Mesa redonda "Marielle Vive" é o tema da atividade de inauguração do auditório da Universidade Federal Fluminense em Macaé, que após consulta pública à comunidade recebeu o nome da vereadora como forma de homenageá-la. O evento vai acontecer em 17 de outubro (terça-feira), às 18h, na Cidade Universitária - Bloco D, no Auditório Marielle Franco. 

Participam da inauguração Maria Cristina Longo Cardoso Dias, docente da Universidade Federal do Espírito Santo - Ufes; a pedagoga Heloísa Ivone da Silva de Carvalho, que é vice-presidenta da União de Negras e Negros pela Igualdade (UNEGRO) e doutoranda da Ufes; Iza Vicente, advogada pela UFF em Macaé, mestranda na Fundação Getúlio Vargas, veradora e Procuradora da Mulher. A mediação será do professor de Filosofia Política da UFF em Macaé, Daniel Arruda Nascimento, que também é diretor do Instituto de Ciências da Sociedade da UFF no litoral norte do estado, e membro do Conselho de Representantes da Aduff em 2014.  

Também haverá a presença da Frente Negra Esperança Garcia, formada por estudantes do instituto, e do Núcleo Afro-Brasileiro e Indígena da Cidade Universitária de Macaé, dos estudantes de graduação e da rede pública municipal e estadual, além de outras autoridades confirmadas. O Instituto Marielle Franco do Rio de Janeiro provavelmente estará representado na solenidade, que acontece durante a Semana Acadêmica da UFF. 

O nome da vereadora foi escolhido após consulta pública realizada no instituto. “Consideramos justa a homenagem feita pela nossa comunidade acadêmica ao nome e à pessoa da Marielle Franco", disse Daniel.

De acordo com ele, a recordação da vereadora do PSOL no Rio – que foi brutalmente assassinada, junto com o motorista Anderson Gomes, em 2018 –  é fonte de inspiração para os e as discentes da UFF em Macaé.

"Marielle Franco traz consigo a alusão a qualidades pelas quais temos grande apreço, como a inteligência, a capacidade comunicativa, a coerência e a coragem de lutar”, considera Daniel Nascimento.

Marielle, presente!

Nascida e crescida no complexo de favelas da Maré, no Rio de Janeiro, em 27 de julho de 1979, Marielle Francisco da Silva, era a irmã da atual Ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, e mãe da jovem Luyara Santos.

Socióloga pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Marielle tornou-se Mestre em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense, com a dissertação: "UPP – A redução da favela a três letras: uma análise da Política de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro”.

Foi eleita Vereadora da Câmara do Rio de Janeiro, com 46.502 votos, e presidiu a Comissão da Mulher da Câmara. Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e construía diversos coletivos e movimentos feministas, negros e de favelas. Foi assassinada em 14/03/2018, em um crime político que ainda demanda solução: Quem mandou matar Marielle Franco e por quê?  

Da Redação da Aduff
Por Aline Pereira