Nas ruas, as e os manifestantes reivindicaram a recomposição orçamentária dos serviços públicos e a recomposição salarial e a valorização das carreiras do setor, defenderam contra o Teto de Gastos e o Novo Arcabouço Fiscal, as privatizações das estatais e pela rejeição da PEC 32, da Reforma Administrativa, no Congresso Nacional.
O ato realizado na terça (28) também prestou solidariedade ao povo palestino e a todas as vítimas da guerra, defendendo o cessar-fogo e a paz. No dia seguinte (29), comemorava-se o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1977. Servidores públicos estaduais e federais reafirmaram o compromisso de combater o genocídio onde quer que for, das favelas à Palestina, e convidaram para o ato realizado nesta quarta-feira, com concentração às 17h, na Candelária.
Campanha Salarial dos Servidores Públicos Federais
Já são cinco meses de negociação com o governo federal, sem avanços significativos para o atendimento da pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2024 das servidoras e dos servidores federais. As perdas salariais continuam, enquanto o governo permanece sem apresentar uma proposta de índice de reajuste. O compromisso assumido na última rodada de negociação foi de responder a pauta salarial até o dia 15 de dezembro.
Para Cláudia Piccinini, dirigente da Regional RJ do Andes-SN, a defasagem salarial, a desvalorização da carreira dos servidores e o sucateamento e o desfinanciamento dos serviços públicos faz parte de uma mesma lógica de entrega desses serviços para a iniciativa privada. No ato, a professora da UFRJ reiterou que docentes, estudantes e servidores públicos das mais diversas categorias seguirão na luta pela manutenção e ampliação da qualidade dos serviços públicos e pelo direito de atendimento público gratuito e de qualidade para toda a população usuária.
“Elegemos esse governo com um discurso de que haveria a proteção do trabalho, a proteção do serviço público. Estamos aqui para cobrar as pautas da campanha. Que nossas universidades públicas possam ter os seus orçamentos recompostos, para que a gente possa ter dinheiro para o funcionamento dos nossos hospitais universitários. Atualmente o complexo hospitalar da UFRJ está com uma dívida de 1 milhão de reais. O que significa isso? Significa que não podemos manter a quantidade de leitos e ampliar esses leitos para o atendimento da população. Hospitais que têm atendimento de ponta e atendimento mais complexos não estão podendo realizar seu trabalho, que é servir a população carioca. Sem a recomposição orçamentária do serviço público o que vamos ver é o que já acontece hoje na saúde. Filas e mais filas e a população pagando preços exorbitantes por atendimentos duvidosos”, disse.
Durante a semana de mobilizações e lutas do funcionalismo público, também foram realizadas Audiência pública sobre a Reforma Administrativa (PEC 32), na Câmara dos Deputados, e Live do Fonasefe, debatendo a Campanha Salarial 2024. De 28/11 a 5/12, as categorias realizam assembleias e reuniões nos locais de trabalho para avaliação da Campanha Salarial 2024. A assembleia da Aduff-SSind foi realizada no dia 29 de novembro.
Da Redação da Aduff | por Lara Abib