Ago
23
2012

Manifestantes realizam ato público contra privatização de Hospitais Universitários

Professores, técnicos e estudantes realizaram um ato público na quarta-feira (22) pela manhã em frente ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e o processo de privatização que ela representa. Segundo foi informado à comunidade acadêmica nos últimos dias, o reitor Carlos Levi teria enviado uma carta em que adere aos termos da empresa.
A Ebserh, uma empresa estatal de direito privado criada no governo Dilma Rousseff, se propõe a gerir hospitais universitários do país retirando das universidades a autonomia referente a esses espaços. Os manifestantes presentes no ato denunciam que nem mesmo a tentativa de transferência da responsabilidade sobre a gestão têm sido feita de forma democrática, não havendo debates, encaminhando-se o processo via portarias do Ministério da Educação (Portaria n. 442 do MEC)  e desconsiderando instâncias legítimas de decisão da universidade como o Conselho Universitário (Consuni).
Durante o ato apontou-se ainda as incongruências da lei confusa e abrangente que constitui a Ebserh. Segundo Izabel Firmino, diretora do Sintuff, caso haja o processo de transferência de gestão pode-se esperar que as pessoas com planos privados de saúde entrem pela porta da frente e as pessoas atendidas pelo SUS pela porta dos fundos dos HU’s. Afirma ainda que, por se tratar de empresa que opera dentro da lógica privada, os funcionários dos hospitais terão que lidar com assédio moral e a comunidade em geral sofrerá com uma reorientação dos serviços para o lucro e para interesses privados como os da indústria farmacêutica.
Professor e médico do Hospital do Fundão há mais de 35 anos, Sidnei Ferreira defende que a solução do Governo Federal e da reitoria não serve para atender as demandas reais da instituição. “O que nós queremos é concurso público, planos de carreira em todos os níveis. Queremos eleger nossos diretores”, afirma. A tentativa de entrega da gestão para a Ebserh acontece também em outros hospitais universitários do país. No caso da UFF, a comunidade tem conseguido resistir e o processo se encontra bem menos avançado do que na UFRJ, embora demande ainda muita mobilização, informa a diretora do Sintuff, Izabel Firmino.

Professores, técnicos e estudantes realizaram um ato público na quarta-feira (22) pela manhã em frente ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e o processo de privatização que ela representa. Segundo foi informado à comunidade acadêmica nos últimos dias, o reitor Carlos Levi teria enviado uma carta em que adere aos termos da empresa.
A Ebserh, uma empresa estatal de direito privado criada no governo Dilma Rousseff, se propõe a gerir hospitais universitários do país retirando das universidades a autonomia referente a esses espaços. Os manifestantes presentes no ato denunciam que nem mesmo a tentativa de transferência da responsabilidade sobre a gestão têm sido feita de forma democrática, não havendo debates, encaminhando-se o processo via portarias do Ministério da Educação (Portaria n. 442 do MEC)  e desconsiderando instâncias legítimas de decisão da universidade como o Conselho Universitário (Consuni).
Durante o ato apontou-se ainda as incongruências da lei confusa e abrangente que constitui a Ebserh. Segundo Izabel Firmino, diretora do Sintuff, caso haja o processo de transferência de gestão pode-se esperar que as pessoas com planos privados de saúde entrem pela porta da frente e as pessoas atendidas pelo SUS pela porta dos fundos dos HU’s. Afirma ainda que, por se tratar de empresa que opera dentro da lógica privada, os funcionários dos hospitais terão que lidar com assédio moral e a comunidade em geral sofrerá com uma reorientação dos serviços para o lucro e para interesses privados como os da indústria farmacêutica.
Professor e médico do Hospital do Fundão há mais de 35 anos, Sidnei Ferreira defende que a solução do Governo Federal e da reitoria não serve para atender as demandas reais da instituição. “O que nós queremos é concurso público, planos de carreira em todos os níveis. Queremos eleger nossos diretores”, afirma. A tentativa de entrega da gestão para a Ebserh acontece também em outros hospitais universitários do país. No caso da UFF, a comunidade tem conseguido resistir e o processo se encontra bem menos avançado do que na UFRJ, embora demande ainda muita mobilização, informa a diretora do Sintuff, Izabel Firmino.