Mai
07
2024

9 de Maio | Em Dia Nacional de Luta da Educação Federal, três segmentos realizam ato na Reitoria da UFF

Manifestação acontece a partir das 10h da quinta-feira (09), com foco na recomposição orçamentária e na suspensão do calendário da Universidade; à tarde, setores seguem para o Ato Unificado da Educação do RJ, que se concentra às 16h, no Largo do Machado. Haverá ônibus saindo de Niterói, às 14h, em frente ao campus do Valonguinho.

Atos nas universidades, panfletagens, debates e atos públicos acontecerão em todo o país, neste 9 de Maio – Dia Nacional de luta nas Universidades, Institutos e Cefets. A data faz parte das atividades de greve da Educação Federal, realizada em unidade pelos Comandos de Greve do Andes-SN, Sinasefe e Fasubra, com participação da Fenet e da UNE.

Na UFF, os três segmentos em greve realizam ato na Reitoria, com foco na recomposição orçamentária e na suspensão do calendário da Universidade. A manifestação acontece a partir das 10h da quinta-feira (9), no gramado do prédio da Administração Central da Universidade (R. Miguel de Frias, 9 - Icaraí, Niterói).

Em audiência entre o Comando Local de Greve (CLG) da Aduff e a Reitoria, no dia 2 de maio, com a presença do reitor da UFF, professor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, a administração informou que não há verbas para a manutenção de todas as atividades até o final do ano, e que possivelmente o orçamento atual só garanta o funcionamento da UFF até agosto ou setembro de 2024.

Afirmou ainda que as contas de luz começam a ser pagas de forma escalonada, criando dívida da universidade com a companhia de energia elétrica, e que, em reunião da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) com o presidente da República, a entidade solicitou uma recomposição orçamentária para as universidades no valor de R$ 2,5 bilhões para 2024, como forma de garantir o funcionamento das instituições.

“Ao mesmo tempo, a imprensa noticia que estão sendo destinados cerca de R$ 50 bilhões do fundo público para emendas parlamentares. Os recursos destas emendas - absolutamente contraditórias com os princípios democráticos, já que podem ser utilizadas sem critérios públicos -, deveriam ser investidos nas políticas públicas, como as de educação e saúde. Esses elementos só corroboram a justeza da greve nacional da educação, assim como a necessidade de seu fortalecimento”, destacou, em nota, o Comando Local de Greve da Aduff.

Docentes, técnicos-administrativos e estudantes defendem ainda que o calendário acadêmico da UFF precisa ser suspenso para que o direito à greve possa ser plenamente exercido pelos três segmentos, especialmente no caso das e dos estudantes, prejudicados por professores que não tenham aderido ao movimento grevista, legitimamente deflagrado em assembleia da categoria.

Além de contemplar a posição que saiu derrotada da assembleia docente da Universidade, a não suspensão do calendário gera insegurança nas e nos estudantes, que têm o direito de completar as disciplinas e serem avaliados adequadamente depois da greve, ao invés de serem pressionados a continuar tendo aulas durante a greve unificada dos três segmentos da UFF.

Ato Unificado da Educação

Mais tarde, também na quinta-feira, docentes, discentes e técnicos-administrativos seguem para o Ato Unificado da Educação, que reivindica a recomposição do orçamento das Instituições Federais de Ensino, uma das pautas centrais da greve da educação federal, e a recomposição salarial das e dos trabalhadores da Educação em nível municipal, estadual e federal. O ato se concentra às 16h, no Largo do Machado, e seguirá rumo ao Palácio da Guanabara. Haverá ônibus saindo de Niterói, às 14h, em frente ao campus do Valonguinho, voltado para o transporte de estudantes.

Da Redação da Aduff

 

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