Atos nas universidades, panfletagens, debates e atos públicos acontecerão em todo o país, neste 9 de Maio – Dia Nacional de luta nas Universidades, Institutos e Cefets. A data faz parte das atividades de greve da Educação Federal, realizada em unidade pelos Comandos de Greve do Andes-SN, Sinasefe e Fasubra, com participação da Fenet e da UNE.
Na UFF, os três segmentos em greve realizam ato na Reitoria, com foco na recomposição orçamentária e na suspensão do calendário da Universidade. A manifestação acontece a partir das 10h da quinta-feira (9), no gramado do prédio da Administração Central da Universidade (R. Miguel de Frias, 9 - Icaraí, Niterói).
Em audiência entre o Comando Local de Greve (CLG) da Aduff e a Reitoria, no dia 2 de maio, com a presença do reitor da UFF, professor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, a administração informou que não há verbas para a manutenção de todas as atividades até o final do ano, e que possivelmente o orçamento atual só garanta o funcionamento da UFF até agosto ou setembro de 2024.
Afirmou ainda que as contas de luz começam a ser pagas de forma escalonada, criando dívida da universidade com a companhia de energia elétrica, e que, em reunião da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) com o presidente da República, a entidade solicitou uma recomposição orçamentária para as universidades no valor de R$ 2,5 bilhões para 2024, como forma de garantir o funcionamento das instituições.
“Ao mesmo tempo, a imprensa noticia que estão sendo destinados cerca de R$ 50 bilhões do fundo público para emendas parlamentares. Os recursos destas emendas - absolutamente contraditórias com os princípios democráticos, já que podem ser utilizadas sem critérios públicos -, deveriam ser investidos nas políticas públicas, como as de educação e saúde. Esses elementos só corroboram a justeza da greve nacional da educação, assim como a necessidade de seu fortalecimento”, destacou, em nota, o Comando Local de Greve da Aduff.
Docentes, técnicos-administrativos e estudantes defendem ainda que o calendário acadêmico da UFF precisa ser suspenso para que o direito à greve possa ser plenamente exercido pelos três segmentos, especialmente no caso das e dos estudantes, prejudicados por professores que não tenham aderido ao movimento grevista, legitimamente deflagrado em assembleia da categoria.
Além de contemplar a posição que saiu derrotada da assembleia docente da Universidade, a não suspensão do calendário gera insegurança nas e nos estudantes, que têm o direito de completar as disciplinas e serem avaliados adequadamente depois da greve, ao invés de serem pressionados a continuar tendo aulas durante a greve unificada dos três segmentos da UFF.
Ato Unificado da Educação
Mais tarde, também na quinta-feira, docentes, discentes e técnicos-administrativos seguem para o Ato Unificado da Educação, que reivindica a recomposição do orçamento das Instituições Federais de Ensino, uma das pautas centrais da greve da educação federal, e a recomposição salarial das e dos trabalhadores da Educação em nível municipal, estadual e federal. O ato se concentra às 16h, no Largo do Machado, e seguirá rumo ao Palácio da Guanabara. Haverá ônibus saindo de Niterói, às 14h, em frente ao campus do Valonguinho, voltado para o transporte de estudantes.
Da Redação da Aduff