Como parte da mobilização no dia nacional de paralisação e de luta em defesa do serviço público (3), a comunidade da UFF em Rio das Ostras realizou uma plenária dos três segmentos - estudantes, docentes e técnicos-administrativos, no Hall do Instituto de Humanidades e Saúde, para debater a pauta de reivindicações em futura audiência com a reitoria da instituição.
O docente Antônio Espósito Junior explicou que a conversa também envolveu temas como a luta contra as privatizações das estatais e as condições no Campus Universitário de Rio das Ostras (CURO), considerando a realização do ensino, da pesquisa e da extensão na unidade. De acordo com ele, o dia na UFF em Rio das Ostras começou com mobilização. "Fizemos um corpo a corpo com os alunos, técnicos e docentes presentes ao campus universitário e, simultaneamente, fizemos pinturas no asfalto entre os prédios do campus de frases sobre o tema do ato unificado que aconteceu naquela tarde, na Candelária", explicou.
A professora Susana Maia, que também é diretora da Aduff-SSind, enfatizou a importância de se poder debater a conjuntura nacional e outros temas que atravessam o cotidiano da comunidade da UFF na região dos Lagos. "Reforçamos a importância de manter a unidade entre os segmentos e pensarmos em um processo contínuo de mobilização, com ações internas envolvendo docentes, técnica(o)s e estudantes, mas também extrapolando os muros da Universidade num processo de diálogo com a população", disse.
Segundo ela, dada as várias propostas apresentadas, foi constituído um grupo de articulação entre estudantes, docentes e técnicos para a construção de nosso calendário de atividades. "Avaliamos que o saldo foi muito positivo. A maioria das aulas estavam suspensas no campus – o que demonstra adesão à paralisação nacional na UFF em Rio das Ostras", afirmou a professora.
Susana reiterou a importância da mobilização em defesa da educação e dos serviços públicos, por melhores condições de trabalho, acesso e permanência na universidade para além do dia 3, o dia nacional de luta.
Para a técnica-administrativa Tailana de Oliveira Batista, a paralisação permitiu que a comunidade repensasse a mobilização das categorias de trabalhadores nas universidades federais. "A atividade do Comando Local de Mobilização nos fez discutir estratégias para retomarmos nossa mobilização, para chamarmos a atenção da comunidade e discutir o cenário atual de ataques ao serviço público com os nossos pares", considerou.
De acordo com Tailana, a plenária dos três segmentos representou um "tempo de qualidade" e de troca entre a comunidade. "Alinhamos os discursos e saímos motivados para continuar na luta por direitos e por serviços públicos para todos", complementou.
A estudante de Psicologia Elisa, que integra o Centro Acadêmico do curso e o Diretório Central dos Estudantes na unidade, também enfatizou o momento de diálogo entre os três segmentos na UFF. Para ela, foi muito bom poder conversar sobre a conjuntura do Brasil, da UFF e do polo, que é caracterizado por especificidades devido ao fato de estar em outra cidade, afastada da sede administrativa da Universidade. "Traçamos metas que podem ajudar a agitar e mobilizar nossa Universidade, nos tornar cada vez mais combativos e superar a letargia que a pandemia e o governo Bolsonaro nos causou. Nosso polo está constantemente passando por ataques e precisamos nos manter alerta na luta", concluiu a graduanda.
Da Redação da Aduff
Por Aline Pereira
Foto: Redes Sociais
