Abr
03
2013

Reitor não disfarça interesse pela EBSERH

A reunião do Conselho Universitário (CUV) realizada na quarta-feira da semana passada (27 de março), no Instituto de Geociências, foi tensa, com dois pontos de pauta bastante polêmicos: a instalação de catracas eletrônicas no Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), e a possibilidade de adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).

Como já noticiado anteriormente, o diretor-geral do HUAP, Tarcísio Rivello, deu entrevista ao jornal O Fluminense defendendo a adesão do Hospital à EBSERH. Portanto, houve na reunião do CUV, diversas manifestações contrárias à adesão, e cobrando um posicionamento do reitor. A secretária-geral da ADUFF, Cláudia March, manifestou o posicionamento da ADUFF e do ANDES-SN fortemente contrário à EBSERH, que significa uma forma de privatização dos hospitais universitários e também um ataque à autonomia universitária.

Em sua fala, o reitor Roberto Salles demonstrou pela primeira vez seu apoio público à implantação da EBSERH no HUAP. Afirmou que os que se posicionaram contrários estavam mentindo, pois o caráter da empresa estatal de direito privado é, segundo suas palavras, “100% SUS” e, portanto, não representaria privatização.

Segundo avaliação da ADUFF, compartilhada pelo Sintuff, isso significa que a aprovação da adesão à EBSERH pode acontecer em breve, e que é necessário intensificar o debate e mobilização de toda a comunidade acadêmica.

A reunião do CUV aprovou uma resolução indicada pelas câmaras conjuntas assegurando que catracas não serão utilizadas como controle de ponto e a formação de um Grupo de Trabalho (GT) para debater controle de acesso, segurança, escala de trabalho e frequência.