por isso, nós buscamos um outro caminho”, ressaltou o professor do Wanderson Melo, durante o lançamento do caderno “Ditadura e Resistências – A Rebeldia dos professores da UFF: do golpe de Estado à Formação da Aduff-SSind”, na plenária de abertura do 35° Congresso do ANDES-SN, realizada em Curitiba-PR, em janeiro deste ano.

De acordo com Wanderson, promover a discussão sobre a história do movimento docente e resistência na ditadura também significa engajar-se numa luta pela memória, resgatando temas e reivindicações importantes como a liberdade de ensinar, a defesa e consolidação do espaço democrático na universidade, a luta contra a privatização e outras pautas, que nasceram como resposta dos docentes a esse período tão obscuro da história do país. “A luta para garantir a memória é para garantir o presente e o futuro. Porque a certeza da impunidade faz com que os agentes do estado continuem a cometer crimes”, disse à época.