“Combatemos o racismo em luta pelo bem viver” | No dia 28 de julho, domingo, as mulheres negras do Estado do Rio de Janeiro mais uma vez se organizam em Marcha. Com concentração às 10h, no Posto 3 da Praia de Copacabana, o ato marca o julho das pretas, mês com uma série de atividades do feminismo negro, que tem como uma de suas datas centrais o 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

No Brasil, a data simbólica da luta e da resistência das mulheres negras também é uma homenagem à Tereza de Benguela, conhecida como “Rainha Tereza”, que viveu no século XVIII, no Vale do Guaporé (MT), e liderou o Quilombo de Quariterê. Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, incluindo indígenas.

A diretoria da Aduff-SSind convida toda a comunidade acadêmica da UFF a participar dessa e de outras atividades da luta feminista e antirracista em Niterói e nos campi fora da sede.

ANDES-SN na luta e 67° CONAD

O ANDES-SN tem avançado nas últimas décadas em defesa dos direitos das mulheres negras e no combate ao racismo nas instituições públicas de ensino, por meio do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe, Étnicorracias, Gênero e Diversidade Sexual (GTPECGDS).

Considerando as resoluções aprovadas no 42º Congresso referentes aos planos de lutas e o fortalecimento da luta antirracista e no combate às opressões, o Sindicato Nacional lançará na noite do dia 25 de julho a Campanha Antirracista do ANDES-SN.

A cerimônia de lançamento acontecerá no Armazém do Campo de Belo Horizonte, na véspera do 67º CONAD, realizado na cidade entre os dias 26 e 28 de julho. A delegação da Aduff-SSind estará presente.

A urgência da luta antirracista nas Universidades, Institutos Federais e Cefets também será o tema da próxima edição da revista Universidade e Sociedade. O número 74 será lançado no 67º Conad.

A publicação semestral, editada pelo Sindicato Nacional, tem o propósito de estimular a investigação e o debate de temas relacionados tanto às experiências no campo da pesquisa acadêmica quanto às experiências sindicais e sociais acerca de questões de relevância para as lutas empreendidas por docentes em busca de uma universidade pública, gratuita e de qualidade, em âmbito nacional.

O debate sobre o enfrentamento ao racismo estrutural na sociedade e nos espaços de aprendizagem também deu origem a “Cartilha de Combate ao Racismo”, que aborda temas como a construção do racismo na sociedade brasileira, a centralidade do feminismo negro na luta antirracista, a lei de cotas e as comissões de heteroidentificação. 

Da Redação da Aduff | por Lara Abib