Dez
05
2013

Diretoria da ADUENF apoia paralisação dos técnicos de nível superior da UENF

A diretoria da Associação de Docentes da UENF (ADUENF) conclamou os seus associados a apoiarem a manifestação dos servidores técnico-administrativos de nível superior da instituição que paralisaram suas atividades nesta quarta-feira (04/12).

Segundo nota distribuída eletronicamente a todos os associados, a diretoria da ADUENF considera que essa luta é de todos, pois "estamos todos juntos em defesa da UENF, e contra a política de sucateamento imposto pelo governo do Rio de Janeiro, que encontra no arrocho salarial sua expressão mais danosa".

Reitoria não responde a Ministério Público

O prazo estipulado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) para que a reitoria da Universidade da Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) fornecesse detalhes sobre o uso de diárias aprovadas na atual gestão já se esgotou e o reitor da entidade, Silvério Freitas, não se manifestou até o momento. Agora, cabe ao promotor de Justiça de Tutela Coletiva de Campos dos Goytacazes, Leandro Manhães, decidir os próximos passos do caso. A determinação judicial teve como base a implementação do artigo 16 da lei 41644 de 2009, que define o uso adequado de verbas públicas.

Em outubro, servidores da Uenf fizeram denúncias apontando para possíveis fraudes na administração atual. Eles questionaram também a planilha que registra o pagamento de diárias para funcionários do alto escalão da universidade nos anos investigados pelo MP-RJ, alertando para a "relação íntima" entre os nomes citados no quadro.

Na ocasião, os servidores da Uenf também se queixaram das precárias condições de trabalho e dos baixos salários, que segundo eles não condiz com algumas aquisições "luxuosas" que a universidade tem feito. Eles citaram a compra de um tomógrafo por um preço maior do que o praticado no mercado para o modelo, em contrato com uma empresa norte-americana e os aditivos publicados no Diário Oficial para as obras do "Bandejão" da Uenf.

Paralisação e protesto

Nesta quarta-feira, um grupo de profissionais da universidade realizou uma paralisação de 24 horas e ato público em frente ao Hospital Veterinário, para protestar contra o reajuste salarial aprovado pelo Conselho Universitário (CO) e que deixou de fora os servidores de nível superior. O protesto foi organizado pela Associação de Técnicos de Nível Superior (ATNS), que questiona a forma com que a reitoria está conduzindo as negociações salariais.