Abr
11
2013

Em auditório cheio, CSP-Conlutas lança GT de Educação no Rio de Janeiro

Reunidos na UERJ, na quarta-feira, dia 10, estudantes e profissionais da educação lançaram mais uma ferramenta que pretende contribuir e aglutinar militantes para a luta em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade: o Grupo de Trabalho de Educação da CSP-Conlutas no Rio de Janeiro.

O evento, que lotou o auditório 11 da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, teve como abertura o debate “Contexto educacional e as lutas em Defesa da educação Pública”, do qual participaram Roberto Leher (ADUFRJ), Kênia Miranda (CPII), Sônia Lúcio (ANDES-RJ/ADUFF) e Danilo Serafim (SEPE).

Leher ressaltou a importância da criação do GT e enfatizou que a CSP-Conlutas tem que cumprir um papel organizativo dentro do movimento de educação, participando ativamente como sujeito desse processo. “Nosso papel é criar elementos de confiança política, de disposição política, para polarizar de forma pedagógica a luta pela educação, fazendo com que 2013 siga sendo um ano de ascenso para o nosso movimento, como foi 2011 e 2012”.

Para Kênia Miranda, um dos principais desafios do GT de Educação da Central é enfrentar a fragmentação das lutas e unir a pauta de educação ao conjunto da luta da classe trabalhadora. “Temos que assumir a responsabilidade pela unificação das lutas e pela  elaboração de uma pauta comum”, disse. A docente ressaltou que a luta pela educação não se resume apenas a uma educação pública e gratuita. “É fundamental que o movimento tenha como alvo a transformação social. A gente não quer apenas uma educação democrática. Queremos formar militantes, formar lutadores que conheçam sua realidade e que queiram transformá-la”, enfatizou.

O dirigente do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) Danilo Serafim focou sua fala na necessidade da CSP-Conlutas e do GT de Educação conquistarem capilaridade dentro do movimento de educação, em especial na educação básica. “A CSP-Conlutas é uma Central nova, foi criada em 2010, e ainda é relativamente pequena. Por isso, sua intervenção deve se dar no sentido de buscar sempre a independência de classe e a autonomia perante todos os governos, diferenciando-se diametralmente da CUT, que hoje funciona como correia de transmissão do governo”, ressaltou.  Danilo também convocou todos os participantes para a marcha unificada para Brasília, no dia 24 de abril. “É na luta que a gente mostra que, ainda que sejamos pequenos, mas não somos tão pequenos assim”.

Finalizando as intervenções, Sônia Lúcio, representando o ANDES-RJ, observou a importância do movimento de educação ir além da pauta econômico-corporativa, buscando para a luta os maiores demandatários da educação em nosso país. “É fundamental que a CST-Conlutas entenda que é preciso aglutinar outros lutadores, pertencentes à Central ou não. Envolver os trabalhadores na luta pela educação, que é de todo o conjunto da classe, é essencial. Espero que o GT contribua nessa tarefa, que ele tenha vida orgânica”, concluiu.