“A luta em defesa da universidade, de serviços e servidoras/res públicos” foi tema da aula pública realizada na UFF de Rio das Ostras, na quarta-feira (08), como parte das atividades de paralisação e de mobilização da jornada de lutas dos servidores públicos federais. Pela manhã, também houve panfletagens em frente à universidade.
A atividade que aconteceu no Hall do IHS, na UFF de Rio das Ostras, contou com transmissão online e foi ministrada por João Claudino Tavares, professor do Departamento Interdisciplinar de Rio das Ostras e integrante da diretoria da Aduff-SSind.
O docente reforçou que sem as e os trabalhadores não há serviço público, defendeu políticas de valorização dos servidores federais e a recomposição salarial da categoria, que chegou ao final do governo Bolsonaro com uma perda salarial acima dos 27%, após sete anos de congelamento nos salários.
João destacou a importância de pressionar pela retirada definitiva da PEC 32 (a reforma administrativa de Lira) e frizou que só a luta coletiva será capaz de construir pressão para cobrar do governo o cumprimento de promessas de campanha, conquistar direitos e defender a universidade pública de seu desmonte, precarização e escassez de recursos.
“Nós aqui em Rio das Ostras sabemos como a UFF é importante para a cidade e para sua população. A universidade não é um corpo estranho, não é alienígena, ela é parte do corpo social, espaço de troca de saberes e de produção coletiva de conhecimento. Nossa luta é para que a universidade exista e resista cada vez mais como um território de pertencimento para a comunidade”, defendeu.
A aula aberta desta quarta (08) coincidiu com a realização da “VII Semana de Cultura Afro-brasileira” da UFF Rio das Ostras, que traz à universidade feiras de afronegócios, oficinas, rodas de conversas, mesas redondas e atrações culturais.
Para o professor Ramiro Dulcich, foi muito bom conseguir dialogar com toda a comunidade que estava participando da semana da cultura afro-brasileira.
“Para a gente aqui, a semana mais linda do ano é essa, a semana da cultura afro-brasileira, um evento cultural e político da maior relevância. Realizar a aula e o ato político dentro desse contexto deu visibilidade à nossa jornada e às nossas pautas. Além do diálogo com nossos colegas, dialogamos com a comunidade que estava aqui. Fizemos uma abertura no saguão explicando para as pessoas sobre o que se tratava a nossa jornada. Foi bonito porque falamos com uma comunidade diversa, de diversas procedências, vinculadas, claro, a questão afro-brasileira. Elas também puderam ouvir sobre nossas lutas, nossas avaliações, nossas pautas”, disse.
A VII Semana de Cultura Afro-brasileira começou no dia 6 e vai até o dia 10 de novembro, na UFF de Rio das Ostras.
Da Redação da Aduff | por Lara Abib