Abr
19
2013

Assembleia da rede estadual decide pela manutenção do estado de greve e por nova paralisação no dia 8 de maio

Centenas de profissionais compareceram à assembleia da rede estadual de educação, realizada na noite desta quinta-feira, 18, no auditório do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do RJ (Sepe-RJ) e decidiram por uma nova paralisação, dessa vez de 24 horas, no dia 08 de maio. A categoria realiza desde quarta-feira, 16, uma greve de advertência de 72 horas. Com a decisão da assembleia, as aulas voltam ao normal nesta sexta-feira, dia 19.

No mesmo dia 8, será realizada uma nova assembleia, às 10h  (local a confirmar), para decidir se as escolas estaduais entrarão em greve (será votado o indicativo de greve), o que significa que uma greve por tempo indeterminado pode ser aprovada. Enquanto isso, o estado de greve permanece.

Após a reunião haverá uma passeata dos profissionais de educação até o Palácio Guanabara, sede do governo do estado. Outra decisão da assembleia é a realização de um ato de desagravo ao Sepe na ABI, no dia 3 de maio (sexta-feira), às 18h, contra os ataques do governo Cabral ao sindicato.

A diretora do Sepe-RJ, Wiria Alcântara, responsabiliza o governo do Estado por uma possível greve. “Não existe diálogo. O governo nos recebeu no final do ano passado pra discutir a pauta geral da categoria. O próprio secretário Wilson Risolia disse que haveria uma agenda de discussões a partir de janeiro, para debater o  índice de reajuste e o restante da pauta, mas depois disso não voltou a atender o sindicato. A categoria está em Campanha Salarial desde março. Com a falta de diálogo, nossa única alternativa é a greve”, afirma.

Wiria ressalta ainda que além de não negociar com os professores, o governo do Rio de Janeiro ainda criminaliza o movimento docente. “Embora seja um direito legítimo dos trabalhadores garantido pela Constituição Federal, o governo entrou na justiça com a intenção de impedir a nossa paralisação de 72 horas. A decisão da Justiça,  favorável ao governo, estabeleceu multa de R$ 500 mil ao Sindicato. É um absurdo”, finaliza.

As principais reivindicações da categoria são:

1) Piso salarial para os professores de cinco salários mínimos (total de R$ 3.816,00, tendo como base o salário mínimo regional no estado do Rio, que é de R$ 763,14) e de 3,5 salários mínimos para as merendeiras, serventes, vigias e zeladores (funcionários administrativos das escolas).

2) Fim das remoções dos funcionários administrativos;

3) Fim do programa "Certificação";

4) Retirada da ação que multa o sindicato por realizar greve;

5) Efetivação dos animadores culturais;

6) Concurso público para professor e funcionário;

7) Eleições para direção nas escolas;

8) 1/3 da carga horária do professor para o planejamento das aulas, como manda a lei federal;

9) Nenhuma disciplina com menos de 2 tempos de aula em todas as séries.

Com informações do Sepe-RJ