Jan
24
2024

Em defesa dos serviços públicos, por concursos e contra a Ebserh, rede federal da saúde realizou ato nesta quarta (24), no Rio

Ato unificado integra as mobilizações do Dia Nacional das e dos Aposentados e foi puxado pelo Sindsprev/RJ – que aprovou paralisação de 24h na data -, com participação de outras entidades como Fórum de Saúde do RJ, o Sindicato de Enfermeiros do RJ, entre outras

Nas ruas, servidores federais ativos e aposentados da saúde e da seguridade social reforçaram que não aceitarão o desmonte do serviço público, das carreiras e a falta de reajuste salarial.

Em ato que aconteceu em frente ao prédio do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH) do Ministério da Saúde, no Centro do Rio, exigiram respeito às servidoras e servidores públicas ativos e aposentados, melhores condições de trabalho e a reestruturação das carreiras do funcionalismo federal.

Também exigiram a interrupção de qualquer tratativa que entregue hospitais federais à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), ressaltando que a privatização e a terceirização das unidades hospitalares “faz mal à saúde” e que integra o mesmo projeto de desmonte dos serviços públicos.

Cristiane Gerardo, dirigente do Sindsprev/RJ, destacou, no ato, o caso do Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, na Zona Oeste, que sofreu com inundações e alagamentos durante as últimas chuvas na cidade do Rio de Janeiro. Para a servidora, o que hospitais federais precisam não é da privatização via Ebserh, mas de orçamento público que garanta atendimento digno à população.  

Líbia Bellusci, diretora do Sindicato dos Enfermeiros do Rio, reiterou que a luta contra o desmonte e a privatização da saúde é de todas e todos, trabalhadores e população, e que nos hospitais em que a Ebserh entrou, fechou leitos e não reabriu Emergências.

“Somos nós os trabalhadores que estamos 24h na beira do leito, zelando e cuidando da saúde da população. Não pode ser o DGH, de forma unilateral e com um discurso barato que vai decidir que a privatização é melhor para os nossos hospitais. O Sindicato dos Enfermeiros não vai se calar, saúde não é mercadoria! Fora Ebserh!”, disse.

Servidor da Vigilância em Saúde, Adonis compartilhou na manifestação que testemunha o desmonte de sua carreira e reitera a urgência da luta por concurso público e reajuste salarial. “Doenças como a dengue, a leishmaniose estão voltando e nós estamos sem capacidade de combatê-las porque a carreira foi desmontada, não temos vigilância em saúde. Não queremos ser os últimos dos moicanos, concurso público já”, finalizou.

 Da Redação da Aduff | por Lara Abib

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