Mar
11
2024

Em Rio das Ostras, atividade do 8M pediu basta ao feminicídio, creche integral já e mais direitos para mulheres

Com mote “Basta de feminicídio, creche integral já, por mais direitos e pela vida das mulheres”, representações estudantis, de docentes, organizações sindicais, integrantes de partidos políticos de esquerda e de grupo independentes participaram da atividade do 8 de março, na última sexta-feira, em Rio da Ostras.

Com faixas e panfletos, o movimento de mulheres dialogou com quem passava pela Praça José Pereira Câmara, na noite do Dia Internacional de Luta das Mulheres. Na pauta local, a prioridade da luta em defesa da vida das mulheres e do direito à circulação na cidade com segurança e as necessidades relacionadas ao trabalho reprodutivo, mais especificamente em relação às demandas sobre creche integral, já que a sua falta inviabiliza uma inserção mais igualitária no mercado de trabalho e uma vida com maior autonomia financeira das mulheres.

“Em nossa cidade, os casos de estupros e feminicídios seguem em alta. São cada vez mais necessárias políticas públicas adequadas e eficientes para garantir a segurança, saúde, dignidade e direito à cidade. Também é preciso lembrar que faltam vagas nas creches em nossa cidade, e as que existem, são em horário parcial, prejudicando a educação das crianças e a autonomia das mães e cuidadoras, por isso a demanda pela creche integral. Ainda é fundamental combater a violência obstétrica, garantindo total segurança e apoio às mães, pessoas que gestam e aos bebês”, destaca a professora da UFF de Rio das Ostras, Paula Sirelli, que estava na organização do 8M-Rio das Ostras. 

Presente no ato, a também professora da UFF, Katia Marro reforça o caráter de denúncia da atividade, que levou as pautas históricas de Rio das Ostras às ruas, especialmente a denúncia do feminicídio e da violência sexual.

“A cidade de Rio das Ostras tem esse perfil da violência sexual, então a denúncia dessa situação é uma pauta histórica na cidade. Também denunciamos e pedimos justiça para os casos de feminicídios bem conhecidos na cidade. Os de Jennifer Tifany Vei­ga Pires, Jamille Guilherme Suarhs e Glaubenia Serpa Costa. O caso da Gluabenia aconteceu na semana passada e deixou as mulheres da cidade estarrecidas. Os outros dois casos, de Tifany e Jamille, carregam as marcas da impunidade em torno da violência contra as mulheres em Rio das Ostras. Então o ato teve muito esse tom, de celebrar o dia das mulheres como um dia de luta por direitos e e em defesa da vida de todas as mulheres”, reitera.

 Da Redação da Aduff| por Lara Abib

 Foto gentilmente cedida por Pedro Gabriel Lopes Rafael

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