Manifestação em frente ao Consulado dos Estados Unidos, no Centro do Rio, voltou a defender o fim dos bombardeios de Israel sobre a Faixa de Gaza.
O protesto, realizado ao final da tarde e início da noite da quinta-feira, dia 25 de janeiro de 2024, reuniu representantes de entidades da sociedade civil que condenam o que está ocorrendo na região, definido como um 'genocídio' contra o povo palestino - os organizadores do ato falam em cerca de 30 mil palestinos mortos, a imensa maioria civis e boa parte crianças e mulheres.
Nos discursos e palavras de ordem, o governo dos Estados Unidos também foi acusado de participar do assassinato de civis ao ajudar Israel na guerra. Os bombardeios foram iniciados no início de outubro, sob a justificativa de responder aos ataques do Hamas, que no início de outubro causaram a morte de cerca de 1.200 israelenses.
A Aduff-SSind apoia esta luta e defende o cessar fogo imediato para salvar vidas. Alguns docentes da Universidade Federal Fluminense compareceram ao ato, para onde se deslocaram após assembleia realizada na seção sindical, na tarde do mesmo dia.
Infraestrutura destruída
Os bombardeios de Israel a Gaza destruíram a precária infraestrutura de Gaza; provocaram o deslocamento de 85% da população do enclave; e trouxe doenças e mortes – muitas mortes. De acordo o Ministério da Saúde de Gaza, cerca de 25 mil palestinos, a maioria civis, morreram nos ataques. Do lado israelenses, os números são menores: 1200 pessoas morreram no ataque do Hamas em 7 de outubro; e 527 soldados caíram, 217 no campo de batalha. Das 220 pessoas sequestradas pelo Hamas, 132 ainda estão em cativeiro.
Apelos internacionais
Organismos internacionais e organizações não governamentais apelam para que os confrontos cessem. Em 29 de dezembro, o governo da África do Sul entrou com uma ação na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, contra Israel, a quem acusa de genocídio do povo palestino.
Na sexta (26), o tribunal determinou que Israel tome medidas para evitar violações da Convenção das Nações Unidas sobre Genocídio. A determinação, no entanto, não é um reconhecimento da prática de genocídio. Isso só será determinado ou não ao fim do processo, que poderá durar anos.
Da Redação da Aduff
Por Hélcio Lourenço Filho