Set
04
2024

Aduff participa do Seminário Nacional do ANDES-SN sobre a COP 30, que teve início nesta quarta (4)

As docentes Jacqueline Botelho (Escola de Serviço Social e dirigente da Aduff-SSind) e Nazira Camely (Faculdade de Economia) participam da atividade, que se estende até o dia 6, em Belém (PA), para debater a preservação ambiental e o futuro do planeta

A Aduff-SSind participa do Seminário Nacional do ANDES-SN sobre a COP 30, na cidade de Belém (PA), entre os dias 4 e 6 de setembro, sendo representada pelas docentes Jacqueline Botelho (Escola de Serviço Social e dirigente da Aduff-SSind) e Nazira Camely (Faculdade de Economia), que integram o Grupo de Trabalho de Política Agrária, Urbana e Ambiental (GTPAUA) local. A atividade ocorre em conjunto com a reunião do GTPAUA e do Encontro das Regionais Norte 1 e Norte 2 do Sindicato Nacional. 

A COP 30 é a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que acontecerá entre 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém (Pará), reunindo lideranças mundiais, especialistas e ativistas para debater a preservação ambiental e o futuro do planeta.

O Seminário realizado pelo Andes-SN tem o objetivo de refletir a temática correspondente à COP 30. Durante os três dias, acontecerão debates sobre questões pertinentes ao assunto, como "Meio-ambiente, Geopolítica e Pan-Amazônia - uma discussão necessária"; "COP 30 e contribuições do movimento sindical docente"; "Crise civilizatória e eventos Climáticos Extremos"; "Desafios e agenda de lutas". Haverá ainda um momento cultural com a apresentação "Roda de Carimbó Todos os Batuques", do Grupo de Cultura Regional Iaçá, e a projeção do filme "Noites Alienígenas", dirigido por Sérgio de Carvalho.

De acordo com Jacqueline Botelho, é importante o fato de o Seminário Nacional do ANDES-SN sobre a COP 30, o Encontro das Secretarias Regionais Norte 1 e 2 e a Reunião do GTPAUA acontecerem no norte do país, uma região que precisa ter todas as atenções voltadas para ela, já que tem sido alvo de degradação em decorrência de interesses do capital. "É um território indígena e quilombola, onde as comunidades estão sofrendo com a ação do agronegócio, que tem acelerado a degradação ambiental no país e no mundo", disse a professora que coordena o GTPAUA na Aduff-SSind.

Ela alertou para as recentes denúncias de queimadas em vários pontos do território nacional, em especial na Amazônia, que amarga período de seca e estiagem. "Elas são causadas especialmente pela ação da grilagem de terras, cujo principal objetivo é eliminar o modo de vida dos povos e comunidades tradicionais, expulsando essa população das áreas agrícolas para a produção em larga escala da monocultura de comodities, cuja base é o trabalho escravo e precarizado", explica Jacqueline.

Segundo a professora, também é alarmante a situação vivida pelas comunidades ribeirinhas, onde as crianças sofrem com a fome, exploração sexual e falta de acesso à educação escolar. "A formação de professores para as escolas indígenas ainda é um desafio, sendo fundamental a implementação de políticas públicas de combate à fome, proteção às meninas vítimas de exploração sexual e ampliação do acesso dos povos indígenas à formação escolar", defendeu a dirigente da Aduff.

Da Redação da Aduff
Por Aline Pereira