Fev
11
2014

33º Congresso ANDES-SN começa com intenso debate sobre conjuntura

O 33º Congresso do ANDES-SN começou nesta segunda-feira, 10 de fevereiro, em São Luís (MA), com a presença de mais de 400 pessoas, e marcado por um intenso debate sobre a conjuntura. O Congresso, que tem como tema “ANDES-SN na defesa dos direitos dos trabalhadores: organização e integração nas lutas sociais”, acontece no Centro Pedagógico Paulo Freire, na Universidade Federal do Maranhão.

A plenária de abertura contou com a participação de representantes de diversos entidades e movimentos, como CSP-Conlutas, Fasubra, Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, ANEL, DCE da UFMA, Movimento Quilombo Urbano e Moquibom.

O presidente da Apruma Seção Sindical, Antônio Gonçalves, deu boas-vindas aos presentes e falou da importância de sediar o encontro. “Para nós realizar o congresso no Maranhão e dentro da UFMA tem grande significado político. O Maranhão é um estado de resistência da população negra, indígena, de trabalhadores e trabalhadoras e vive uma realidade perversa, dominado por uma oligarquia há quasemeio século, antecedida por outras oligarquias, mas temos um povo que resiste. Na universidade enfrentamos o autoritarismo, a falta de democracia e a implementação de todas as políticas de governo, como o Reuni, a Ebserh e a adesão de 100% ao Sisu. Em 2007 eram 9 mil estudantes e hoje são 30 mil. São oito campi, com professores trabalhando em condições precarizadas”, afirmou.

“Estamos iniciando o nosso Congresso com companheiros de todo o Brasil. Temos como tarefa central cumprir o papel de dar direção ao movimento docente para a luta de 2014, em uma conjuntura tão difícil e desafiadora. Esta não é primeira vez que estamos em São Luís, cidade que tem na sua história contrates e contradições, e lutas travadas pelos companheiros que representam os movimentos sociais do estado para se livrar dos tentáculos da oligarquia exploradora e opressora”, afirmou a presidente do ANDES-SN, Marinalva Oliveira.

Depois da plenária de instalação aprovar o Regimento do Congresso, teve início a plenária sobre “Movimento Docente e Conjuntura”. Todas as contribuições apresentadas no Caderno de Textos e no Anexo ao Caderno de Textos – 13 no total – foram apresentadas.

Eblin Farage, presidente da ADUFF, apresentou a contribuição “Alguns desafios e tarefas do movimento docente na conjuntura”, aprovada pela Assembleia Geral da ADUFF. Eblin manifestou que o documento convergia com as linhas gerais do texto apresentado pela diretoria do ANDES-SN, e que optava por ressaltar algumas questões.

“Nossa forte greve nacional de 2012 teve ganhos políticos, apesar de não ter logrado avanço na pauta. Interrompemos a greve, mas não nossa luta. Em 2013, estivemos mobilizados contra a EBSERH e o Funpresp, e em unidade com demais setores do funcionalismo, participamos das mobilizações massivas de Junho. No Rio, estivemos ao lado da brilhante greve dos profissionais da educação (Sepe/RJ). O governo responde com mais ataques. A luta é a única forma de termos conquistas. Nossa mobilização pode impulsionar outras categorias para que façamos com que 2014 realmente seja – como apontou o Interssetorial do ANDES-SN, o ano da educação”, afirmou Eblin.