Mar
25
2013

Milhares tomam as ruas do Rio em defesa da educação pública

Quase três mil pessoas tomaram as ruas do centro do Rio na tarde do dia 21 de março, na “Marcha pela Educação”. Organizada pelo Fórum Estadual em Defesa da Escola Pública (Fedep), a passeata teve início na Candelária e acabou na Assembleia Legislativa.

A maioria dos presentes era de estudantes. Todos os anos, o movimento estudantil realiza passeatas por todo o Brasil no dia 28 de março, Dia Nacional do Estudante. Essa data é em homenagem ao estudante Edson Luis, morto pela ditadura militar no restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro, no dia 28 de março de 1968. De alguns anos pra cá, no Rio de Janeiro, a tradicional passeata do movimento estudantil tem feito parte das mobilizações do Fórum Estadual em Defesa da Escola Pública, contando com a participação também dos trabalhadores da educação e de outros movimentos sociais, e ampliando a pauta.

“Mataram um estudante! Podia ser seu filho!”, diziam faixas e cartazes, lembrando os protestos realizados contra a ditadura, nos dias seguintes ao assassinato de Edson Luis. Nesse sentido, suas intervenções ao microfone afirmavam que 45 anos depois, as reivindicações continuam sendo muito parecidas: educação pública, gratuita e de qualidades, e as condições necessárias para completar os estudos.

Maria Luisa Tambellini, professora da UERJ e representante da Secretaria Regional do ANDES-SN, destacou a importância da unidade: “muito importante estarmos todos juntos, na luta em defesa da educação pública”.

A passeata percorreu toda a Avenida Rio Branco, sendo bem recebida pela população que andava pelas ruas do Centro do Rio. Antes de chegar à Cinelândia, manifestantes viraram na rua Araujo de Porto Alegre e retornaram em direção à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Chegando ali, ocuparam as escadarias, onde foram ministradas aulas públicas.

Educação básica em estado de greve

A passeata contou também com ampla participação de professores e funcionários da educação básica, que realizaram uma paralisação naquele dia 21. Na parte da manhã, fizeram uma assembleia, com quase 500 pessoas, depois dirigiram-se para o ato. A Assembleia da rede estadual do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação aprovou “estado de greve”, com a realização de uma “greve de advertência” nos dias 16, 17 e 18 de abril. No dia 18 de abril, acontecerá nova assembleia para avaliar tanto as negociações, quanto o processo de mobilização da categoria.